Estudo hemodinâmico materno fetal pré e pós tratamento de crise hipertensiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-27092013-163414/ |
Resumo: | A síndrome hipertensiva gestacional (SHG) afeta três milhões de mulheres por ano no mundo e pode resultar em inúmeras perdas fetais e perinatais, além de ser responsável pela morte de uma mulher a cada 6 minutos em todo o mundo. Durante uma crise hipertensiva na gestação ocorre vasoconstrição arteriolar generalizada e diminuição do fluxo útero placentário. A diminuição de fluxo na artéria uterina ocasiona déficit do aporte de oxigênio nas áreas de troca materno fetal submetendo o feto à regime de hipóxia transitória comprováveis na avaliação hemodinâmica. O labetalol e a hidralazina são anti hipertensivos de primeira escolha na gravidez, uma vez que aumentam o fluxo útero-placentário em decorrência da redução da resistência vascular uterina. Objetivos Avaliar as condições hemodinâmicas materno/fetais durante o período da crise hipertensiva e após seu tratamento com labetalol e/ou hidralazina. Pacientes e métodos Foram avaliadas 18 pacientes com quadro de crise hipertensiva com pressão arterial maior que 160x110mmHg, sem sintomas de eminência de eclâmpsia. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas direita e esquerda materna, umbilical e cerebral média fetal. A avaliação hemodinâmica materno/fetal foi realizada no momento da crise hipertensiva e após o tratamento com labetalol e/ou hidralazina. A análise pós tratamento foi realizada após estabilização da pressão arterial < 150/100mmHg. Resultados A média de idade das pacientes foi de 29,11 anos e a idade gestacional média do estudo de 34,5 semanas. O valor médio da pressão arterial sistólica e diastólica durante a crise hipertensiva foi de 174,71 e 112,35mmHg, respectivamente. Os parâmetros dopplervelocimétricos avaliados na crise hipertensiva foram: IP da artéria uterina direita 1,24+-0,42; IP da artéria uterina esquerda 1,29+-0,40; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,06 e IR da artéria umbilical de 0,65+-0,12. Após o tratamento da crise hipertensiva a pressão arterial sistólica média foi de 146,47mmHg e a pressão arterial diastólica média de 87,06mmHg. Após o tratamento da crise hipertensiva, os parâmetros avaliados foram: IP da artéria uterina direita 1,26+-0,37; IP da artéria uterina esquerda 1,37+-0,36; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,09 e IR da artéria umbilical de 0,67+-0,09. Não houve diferenças estatísticas significativas nos parâmetros Doppler quando comprados os valores na crise hipertensiva e após o controle da pressão arterial. Conclusão As gestações de pacientes com síndromes hipertensivas são consideradas de alto risco e, devem ser alvo de observação rigorosa durante o pré-natal. A análise dopplervelocimétrica fetal (artéria cerebral média e umbilical) e materna (artérias uterinas) deve ser realizada para avaliação da vitalidade fetal nestas pacientes, inclusive durante de crise hipertensiva. Este estudo demonstrou não haver diferença na avaliação dos parâmetros dopplervelocimétricos materno e fetal, durante ou após a crise hipertensiva tratada com hidralazina/labetalol. |
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Estudo hemodinâmico materno fetal pré e pós tratamento de crise hipertensivaMaternal fetal hemodynamics study before and after treatment of hypertensive crisis.DopplerDopplerGestaçãoHidralazinaHipertensãoHydralazineHypertensionLabetalolLabetalolPregnancyA síndrome hipertensiva gestacional (SHG) afeta três milhões de mulheres por ano no mundo e pode resultar em inúmeras perdas fetais e perinatais, além de ser responsável pela morte de uma mulher a cada 6 minutos em todo o mundo. Durante uma crise hipertensiva na gestação ocorre vasoconstrição arteriolar generalizada e diminuição do fluxo útero placentário. A diminuição de fluxo na artéria uterina ocasiona déficit do aporte de oxigênio nas áreas de troca materno fetal submetendo o feto à regime de hipóxia transitória comprováveis na avaliação hemodinâmica. O labetalol e a hidralazina são anti hipertensivos de primeira escolha na gravidez, uma vez que aumentam o fluxo útero-placentário em decorrência da redução da resistência vascular uterina. Objetivos Avaliar as condições hemodinâmicas materno/fetais durante o período da crise hipertensiva e após seu tratamento com labetalol e/ou hidralazina. Pacientes e métodos Foram avaliadas 18 pacientes com quadro de crise hipertensiva com pressão arterial maior que 160x110mmHg, sem sintomas de eminência de eclâmpsia. