Do paraíso à solidão: modernidade em La Hija de Rappaccini, de Octavio Paz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hasmann, Robson Batista dos Santos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-03102013-120312/
Resumo: Octavio Paz tem marcante presença na poesia e no ensaio modernos. Por outro lado, há um aspecto de seu trabalho artístico pouco explorado pela crítica especializada ou acadêmica. Trata-se de sua imersão no teatro, com a peça La hija de Rappaccini. O presente trabalho procura explorar esta faceta com o propósito de construir uma interpretação mais profunda de aspectos temáticos e estruturantes dispersos nos poucos estudos especializados até o presente. Para tal, a partir da divisão das etapas criativas de Octavio Paz propostas por Manuel Ulacia (1999), apresenta-se aqui uma visão panorâmica da obra do mexicano a fim de inserir La hija de Rappaccini em uma linha histórica do desenvolvimento poético-artístico do escritor mexicano. A seguir são lidos poemas, ensaios e entrevistas, além da inserir esses textos no contexto histórico-artístico que possibilitou o desenvolvimento do teatro no México durante as primeiras décadas do século XX, com especial atenção ao grupo Poesía en voz alta. Nesse percurso histórico, destaca-se a vinculação de Paz com os surrealistas franceses e a influência da poesia de língua inglesa sobre suas afinidades literárias. Interessam aqui particularmente alguns símbolos presentes na peça em questão como as concepções acerca do amor, da História, do tempo e da modernidade. A pesquisa procura traçar também as origens do drama desenvolvido em La hija de Rappaccini. Nesse sentido, evidencia-se a ligação de Paz com a cultura oriental, uma vez que a trama inicial remete à Índia do século IX e a construção cênica utiliza-se de alguns recursos do teatro Nô. No último capítulo, o trabalho defende que para Paz existe um embate entre o mundo científico-tecnológico e o primitivo, dentro da perspectiva que o poeta adota sobre a modernidade e que expõe principalmente em entrevistas e ensaios.
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