Efeito de diferentes protocolos de exercício intermitente e contínuo no nível de prazer percebido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Probo, Ana Marina Pacheco
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-17102019-090420/
Resumo: Introdução: O Exercício Intermitente de Alta intensidade parece ser uma opção eficiente contra alguns fatores apontados como barreiras para a prática de exercício físico, como a falta de tempo. Diante do aumento na prática do mesmo e das diferentes variações que este tipo de exercício propõe é importante investigar as respostas do prazer percebido em diferentes protocolos de EIAI, pois apesar de ter se tornado uma alternativa eficaz em importantes aspectos, possui natureza extenuante e pode não se tornar uma escolha se não for percebido como agradável. Objetivo: Comparar os níveis de prazer percebido em diferentes protocolos do EIAI e do exercício contínuo moderado e verificar a associação entre o prazer percebido e a intenção de realizar os exercícios novamente. Método: Tratou-se de um estudo experimental controlado, 42 adultos saudáveis foram submetidos a 5 sessões de exercício em cicloergômetro com ordem aleatória, sendo 4 protocolos de EIAI (EIAI30:30 - 20x 30s de esforço e 30s de recuperação; EIAI30:60 - 20x 30s de esforço e 60s de recuperação; EIAI30:15 - 20x 30s de esforço e 15s de recuperação e o EIAI60:60 - 10x 60s de esforço e 60s de recuperação) e um protocolo de 30 min de exercício contínuo moderado (CONT) com intensidade de 50% da PAM. O esforço percebido durante o exercício foi medido pela Escala de Percepção de Esforço (CR-10) e o prazer percebido pela Escala de Prazer no Exercício (EES). Após 20 minutos do término foi utilizada a Escala de Prazer na Atividade Física (PACES). Ao final foram investigadas a preferência e a intenção em realizar os protocolos. Para análise estatística dos dados utilizou-se o método de Equações de Estimativas Generalizada (GEE) com distribuição Gamma. Foi considerado nível de significância a 5% em todas as análises e o programa utilizado foi o SPSS/IBM versão 23.0. Resultados: Foram avaliados 42 sujeitos (19 homens e 23 mulheres) com idade média de 28 ±7 anos, sendo 26 fisicamente ativos e 16 insuficientemente ativos. Em relação ao prazer percebido durante o exercício a EES demonstrou diferença significativa entre os protocolos, onde EIAI30:30 e EIAI30:60 apresentaram valores médios superiores a EIAI30:15 (p<0,01) e a EIAI60:60 (p<0,01). A PACES encontrou diferença significativa em relação aos protocolos e EIAI30:30 mostrou ser mais prazeroso quando comparado aos protocolos EIAI30:15 (p=0,008), EIAI60:60 (p<0,001) e CONT (p=0,005). EIAI60:60 parece ser o menos prazeroso quando comparado aos demais protocolos intermitentes (p<0,05). Existiu associação positiva entre o prazer e a intenção de realizar novamente o protocolo, principalmente nos indivíduos ativos. Os ativos preferiram os protocolos intermitentes quando comparado ao protocolo contínuo. Conclusão: O presente estudo mostrou diferentes percepções de prazer entre indivíduos ativos e sedentários. No EIAI, protocolos com tempo de esforço longo foram considerados desprazerosos para ambos os grupos. Em relação a recuperação, protocolos com tempo de recuperação igual ou superior (1:1 e 1:2) ao tempo de esforço parecem ser mais prazerosos para indivíduos sedentários, enquanto para ativos o prazer foi maior nos protocolos de relação esforço:pausa (1:1)
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spelling Efeito de diferentes protocolos de exercício intermitente e contínuo no nível de prazer percebidoEffect of different protocols of intermittent and continuous exercise on the level of perceived pleasureAffective responsesExercício físicoExercício intermitenteIntermittent exercisePhysical exerciseRespostas afetivasIntrodução: O Exercício Intermitente de Alta intensidade parece ser uma opção eficiente contra alguns fatores apontados como barreiras para a prática de exercício físico, como a falta de tempo. Diante do aumento na prática do mesmo e das diferentes variações que este tipo de exercício propõe é importante investigar as respostas do prazer percebido em diferentes protocolos de EIAI, pois apesar de ter se tornado uma alternativa eficaz em importantes aspectos, possui natureza extenuante e pode não se tornar uma escolha se não for percebido como agradável. Objetivo: Comparar os níveis de prazer percebido em diferentes protocolos do EIAI e do exercício contínuo moderado e verificar a associação entre o prazer percebido e a intenção de realizar os exercícios novamente. Método: Tratou-se de um estudo experimental controlado, 42 adultos saudáveis foram submetidos a 5 sessões de exercício em cicloergômetro com ordem aleatória, sendo 4 protocolos de EIAI (EIAI30:30 - 20x 30s de esforço e 30s de recuperação; EIAI30:60 - 20x 30s de esforço e 60s de recuperação; EIAI30:15 - 20x 30s de esforço e 15s de recuperação e o EIAI60:60 - 10x 60s de esforço e 60s de recuperação) e um protocolo de 30 min de exercício contínuo moderado (CONT) com intensidade de 50% da PAM. O esforço percebido durante o exercício foi medido pela Escala de Percepção de Esforço (CR-10) e o prazer percebido pela Escala de Prazer no Exercício (EES). Após 20 minutos do término