Localização de resistência ao vírus do mosaico comum em soja
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1975 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-152108/ |
Resumo: | Na triagem de 126 variedades e linhagens de soja para localização de resistência ao vírus do mosaico comum foi esta constatada em 3 variedades comerciais Campos Gerais, Bienville e Davis, numa PI 96, 983 e num grupo de 34 linhagens com os números PF 701, 702, 713, 714, 715, 7024, 7025, 7026, 7028, 7030, 7033, 716, 7034, 7035, 7036, 7144, 7145, 7151, 7152, 7153, 7154, 7155, 7156, 7157, 7158, 7159, 7160, 7161, 7162, 7163, 7164, 7165, 7166 e 7167. Todas essas variedades e linhagens, com exceção da PI 96.983, têm como um de seus ancestrais a variedade Ogden, já conhecida como resistente. As variedades plantadas extensivamente, nas regiões produtoras de soja do Brasil, tais como Santa Rosa, Mineira, IAC-2, Bragg Hardee, Hill, Viçosa e Industrial mostraram-se suscetíveis ao vírus. A resistência das variedades e linhagens foi verificada em testes de inoculação mecânica, em inoculações com o inseto vetcor Myzus persicae Sulz. e em teste de união de tecidos. O nível de resistência encontrado foi bastante elevado, podendo ser considerado, para fins práticos, como imunidade, não tendo sido possível recuperar o vírus dessas variedades consideradas resistentes em nenhum dos testes. Procurou-se determinar a natureza da resistência encontrada por intermédio de inoculações maciças com o inseto vector (média de 100 insetos por planta), por união de tecidos em diversas combinações e pela associação de inoculações mecânicas com elevação de temperatura (38°C) por diferentes períodos após a inoculação. Os resultados sugerem que a hipersensibilidade é responsável pela resistência encontrada na variedade Davis, e, possivelmente, também para o caso das outras variedades. É aventada hipótese de que, além desse tipo, haja, também, em soja, o tipo de resistência verdadeira. A resistência encontrada é considerada como sendo controlada por fatores dominante, podendo, portanto, ser mais facilmente incorporada em outras variedades. Muitas das variedades e linhagens determinadas como resistentes tem produção que se equivale com a das variedades suscetíveis, mesmo na ausência de infecção e poderão ser empregadas para plantio imediato nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Para o Estado de São Paulo e outras regiões produtoras mais ao norte é recomendado o estudo do seu comportamento, para utilização imediata, se for satisfatório, ou como fonte de resistência a ser incorporada em variedades mais adaptadas para essas regiões. |
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Localização de resistência ao vírus do mosaico comum em sojaRESISTÊNCIA GENÉTICA VEGETALSOJAVÍRUS DO MOSAICO COMUMNa triagem de 126 variedades e linhagens de soja para localização de resistência ao vírus do mosaico comum foi esta constatada em 3 variedades comerciais Campos Gerais, Bienville e Davis, numa PI 96, 983 e num grupo de 34 linhagens com os números PF 701, 702, 713, 714, 715, 7024, 7025, 7026, 7028, 7030, 7033, 716, 7034, 7035, 7036, 7144, 7145, 7151, 7152, 7153, 7154, 7155, 7156, 7157, 7158, 7159, 7160, 7161, 7162, 7163, 7164, 7165, 7166 e 7167. Todas essas variedades e linhagens, com exceção da PI 96.983, têm como um de seus ancestrais a variedade Ogden, já conhecida como resistente. As variedades plantadas extensivamente, nas regiões produtoras de soja do Brasil, tais como Santa Rosa, Mineira, IAC-2, Bragg Hardee, Hill, Viçosa e Industrial mostraram-se suscetíveis ao vírus. A resistência das variedades e linhagens foi verificada em testes de inoculação mecânica, em inoculações com o inseto vetcor Myzus persicae Sulz. e em teste de união de tecidos. O nível de resistência encontrado foi bastante elevado, podendo ser considerado, para fins práticos, como imunidade, não tendo sido possível recuperar o vírus dessas variedades consideradas resistentes em nenhum dos testes. Procurou-se determinar a natureza da resistência encontrada por intermédio de inoculações maciças com o inseto vector (média de 100 insetos por planta), por união de tecidos em diversas combinações e pela associação de inoculações mecânicas com elevação de temperatura (38°C) por diferentes períodos após a inoculação. Os resultados sugerem que a hipersensibilidade é responsável pela resistência encontrada na variedade Davis, e, possivelmente, também para o caso das outras variedades. É aventada hipótese de que, além desse tipo, haja, também, em soja, o tipo de resistência verdadeira. A resistência encontrada é considerada como sendo controlada por fatores dominante, podendo, portanto, ser mais facilmente incorporada em outras variedades. Muitas das variedades e linhagens determinadas como resistentes tem produção que se equivale com a das variedades suscetíveis, mesmo na ausência de infecção e poderão ser empregadas para plantio imediato nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Para o Estado de São Paulo e outras regiões produtoras mais ao norte é recomendado o estudo do seu comportamento, para utilização imediata, se for satisfatório, ou como fonte de resistência a ser incorporada em variedades mais adaptadas para essas regiões.Out of 126 soybean accessions that were screened for resistance to soybean mosaic virus by mechanical inoculation, the varieties Bienville, Campos Gerais, Davis, PI 96,983 and a group of 34 selected hybrid lines from the Passo Fundo Agricultural Experiment Station, Rio Grande do Sul, showed a high level of resistance. The resistance of the material was further confirmed by mechanical inoculation with 5 other virus isolates from different soybean growing areas; in tests with viruliferous vectors that had acquired the most several of the 5 isolates; and also by tissue union methods. The majority of the commercial varieties (Santa Rosa, Hardee, Mineira, Bragg, Hill, IAC-2, Viçosa and Industrial) planted in the various soybean growing areas of Brazil behaved as highly susceptible to soybean mosaic in the tests performed, suffered yield lasses when infected, and showed seed coat mottling in all cases. Most of the varieties and lines found resistant to soybean mosaic were derived from crosses in which Ogden had been one of the parents and probably incorporate its type of resistance. Attempts made to determine the nature of resistance indicate that in case of the variety Davis, a hypersensitive reaction took place in a single instance when inoculation was followed by high temperature (38°C) treatment. It is suggested that in soybeans, as in case of beans, resistance might be based on hypersensitivity or be true resistance. All hybrid lines derived from crosses in which the varieties Campos Gerais (N45/2994) was the resistant parent showed in the F5 and F6 generations resistance to soybean mosaic virus, without being selected for that purpose, this being considered as evidence that the type of resistance possessed by these soybean types is conditioned by dominant factors. It is pointed out that some of the resistant varieties and PF lines have performed very satisfactorily under growing conditions in Southern Brazil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) and could be used advantageously in areas where soybean mosaic is widespread or a threat. For more northern areas, such as Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais and São Paulo, the resistant types have to be tried for field performance and could be used directly if they perform well or serve as parental resistant material, for incorporation of soybean mosaic virus resistance in varieties better suited to these areas.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCosta, Alvaro SantosLima Neto, Vismar da Costa1975-04-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-152108/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-27T16:43:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-152108Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-27T16:43:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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