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas direita e esquerda materna, umbilical e cerebral média fetal. A avaliação hemodinâmica materno/fetal foi realizada no momento da crise hipertensiva e após o tratamento com labetalol e/ou hidralazina. A análise pós tratamento foi realizada após estabilização da pressão arterial < 150/100mmHg. Resultados A média de idade das pacientes foi de 29,11 anos e a idade gestacional média do estudo de 34,5 semanas. O valor médio da pressão arterial sistólica e diastólica durante a crise hipertensiva foi de 174,71 e 112,35mmHg, respectivamente. Os parâmetros dopplervelocimétricos avaliados na crise hipertensiva foram: IP da artéria uterina direita 1,24+-0,42; IP da artéria uterina esquerda 1,29+-0,40; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,06 e IR da artéria umbilical de 0,65+-0,12. Após o tratamento da crise hipertensiva a pressão arterial sistólica média foi de 146,47mmHg e a pressão arterial diastólica média de 87,06mmHg. Após o tratamento da crise hipertensiva, os parâmetros avaliados foram: IP da artéria uterina direita 1,26+-0,37; IP da artéria uterina esquerda 1,37+-0,36; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,09 e IR da artéria umbilical de 0,67+-0,09. Não houve diferenças estatísticas significativas nos parâmetros Doppler quando comprados os valores na crise hipertensiva e após o controle da pressão arterial. Conclusão As gestações de pacientes com síndromes hipertensivas são consideradas de alto risco e, devem ser alvo de observação rigorosa durante o pré-natal. A análise dopplervelocimétrica fetal (artéria cerebral média e umbilical) e materna (artérias uterinas) deve ser realizada para avaliação da vitalidade fetal nestas pacientes, inclusive durante de crise hipertensiva. Este estudo demonstrou não haver diferença na avaliação dos parâmetros dopplervelocimétricos materno e fetal, durante ou após a crise hipertensiva tratada com hidralazina/labetalol.Introduction The gestational hypertension syndrome affects three million women a year worldwide and can result in a number of fetal losses and perinatal deaths, and was responsible for the death of one woman every 6 minutes throughout the world. During a hypertensive crisis in pregnancy is widespread arteriolar vasoconstriction and decreased placental flow uterus. The decrease in flow in the uterine artery causes deficit of oxygen supply in the areas of maternal fetal exchange subjecting the fetus to the regime of transient hypoxia in comparable hemodynamic evaluation. Labetalol and hydralazine are antihypertensive drugs of choice in pregnancy, they increase the uteroplacental flow due to the reduction of uterine vascular resistance. Objectives To evaluate the conditions maternal-fetal hemodynamics during the hypertensive crisis and after treatment with labetalol and/or hydralazine. Patients and methods Eighteen pregnant women with acute hypertensive were evaluated (blood pressure (BP) > 160x110mmHg, without imminent eclampsia symptoms). This study was performed by Doppler velocimetry of right and left uterine arteries, umbilical artery and fetal middle cerebral artery. Maternal-fetal hemodynamic assessment was performed at the time of hypertensive crisis and after treatment with labetalol and/ or hydralazine. Post treatment analysis was performed after blood pressure stabilization (BP< 150x100mmHg). Results Mean patients age was 29,11 years old and mean gestational age was 34.5 weeks. Mean systolic and diastolic blood pressure during hypertensive crisis was 174.71 and 112.35 mmHg, respectively. Doppler parameters evaluated in hypertensive crisis were: right uterine artery PI 1.24 ± 0.42; left uterine artery PI 1.29 ± 0.40; middle cerebral artery RI 0.78 ± 0,06 and umbilical artery RI 0.65 ± 0.12. After the hypertensive crisis treatment mean systolic blood pressure was 146.47 