Efeito da curcumina sobre a resposta inflamatória estimulada pelo lipopolissacarídeo in vitro e in vivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17122019-183534/ |
Resumo: | A sepse acontece em decorrência da resposta imunológica exacerbada do hospedeiro à infecção que pode ser causada por diversos agentes etiológicos, como bactérias, vírus, protozoários e fungos. Devido a sua alta incidência, a sepse é tida como um problema de saúde mundial com a ocorrência de cerca de 18 milhões de casos anualmente em todo o mundo. Componentes de patógenos, como a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS), presente na parede celular de bactérias Gram-negativas, desencadeiam a liberação de mediadores inflamatórios, como citocinas próinflamatórias e óxido nítrico (NO) objetivando eliminar o patógeno, entretanto, a produção excessiva desses mediadores leva o organismo a um estado de anergia e imunossupressão. A curcumina, substância presente em uma planta tropical denominada Curcuma Longa L, é conhecida pelos seus efeitos antitumoral, imunomodulador e antioxidante. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito imunomodulador de uma dispersão sólida de curcumina após estímulo com LPS in vivo e in vitro em cultura de macrófagos peritoneais. Para atingir o objetivo, foram realizados experimento in vivo, nos quais ratos receberam injeção endovenosa de curcumina em duas doses (2 mg/kg e 20 mg/kg) seguida da injeção de LPS (1,5 mg/kg). Quatro horas após a administração de LPS os ratos foram decapitados para coleta do sangue. Para os experimentos in vitro foi realizado lavado peritoneal de ratos para coleta dos macrófagos residentes. Esses foram mantidos em cultura em placa de 24 poços e estimulados com curcumina (10-5M e 10-7M) e LPS (1?g/ml). O meio de cultura foi coletado 24 horas após o estímulo com LPS. O tratamento da cultura com curcumina resultou em diminuição do acúmulo de nitrito e das citocinas fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), interleucina 1 beta (IL-1?) e interleucina 6 (IL-6) em relação à cultura tratada com LPS apenas, no entanto, não foi observada alteração na produção de IL-10. Nos estudos in vivo, as duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a produção de nitrato e lactato nos animais tratados com LPS. O tratamento com curcumina 20 mg/kg mostrou efeito inibidor sobre a produção de TNF-? e IL- 6, no entanto, resultou em aumento na concentração de IL-1?. As duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a concentração sérica de IL-10 nos animais tratados com LPS. Nossos resultados mostraram que uma dispersão sólida de curcumina foi capaz de reduzir a produção de citocinas por macrófagos peritoneais e também quando administrada endovenosamente. Esses resultados podem servir como base para a realização de mais estudos in vivo, os quais são necessários para compreender o efeito da curcumina sobre a resposta inflamatória durante a endotoxemia e sepse |
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Efeito da curcumina sobre a resposta inflamatória estimulada pelo lipopolissacarídeo in vitro e in vivoEffect of curcumin on the inflammatory response stimulated by lipopolysaccharide in vitro and in vivoCurcuminCurcuminaLipopolissacarídeoLipopolysaccharideSepseSepsisA sepse acontece em decorrência da resposta imunológica exacerbada do hospedeiro à infecção que pode ser causada por diversos agentes etiológicos, como bactérias, vírus, protozoários e fungos. Devido a sua alta incidência, a sepse é tida como um problema de saúde mundial com a ocorrência de cerca de 18 milhões de casos anualmente em todo o mundo. Componentes de patógenos, como a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS), presente na parede celular de bactérias Gram-negativas, desencadeiam a liberação de mediadores inflamatórios, como citocinas próinflamatórias e óxido nítrico (NO) objetivando eliminar o patógeno, entretanto, a produção excessiva desses mediadores leva o organismo a um estado de anergia e imunossupressão. A curcumina, substância presente em uma planta tropical denominada Curcuma Longa L, é conhecida pelos seus efeitos antitumoral, imunomodulador e antioxidante. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito imunomodulador de uma dispersão sólida de curcumina após estímulo com LPS in vivo e in vitro em cultura de macrófagos peritoneais. Para atingir o objetivo, foram realizados experimento in vivo, nos quais ratos receberam injeção endovenosa de curcumina em duas doses (2 mg/kg e 20 mg/kg) seguida da injeção de LPS (1,5 mg/kg). Quatro horas após a administração de LPS os ratos foram decapitados para coleta do sangue. Para os experimentos in vitro foi realizado lavado peritoneal de ratos para coleta dos macrófagos residentes. Esses foram mantidos em cultura em placa de 24 poços e estimulados com curcumina (10-5M e 10-7M) e LPS (1?g/ml). O meio de cultura foi coletado 24 horas após o estímulo com LPS. O tratamento da cultura com curcumina resultou em diminuição do acúmulo de nitrito e das citocinas fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), interleucina 1 beta (IL-1?) e interleucina 6 (IL-6) em relação à cultura tratada com LPS apenas, no entanto, não foi observada alteração na produção de IL-10. Nos estudos in vivo, as duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a produção de nitrato e lactato nos animais tratados com LPS. O tratamento com curcumina 20 mg/kg mostrou efeito inibidor sobre a produção de TNF-? e IL- 6, no entanto, resultou em aumento na concentração de IL-1?. As duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a concentração sérica de IL-10 nos animais tratados com LPS. Nossos resultados mostraram que uma dispersão sólida de curcumina foi capaz de reduzir a produção de citocinas por macrófagos peritoneais e também quando administrada endovenosamente. Esses resultados podem servir como base para a realização de mais estudos in vivo, os