Sequelas físicas advindas do tratamento de câncer de mama: estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hostalácio, Larissa Braganholo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20082012-151910/
Resumo: O tratamento cirúrgico e adjuvante de câncer de mama pode desencadear sequelas físicas como diminuição da amplitude de movimento do ombro, linfedema, alteração da sensibilidade tátil e dor. O objetivo do presente estudo foi comparar sequelas físicas do tratamento de câncer de mama em dois grupos de mulheres: não inseridas e inseridas em um centro de reabilitação física. O estudo foi realizado no Centro de Oncologia do Hospital Santa Casa de Araçatuba (grupo I - controle) e no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (grupo II - experimental). Os instrumentos usados para avaliação da amplitude de movimento de flexão e abdução do ombro foi o flexímetro, o linfedema foi avaliado por perimetria para posterior cálculo de volume, a sensibilidade pelo estesiômetro de Semmes-Weinstein e a dor pela Escala de Estimativa Numérica. Primeiramente, houve um treinamento de medidas realizado por duas fisioterapeutas, em 26 mulheres para investigação do coeficiente de correlação intraclasse. Em seguida, o estudo piloto foi realizado com 10 mulheres em cada grupo. Após o piloto, o cálculo amostral foi realizado. Observou-se nos resultados do treinamento de medidas uma concordância muito boa (>0,81) para a flexão de ombro homolateral e contra-lateral, abdução do ombro homolateral, volume homolateral e contra-lateral, sensibilidade homolateral. A abdução de ombro contra-lateral obteve boa concordância (0,61 - 0,80) e a sensibilidade contralateral obteve moderada concordância (0,41 - 0,60). O cálculo amostral determinou n = 22 mulheres para cada grupo. O grupo I apresentou maior idade, menor índice de massa corporal e maior quantidade de mulheres submetidas a mastectomia. O grupo II apresentou menor idade, maior nível educacional e renda média familiar, mais cirurgias conservadoras (p = 0,041) e radioterapia (p = 0,012). O valor médio da flexão homolateral foi maior no grupo II (p = 0,036) e tomando o lado contralateral como parâmetro de normalidade, o grupo I obteve a amplitude de flexão de ombro homolateral comprometida (p = 0,014). Não houve diferença estatística entre os grupos na amplitude de movimento de abdução e na diferença de volume entre os membros superiores, mas percentualmente observou-se melhores resultados no grupo II. A intensidade da dor foi a mesma entre os grupos. A análise descritiva apresentou maior frequencia de mulheres com valores considerados de normalidade para a sensibilidade tátil no grupo II. Os resultados apontam que a intervenção realizada foi satisfatória, principalmente para a amplitude de movimento de flexão de ombro.
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Os instrumentos usados para avaliação da amplitude de movimento de flexão e abdução do ombro foi o flexímetro, o linfedema foi avaliado por perimetria para posterior cálculo de volume, a sensibilidade pelo estesiômetro de Semmes-Weinstein e a dor pela Escala de Estimativa Numérica. Primeiramente, houve um treinamento de medidas realizado por duas fisioterapeutas, em 26 mulheres para investigação do coeficiente de correlação intraclasse. Em seguida, o estudo piloto foi realizado com 10 mulheres em cada grupo. Após o piloto, o cálculo amostral foi realizado. Observou-se nos resultados do treinamento de medidas uma concordância muito boa (>0,81) para a flexão de ombro homolateral e contra-lateral, abdução do ombro homolateral, volume homolateral e contra-lateral, sensibilidade homolateral. A abdução de ombro contra-lateral obteve boa concordância (0,61 - 0,80) e a sensibilidade contralateral obteve moderada concordância (0,41 - 0,60). O cálculo amostral determinou n = 22 mulheres para cada grupo. O grupo I apresentou maior idade, menor índice de massa corporal e maior quantidade de mulheres submetidas a mastectomia. O grupo II apresentou menor idade, maior nível educacional e renda média familiar, mais cirurgias conservadoras (p = 0,041) e radioterapia (p = 0,012). O valor médio da flexão homolateral foi maior no grupo II (p = 0,036) e tomando o lado contralateral como parâmetro de normalidade, o grupo I obteve a amplitude de flexão de ombro homolateral comprometida (p = 0,014). Não houve diferença estatística entre os grupos na amplitude de movimento de abdução e na diferença de volume entre os membros superiores, mas percentualmente observou-se melhores resultados no grupo II. A intensidade da dor foi a mesma entre os grupos. A análise descritiva apresentou maior frequencia de mulheres com valores considerados de normalidade para a sensibilidade tátil no grupo II. Os resultados apontam que a intervenção realizada foi satisfatória, principalmente para a amplitude de movimento de flexão de ombro.The surgical and adjuvant treatment of breast cancer can trigger physical sequels such as diminished shoulder range of motion, tactile sensibility changes and pain. The goal of this study is to compare physical sequels of the breast cancer treatment in two groups of women: those not inserted and in a physical rehabilitation center, and those inserted. The study was conducted in the Oncology Center of the Santa Casa de Araçatuba Hospital (Centro de Oncologia do Hospital Santa Casa de Araçatuba) (group I - control) and in the Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (group II - experimental). The instruments used to evaluate the extent of shoulder flexion and abduction movement was the goniometer. The volume of the lymphedema was calculated after an evaluation by upper circumferences. Sensibility was measured by Semmes-Weinstein monofilament testing, while pain was measured by Numeric Rating Scale (NRS). First, there was a measurement training conducted by two physiotherapists in 26 women. The goal was to investigate the intraclass correlation coefficient. Next, the pilot study was conducted with 10 women of each group. After the pilot, we performed the sample calculation. In the results of measurement training, we observed a very good agreement (>0,81) for ipsilateral and contralateral shoulder flexion, abduction of ipsilateral shoulder, ipsilateral and contralateral volume, and ipsilateral sensibility. The abduction of contralateral shoulder obtained good agreement (0,61 - 0,80) and the contralateral sensibility obtained moderate agreement (0,41 - 0,60). The sample calculation determined n = 22 women for each group. Group I has higher age, smaller BMI and higher number of women submitted to mastectomy. Group II has smaller age, higher educational level and higher average family income, more conservative surgeries (p=0,041) and radiotherapy (p = 0,012). The average value of ipsilateral flexion was higher in group II (p = 0,036). Taking the contralateral side as the normality parameter, group I obtained higher compromised shoulder flexion range (p=0,014). There was no significant statistical difference among the groups in the range of the abduction movement, and in the difference of the volume of the upper arms. However, group II presented better percentage results. Pain intensity was the same in both groups. Descriptive analysis presented higher frequency in women with normal values for tactile sensibility in group II. Results point that the intervention was satisfactory, especially to the range of shoulder flexion movement.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlmeida, Ana Maria deHostalácio, Larissa Braganholo2012-05-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20082012-151910/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-20082012-151910Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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