mmHg and diastolic 87.06 mmHg. Doppler parameters evaluated after hypertensive crisis were: right uterine artery PI 1.26 ± 0.37; left uterine artery PI 1.37 ± 0.36; middle cerebral artery RI 0.78 ± 0,09 and umbilical artery RI 0.67 ± 0.09. No statistical difference was observed in Doppler parameters during hypertensive crisis or after blood pressure control. Conclusion Hypertensive pregnancy disorders are considered high risk to disfavorable perinatal outcome and should be subject to close observation during prenatal by fetal Doppler velocimetry analysis (middle cerebral artery and umbilical cord) and maternal Doppler velocimetry analysis (uterine artery) to assess fetal well being. This study demonstrated no difference in maternal fetal Doppler parameters during or after hypertensive crisis treated with hydralazine/labetalol.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCavalli, Ricardo de CarvalhoBagio, Maria Rita de Figueiredo2010-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-27092013-163414/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-27092013-163414Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A síndrome hipertensiva gestacional (SHG) afeta três milhões de mulheres por ano no mundo e pode resultar em inúmeras perdas fetais e perinatais, além de ser responsável pela morte de uma mulher a cada 6 minutos em todo o mundo. Durante uma crise hipertensiva na gestação ocorre vasoconstrição arteriolar generalizada e diminuição do fluxo útero placentário. A diminuição de fluxo na artéria uterina ocasiona déficit do aporte de oxigênio nas áreas de troca materno fetal submetendo o feto à regime de hipóxia transitória comprováveis na avaliação hemodinâmica. O labetalol e a hidralazina são anti hipertensivos de primeira escolha na gravidez, uma vez que aumentam o fluxo útero-placentário em decorrência da redução da resistência vascular uterina. Objetivos Avaliar as condições hemodinâmicas materno/fetais durante o período da crise hipertensiva e após seu tratamento com labetalol e/ou hidralazina. Pacientes e métodos Foram avaliadas 18 pacientes com quadro de crise hipertensiva com pressão arterial maior que 160x110mmHg, sem sintomas de eminência de eclâmpsia. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas direita e esquerda materna, umbilical e cerebral média fetal. A avaliação hemodinâmica materno/fetal foi realizada no momento da crise hipertensiva e após o tratamento com labetalol e/ou hidralazina. A análise pós tratamento foi realizada após estabilização da pressão arterial < 150/100mmHg. Resultados A média de idade das pacientes foi de 29,11 anos e a idade gestacional média do estudo de 34,5 semanas. O valor médio da pressão arterial sistólica e diastólica durante a crise hipertensiva foi de 174,71 e 112,35mmHg, respectivamente. Os parâmetros dopplervelocimétricos avaliados na crise hipertensiva foram: IP da artéria uterina direita 1,24+-0,42; IP da artéria uterina esquerda 1,29+-0,40; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,06 e IR da artéria umbilical de 0,65+-0,12. Após o tratamento da crise hipertensiva a pressão arterial sistólica média foi de 146,47mmHg e a pressão arterial diastólica média de 87,06mmHg. Após o tratamento da crise hipertensiva, os parâmetros avaliados foram: IP da artéria uterina direita 1,26+-0,37; IP da artéria uterina esquerda 1,37+-0,36; IR da artéria cerebral média de 0,78+-0,09 e IR da artéria umbilical de 0,67+-0,09. Não houve diferenças estatísticas significativas nos parâmetros Doppler quando comprados os valores na crise hipertensiva e após o controle da pressão arterial. Conclusão As gestações de pacientes com síndromes hipertensivas são consideradas de alto risco e, devem ser alvo de observação rigorosa durante o pré-natal. A análise dopplervelocimétrica fetal (artéria cerebral média e umbilical) e materna (artérias uterinas) deve ser realizada para avaliação da vitalidade fetal nestas pacientes, inclusive durante de crise hipertensiva. Este estudo demonstrou não haver diferença na avaliação dos parâmetros dopplervelocimétricos materno e fetal, durante ou após a crise hipertensiva tratada com hidralazina/labetalol. |
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