quais são necessários para compreender o efeito da curcumina sobre a resposta inflamatória durante a endotoxemia e sepseSepsis occurs as a result of the host\'s exaggerated immune response to infection that may be caused by a variety of etiological agents, such as bacteria, viruses, protozoa, and fungi. Due to its high incidence, sepsis is considered as a global health problem with the occurrence of about 18 million cases annually around the world. Pathogen components, such as lipopolysaccharide endotoxin (LPS), present on the cell wall of Gram-negative bacteria, trigger the release of inflammatory mediators, such as pro-inflammatory cytokines and nitric oxide (NO), in order to eliminate the pathogen, however, excessive production of these mediators leads the organism to a state of anergy and immunosuppression. Curcumin, a substance in a tropical plant called Curcuma Longa L, is known for its antitumor, immunomodulatory and antioxidant effects. The objective of this study was to evaluate the immunomodulatory effect of a solid dispersion of curcumin after stimulation with LPS in vivo and in vitro in culture of peritoneal macrophages. To achieve the goal, in vivo experiments were performed in which rats received intravenous injection of curcumin at two doses (2 mg / kg and 20 mg / kg) followed by injection of LPS (1.5 mg / kg). Four hours after administration of LPS the mice were beheaded for collection of blood. In vitro experiments were performed peritoneal lavage of rats to collect resident macrophages. These were maintained in 24-well plate culture and stimulated with curcumin (10-5M and 10-7M) and LPS (1?g / ml). The culture medium was collected 24 hours after the LPS stimulation. Treatment of culture with curcumin resulted in decreased accumulation of nitrite and cytokines tumor necrosis factor alpha (TNF-?), interleukin 1? (IL-1?) and interleukin 6 (IL-6) in relation to the culture treated with LPS only, however, no change in IL- 10 production was observed. In the in vivo studies, the two doses of curcumin evaluated did not alter nitrate and lactate production in LPS-treated animals. Treatment with curcumin 20 mg / kg showed inhibitory effect on TNF-? and IL-6 production, however, resulted in an increase in IL-1? concentration. The two doses of curcumin evaluated did not alter the serum concentration of IL-10 in LPS-treated animals. Our results showed that a solid dispersion of curcumin was able to reduce the production of cytokines by peritoneal macrophages and also when administered endovenously. These results may serve as the basis for further in vivo studies, which are needed to understand the effect of curcumin on the inflammatory response during endotoxemia and sepsisBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStabile, Angelita MariaAguiar, Geyse Cristina Silva de2019-09-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17122019-183534/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-02-03T20:49:02Zoai:teses.usp.br:tde-17122019-183534Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-02-03T20:49:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A sepse acontece em decorrência da resposta imunológica exacerbada do hospedeiro à infecção que pode ser causada por diversos agentes etiológicos, como bactérias, vírus, protozoários e fungos. Devido a sua alta incidência, a sepse é tida como um problema de saúde mundial com a ocorrência de cerca de 18 milhões de casos anualmente em todo o mundo. Componentes de patógenos, como a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS), presente na parede celular de bactérias Gram-negativas, desencadeiam a liberação de mediadores inflamatórios, como citocinas próinflamatórias e óxido nítrico (NO) objetivando eliminar o patógeno, entretanto, a produção excessiva desses mediadores leva o organismo a um estado de anergia e imunossupressão. A curcumina, substância presente em uma planta tropical denominada Curcuma Longa L, é conhecida pelos seus efeitos antitumoral, imunomodulador e antioxidante. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito imunomodulador de uma dispersão sólida de curcumina após estímulo com LPS in vivo e in vitro em cultura de macrófagos peritoneais. Para atingir o objetivo, foram realizados experimento in vivo, nos quais ratos receberam injeção endovenosa de curcumina em duas doses (2 mg/kg e 20 mg/kg) seguida da injeção de LPS (1,5 mg/kg). Quatro horas após a administração de LPS os ratos foram decapitados para coleta do sangue. Para os experimentos in vitro foi realizado lavado peritoneal de ratos para coleta dos macrófagos residentes. Esses foram mantidos em cultura em placa de 24 poços e estimulados com curcumina (10-5M e 10-7M) e LPS (1?g/ml). O meio de cultura foi coletado 24 horas após o estímulo com LPS. O tratamento da cultura com curcumina resultou em diminuição do acúmulo de nitrito e das citocinas fator de necrose tumoral alfa (TNF-?), interleucina 1 beta (IL-1?) e interleucina 6 (IL-6) em relação à cultura tratada com LPS apenas, no entanto, não foi observada alteração na produção de IL-10. Nos estudos in vivo, as duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a produção de nitrato e lactato nos animais tratados com LPS. O tratamento com curcumina 20 mg/kg mostrou efeito inibidor sobre a produção de TNF-? e IL- 6, no entanto, resultou em aumento na concentração de IL-1?. As duas doses de curcumina avaliadas não alteraram a concentração sérica de IL-10 nos animais tratados com LPS. Nossos resultados mostraram que uma dispersão sólida de curcumina foi capaz de reduzir a produção de citocinas por macrófagos peritoneais e também quando administrada endovenosamente. Esses resultados podem servir como base para a realização de mais estudos in vivo, os quais são necessários para compreender o efeito da curcumina sobre a resposta inflamatória durante a endotoxemia e sepse |
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