Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-25062012-162714/ |
Resumo: | A relação entre preço e custo marginal pode ser utilizada para evidenciar características das indústrias, com destaque para aspectos relacionados à concorrência. Uma das formas de estimar esta relação, definida como mark up, é a análise da relação entre insumos e produtos. Na presente pesquisa, este tipo de estudo foi realizado por meio da análise do resíduo de Solow, como em Hall (1986), e a partir da estimação da função de produção, conforme proposto por Loecker e Warzynski (2009). As características complementares dos procedimentos e o fato de haver insuficiente análise de aspectos concorrenciais das indústrias nacionais favorecem o emprego conjunto destas abordagens para o caso da indústria brasileira, sendo este o objetivo da presente pesquisa. Foram utilizados dados da PIA-Empresa (IBGE) para as indústrias de extração e transformação entre 1996 e 2007. A análise do resíduo de Solow evidenciou que a hipótese conjunta de retornos constantes de escala e concorrência perfeita para a indústria nacional não é válida, com altas estimativas de mark up para os setores extrativista, alimentício, florestal e químico. Já os setores têxtil e máquinas e equipamentos apresentaram baixas estimativas. As estimativas obtidas por meio da função de produção e a análise dos retornos de escala confirmaram os altos mark ups dos setores florestal e químico. Para os setores extrativista e alimentício as estimativas foram consideravelmente menores, o que foi interpretado como consequência do retorno de escala dos setores, que deve ser decrescente. Não houve diferença estatisticamente significativaentre as estimativas obtidas para os setores metalurgia básica, eletro eletrônico, têxtil e máquinas e equipamentos por meio das duas metodologias, o que corrobora as evidências encontradas sobre retornos de escala, que indicaram que estes são constantes para tais setores. Para os demais setores não foi possível obter constatações relevantes sobre as estimativas alternativas e retornos de escala. Dessa forma, foram encontradas evidêcias de que a hipótese de concorrência perfeita não é válida, com mark ups maiores do que dois para quase todos setores. |
id |
USP_192bfb495edb6c5419ec126eeef355f0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-25062012-162714 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileiraPrice and marginal cost relation in brazilian industryFunção de produçãoIndustrial sectorMark upMark upProduction FunctionSetor IndustrialA relação entre preço e custo marginal pode ser utilizada para evidenciar características das indústrias, com destaque para aspectos relacionados à concorrência. Uma das formas de estimar esta relação, definida como mark up, é a análise da relação entre insumos e produtos. Na presente pesquisa, este tipo de estudo foi realizado por meio da análise do resíduo de Solow, como em Hall (1986), e a partir da estimação da função de produção, conforme proposto por Loecker e Warzynski (2009). As características complementares dos procedimentos e o fato de haver insuficiente análise de aspectos concorrenciais das indústrias nacionais favorecem o emprego conjunto destas abordagens para o caso da indústria brasileira, sendo este o objetivo da presente pesquisa. Foram utilizados dados da PIA-Empresa (IBGE) para as indústrias de extração e transformação entre 1996 e 2007. A análise do resíduo de Solow evidenciou que a hipótese conjunta de retornos constantes de escala e concorrência perfeita para a indústria nacional não é válida, com altas estimativas de mark up para os setores extrativista, alimentício, florestal e químico. Já os setores têxtil e máquinas e equipamentos apresentaram baixas estimativas. As estimativas obtidas por meio da função de produção e a análise dos retornos de escala confirmaram os altos mark ups dos setores florestal e químico. Para os setores extrativista e alimentício as estimativas foram consideravelmente menores, o que foi interpretado como consequência do retorno de escala dos setores, que deve ser decrescente. Não houve diferença estatisticamente significativaentre as estimativas obtidas para os setores metalurgia básica, eletro eletrônico, têxtil e máquinas e equipamentos por meio das duas metodologias, o que corrobora as evidências encontradas sobre retornos de escala, que indicaram que estes são constantes para tais setores. Para os demais setores não foi possível obter constatações relevantes sobre as estimativas alternativas e retornos de escala. Dessa forma, foram encontradas evidêcias de que a hipótese de concorrência perfeita não é válida, com mark ups maiores do que dois para quase todos setores.The price and marginal cost relation can evidence important industry features, especially the ones that concern competition. Input and output data can be used to estimate the price and marginal cost relation, defined as mark up. In this research, this type of study was done by the Solow residual analysis, as in Hall (1986), and by the production function estimation, as in Loecker e Warzynski (2009). The returns to scale influences both methodologies, and was used to compare their results. The methodologies complementaries features and the fact that there is few analisys about competition in brazilian industry stimulates the use of