foi utilizada a Escala de Prazer na Atividade Física (PACES). Ao final foram investigadas a preferência e a intenção em realizar os protocolos. Para análise estatística dos dados utilizou-se o método de Equações de Estimativas Generalizada (GEE) com distribuição Gamma. Foi considerado nível de significância a 5% em todas as análises e o programa utilizado foi o SPSS/IBM versão 23.0. Resultados: Foram avaliados 42 sujeitos (19 homens e 23 mulheres) com idade média de 28 ±7 anos, sendo 26 fisicamente ativos e 16 insuficientemente ativos. Em relação ao prazer percebido durante o exercício a EES demonstrou diferença significativa entre os protocolos, onde EIAI30:30 e EIAI30:60 apresentaram valores médios superiores a EIAI30:15 (p<0,01) e a EIAI60:60 (p<0,01). A PACES encontrou diferença significativa em relação aos protocolos e EIAI30:30 mostrou ser mais prazeroso quando comparado aos protocolos EIAI30:15 (p=0,008), EIAI60:60 (p<0,001) e CONT (p=0,005). EIAI60:60 parece ser o menos prazeroso quando comparado aos demais protocolos intermitentes (p<0,05). Existiu associação positiva entre o prazer e a intenção de realizar novamente o protocolo, principalmente nos indivíduos ativos. Os ativos preferiram os protocolos intermitentes quando comparado ao protocolo contínuo. Conclusão: O presente estudo mostrou diferentes percepções de prazer entre indivíduos ativos e sedentários. No EIAI, protocolos com tempo de esforço longo foram considerados desprazerosos para ambos os grupos. Em relação a recuperação, protocolos com tempo de recuperação igual ou superior (1:1 e 1:2) ao tempo de esforço parecem ser mais prazerosos para indivíduos sedentários, enquanto para ativos o prazer foi maior nos protocolos de relação esforço:pausa (1:1)Introduction: High Intensity Intermittent Exercise seems to be an efficient option against barriers to physical exercise, such as lack of time. With the increase in the practice of the same and of the different variations that this type of exercise proposes it is important to investigate the responses of the pleasure perceived in different protocols of HIIE, because although it has become an effective alternative in important aspects, it has a strenuous nature and may not become a choice if it is not perceived as agreeable. Objective: To compare levels of perceived pleasure in different HIEE protocols and moderate continuous exercise and to verify the association between perceived pleasure and intention to perform the exercises again. METHODS: This was a controlled experimental study, 42 healthy adults were submitted to 5 exercise sessions on a cycle ergometer with random order, with 4 EIAI protocols (EIAI30:30 - 20x30s of effort and 30s of recovery; EIAI30:60 - 20x 30s of effort and 60s of recovery; EIAI30:15 - 20x 30s of effort and 15s of recovery and the EIAI60:60 - 10x 60s of effort and 60s of recovery) and a protocol of 30 min of moderate continuous exercise (CONT) with intensity of 50%. The effort perceived during exercise was measured by the Borg CR-10 Scale and the pleasure perceived by the Exercise Enjoyment Scale (EES). After 20 minutes of completion, the Physical Activity Enjoyment Scale (PACES) was used. Finally, the preference and the intention to carry out the protocols were investigated. For the statistical analysis of the data, the Generalized Estimating Equation (GEE) method with Gamma distribution was used. The significance level was considered at 5% in all analyzes and the program used was SPSS / IBM version 23.0. Results: 42 subjects (19 men and 23 women) with an average age of 28 ± 7 years were evaluated, of which 26 were physically active and 16 were insufficiently active. The perceived pleasure during the exercise measured by the EES demonstrated a significant difference between the protocols and EIAI30:60 and EIAI30:60 presented mean values higher than EIAI30:15 (p <0.01) and EIAI60:60 (p <0.01). The PACES had a significant difference in relation to the protocols and EIAI30:30 was more pleasant when compared to the EIAI protocols30:15 (p = 0.008), EIAI60:60 (p <0.001) and CONT (p = 0.005). the EIAI60:60 was the least pleasurable when compared to the other intermittent protocols (p <0.05). There was a positive association between pleasure and the intention to retake the protocol, especially in active individuals. Active subjects preferred intermittent protocols when compared to continuous protocol. Conclusion: The present study showed different perceptions of pleasure between active and sedentary. In the EIAI, protocols with long effort time were considered unpleasant for both groups. In relation to recovery, protocols with recovery time equal or superior (1:1 and 1:2) to effort time seem to be more pleasurable for sedentary individuals, while for active the pleasure was higher in the protocols of effort: pause ratio (1:1)Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTakito, Monica YuriProbo, Ana Marina Pacheco2019-08-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-17102019-090420/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T22:12:48Zoai:teses.usp.br:tde-17102019-090420Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T22:12:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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