Prevalência de distribuição de metástases no trato gastrointestinal nos exames endoscópicos em um hospital oncológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bento, Luiza Haendchen
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23072021-180330/
Resumo: Introdução: O aumento da expectativa de vida de indivíduos com neoplasias metastáticas pela maior disponibilidade de terapias paliativas torna provável a identificação mais frequente de metástases também no trato gastrointestinal (TGI). Os estudos que avaliam metástases no TGI são escassos, e o melhor conhecimento destas lesões por parte dos endoscopistas é necessário. Os objetivos deste estudo foram avaliar a frequência de lesões metastáticas no TGI, as características endoscópicas das lesões e a sobrevida após o diagnóstico das metástases para o TGI. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, realizado no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre 2009 e 2017. Foram incluídos todos os pacientes com metástases para o TGI com confirmação histológica. Resultados: Entre os 95 pacientes incluídos, o local mais frequente de metástases no TGI foi o estômago (63,2%), seguido pelo duodeno (29,5%). Melanoma (25,3%), pulmão (15,8%) e mama (14,7%) foram as neoplasias primárias mais comuns. A apresentação endoscópica mais frequente foi lesão única, ulcerada, no corpo gástrico. A biópsia convencional foi conclusiva em 98,9% dos casos. A mediana de sobrevida após o diagnóstico de metástase foi 4,7 meses (IC 95% 3,7-5,6). O tratamento paliativo com quimioterapia e/ou radioterapia após o diagnóstico de metástase para o TGI esteve relacionado à maior sobrevida. Conclusões: As neoplasias primárias mais frequentemente encontradas foram o melanoma, câncer de pulmão e câncer de mama. O estômago foi o local do TGI com maior frequência de lesões metastáticas. Os aspectos endoscópicos das lesões não permitiram identificar o sítio primário do tumor. A presença de lesões metastáticas no TGI está relacionada ao estágio final da doença, entretanto, aqueles que receberam quimioterapia e/ou radioterapia após o diagnóstico da metástase para o TGI apresentaram sobrevida maior do que os pacientes que receberam tratamento paliativo de suporte.
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