the Solow residual and the production function to calculate the mark up of the brazilian industry. The data of the extraction and transformation industries used in this research are from PIA-Empresa (IBGE) for the years between 1996 and 2007. The 104 industries were classified in eleven sectors: extrative, food, forest, textile, chemistry, non-metallic mineral, metallurgy, machines and equipment, electronics, general equipment and automotive vehicles. The Solow residual analysis rejected the competition and constants returns to scale hypothesis, and the extractive, food, forest and chemistry sectors showed high mark ups. Textile and machines and equipment had low mark ups. The mark up estimatives from the production function estimation and the returns to scale analysis confirmed the high mark ups for the forest and chemistry sectors. For the extractive and food sectors the mark ups were lower, what is probably consequence of the decreasing returns to scale that these sectors may have. There were no statistically significant di_erence between the mark ups estimatives obtained from both methodologies for the metallurgy, electronics, textile and machines and equipment sectors, what support the evidences of constant returns to scale that were found. The other sectors did not showed relevant conclusions about the relations between the estimatives and the returns to scale. Hence, the perfect concorrence hypotesys is not valid for the brazilian industry.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLucinda, Claudio Ribeiro deMeyer, Leandro Garcia2012-05-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-25062012-162714/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-25062012-162714Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira Price and marginal cost relation in brazilian industry |
title |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
spellingShingle |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira Meyer, Leandro Garcia Função de produção Industrial sector Mark up Mark up Production Function Setor Industrial |
title_short |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
title_full |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
title_fullStr |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
title_full_unstemmed |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
title_sort |
Relação entre preço e custo marginal na indústria brasileira |
author |
Meyer, Leandro Garcia |
author_facet |
Meyer, Leandro Garcia |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Lucinda, Claudio Ribeiro de |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Meyer, Leandro Garcia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Função de produção Industrial sector Mark up Mark up Production Function Setor Industrial |
topic |
Função de produção Industrial sector Mark up Mark up Production Function Setor Industrial |
description |
A relação entre preço e custo marginal pode ser utilizada para evidenciar características das indústrias, com destaque para aspectos relacionados à concorrência. Uma das formas de estimar esta relação, definida como mark up, é a análise da relação entre insumos e produtos. Na presente pesquisa, este tipo de estudo foi realizado por meio da análise do resíduo de Solow, como em Hall (1986), e a partir da estimação da função de produção, conforme proposto por Loecker e Warzynski (2009). As características complementares dos procedimentos e o fato de haver insuficiente análise de aspectos concorrenciais das indústrias nacionais favorecem o emprego conjunto destas abordagens para o caso da indústria brasileira, sendo este o objetivo da presente pesquisa. Foram utilizados dados da PIA-Empresa (IBGE) para as indústrias de extração e transformação entre 1996 e 2007. A análise do resíduo de Solow evidenciou que a hipótese conjunta de retornos constantes de escala e concorrência perfeita para a indústria nacional não é válida, com altas estimativas de mark up para os setores extrativista, alimentício, florestal e químico. Já os setores têxtil e máquinas e equipamentos apresentaram baixas estimativas. As estimativas obtidas por meio da função de produção e a análise dos retornos de escala confirmaram os altos mark ups dos setores florestal e químico. Para os setores extrativista e alimentício as estimativas foram consideravelmente menores, o que foi interpretado como consequência do retorno de escala dos setores, que deve ser decrescente. Não houve diferença estatisticamente significativaentre as estimativas obtidas para os setores metalurgia básica, eletro eletrônico, têxtil e máquinas e equipamentos por meio das duas metodologias, o que corrobora as evidências encontradas sobre retornos de escala, que indicaram que estes são constantes para tais setores. Para os demais setores não foi possível obter constatações relevantes sobre as estimativas alternativas e retornos de escala. Dessa forma, foram encontradas evidêcias de que a hipótese de concorrência perfeita não é válida, com mark ups maiores do que dois para quase todos setores. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-05-16 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-25062012-162714/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-25062012-162714/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257331513950208 |