Tradução e adaptação transcultural do protocolo Verbal Dyspraxia Profile para a língua portuguesa do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-28042022-105225/ |
Resumo: | Esse trabalho teve como objetivo a realização da tradução e adaptação transcultural do protocolo Verbal Dyspraxia Profile para a língua portuguesa do Brasil, elaborado por Judy Jelm e distribuído pela editora Janelle Publications, o qual é utilizado para a detecção de sinais e planejamento de tratamento de crianças com Apraxia de Fala na Infância. O estudo se justifica devido à escassez de instrumentos que avaliem esse transtorno considerando as vogais e consoantes produzidas no português do Brasil, dificultando tanto a identificação precoce deste transtorno, quanto a prática clínica de profissionais fonoaudiólogos. Sendo essa falta ainda mais acentuada no público alvo do instrumento traduzido, recém-nascidos à dois anos de idade. A tradução e adaptação transcultural foi realizada com base nas diretrizes propostas por Beaton e colaboradores, assim o processo de tradução e adaptação transcultural sejam realizados em 5 estágios, sendo eles: (1) traduções; (2) síntese das traduções; (3) retrotraduções; (4) comitê de peritos; (5) revisão final. No primeiro estágio foram realizadas duas traduções por dois tradutores distintos, no estágio seguinte os dois tradutores responsáveis pela etapa anterior se reuniram com um juiz para averiguar as divergências entre elas e juntar as traduções em uma síntese. No terceiro estágio a versão síntese foi retrotraduzida por dois retrotradutores independentes, já no estágio de comitê de peritos ocorreram reuniões com os dois tradutores, os dois retrotradutores, o juiz e dois fonoaudiólogos das áreas do instrumento que discutiram as equivalências e estabeleceram a versão prévia da tradução. Após isso, a pesquisadora principal realizou revisão final para averiguar os estágios realizados e se ainda era necessária alguma alteração, para então obter a versão final da tradução que foi enviada ao autor. Ao todo foram traduzidos 590 itens, dos quais 64,40% (380 itens), foram classificados equivalentes, 12,05% (71 itens) foram classificados como parcialmente equivalentes e 23,42% (138 itens) foram classificados como não equivalente, então os itens que apresentaram problemas de equivalência foram alterados visando a melhor adaptação possível para os itens culturais-específicos. Nosso trabalho apontou que a formação do tradutor tem papel chave na qualidade da tradução obtida, e mesmo que não sejam nativos, o conhecimento sistematizado sobre o processo tradutório pode fornecer uma tradução equivalente de qualidade. O protocolo pode ser uma ferramenta importante para a prática clínica, mas ainda são necessários estudos para averiguar a confiabilidade e validade do instrumento no Brasil. |
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Tradução e adaptação transcultural do protocolo Verbal Dyspraxia Profile para a língua portuguesa do BrasilTranslation and cross-cultural adaptation of the Verbal Dyspraxia Profile into the brazilian portuguese languageAdaptaçãoAdaptationApraxiaApraxiasLanguage TestsTestes de linguagemTraduçãoTranslationEsse trabalho teve como objetivo a realização da tradução e adaptação transcultural do protocolo Verbal Dyspraxia Profile para a língua portuguesa do Brasil, elaborado por Judy Jelm e distribuído pela editora Janelle Publications, o qual é utilizado para a detecção de sinais e planejamento de tratamento de crianças com Apraxia de Fala na Infância. O estudo se justifica devido à escassez de instrumentos que avaliem esse transtorno considerando as vogais e consoantes produzidas no português do Brasil, dificultando tanto a identificação precoce deste transtorno, quanto a prática clínica de profissionais fonoaudiólogos. Sendo essa falta ainda mais acentuada no público alvo do instrumento traduzido, recém-nascidos à dois anos de idade. A tradução e adaptação transcultural foi realizada com base nas diretrizes propostas por Beaton e colaboradores, assim o processo de tradução e adaptação transcultural sejam realizados em 5 estágios, sendo eles: (1) traduções; (2) síntese das traduções; (3) retrotraduções; (4) comitê de peritos; (5) revisão final. No primeiro estágio foram realizadas duas traduções por dois tradutores distintos, no estágio seguinte os dois tradutores responsáveis pela etapa anterior se reuniram com um juiz para averiguar as divergências entre elas e juntar as traduções em uma síntese. No terceiro estágio a versão síntese foi retrotraduzida por dois retrotradutores independentes, já no estágio de comitê de peritos ocorreram reuniões com os dois tradutores, os dois retrotradutores, o juiz e dois fonoaudiólogos das áreas do instrumento que discutiram as equivalências e estabeleceram a versão prévia da tradução. Após isso, a pesquisadora principal realizou revisão final para averiguar os estágios realizados e se ainda era necessária alguma alteração, para então obter a versão final da tradução que foi enviada ao autor. Ao todo foram traduzidos 590 itens, dos quais 64,40% (380 itens), foram classificados equivalentes, 12,05% (71 itens) foram classificados como parcialmente equivalentes e 23,42% (138 itens) foram classificados como não equivalente, então os itens que apresentaram problemas de equivalência foram alterados visando a melhor adaptação possível para os itens culturais-específicos. Nosso trabalho apontou que a formação do tradutor tem papel chave na qualidade da tradução obtida, e mesmo que não sejam nativos, o conhecimento sistematizado sobre o processo tradutório pode fornecer uma tradução equivalente de qualidade. O protocolo pode ser uma ferramenta importante para a prática clínica, mas ainda são necessários estudos para averiguar a confiabilidade e validade do instrumento no Brasil.The objective of this study was to translate and cross-culturally adapt the protocol Verbal Dyspraxia Profile into the Brazilian Portuguese Language. The protocol was created by Judy Jelm and distributed by Janelle Publications and is used for signs detection and treatment planning of children with Childhood Apraxia of Speech. The justification for the study it\'s the shortage of instruments to evaluate this disorder, considering the Brazilian Portuguese consonants and vowels, making it difficult the early identification of this disorder, and the clinical practice of Speech-Language Pathologists. This shortage\'s even more significant in the target audience of the translated instrument, newborn to two years old. The translation and cross-cultural adaptation were performed based in Beaton et. al. guidelines, so the translation was carried out in 5 steps: (1) translation; (2) Synthesis of The Translations; (3) Back Translation; (4) Expert Committee; (5) Final review. In the first step, two translations were performed by two different translators, then the translators responsible for the previous stage gathered with a judge to check the divergences and merge the translations into a synthesis. In the next stage, the synthesis was back-translated by two independent back-translators. In the expert committee, the two translators, two back translators, the judge, and two Speech-Language Pathologists of the instrument field held a meeting to discuss the equivalences and provide the prefinal version. Then, the main researcher performed a final review to check the stages, and make changes to achieve the final version of the translation, which was sent to the author. Overall, 590 items were translated, of which 64,40% (380 items), were classified as equivalent, 12,05% (71 items) as partially equivalent, and 23,42% (138 items) as not equivalent. Then the items with equivalence problems were changed aiming to achieve the best adaptation possible to the culture-specific items. Our work showed that the translators training is key to the translation quality, even when not native, the systematized knowledge about the translation process can provide an equivalent quality translation. The protocol can be a key tool for clinical practice but still are needed studies to verify the reliability and validity of the instrument in Brazil.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHage, Simone Rocha de VasconcellosSilva, Letícia Cristina2022-02-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-28042022-105225/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-28042022-105225Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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