Infecção urinária comunitária: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais em crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lo, Denise Swei
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-11012019-090238/
Resumo: INTRODUÇÃO: Infecção do trato urinário (ITU) é doença cujos sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, especialmente em lactentes. Portanto, o conhecimento de seus aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são relevantes para a adequada abordagem clínica. OBJETIVOS PRINCIPAIS: Descrever: a prevalência de ITU como motivo de atendimento em pronto-socorro geral de Pediatria; a variabilidade da frequência de ITU e dos agentes etiológicos em diversas faixas etárias e sexo; o perfil de sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli; o quadro clínico, laboratorial e evolutivo de lactentes jovens. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS: Cálculo de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do corte de leucocitúria >= 10.000 leucócitos/mL para o diagnóstico de ITU em lactentes jovens. Comparar as diferenças de ITU por Escherichia coli e Staphylococcus saprophyticus em adolescentes do sexo feminino e discutir as melhores escolhas de terapia antimicrobiana empírica para uso na população estudada. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, incluindo todos os casos de ITU (urocultura quantitativa com >= 50.000 UFC/mL por sondagem vesical ou >= 100.000 UFC/mL por jato médio) atendidos no Pronto-Socorro de Pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, de 01/01/2010 a 31/12/2012, idades entre zero a 15 anos incompletos. Resultados: Do total de 188.460 atendimentos realizados, 7994 colheram urocultura por suspeita de ITU; este diagnóstico foi confirmado em 1071 casos (prevalência: 0,57% do total de atendimentos e 13,4% das uroculturas incluídas). A proporção de casos entre sexo masculino e feminino foi: 1:0,3 em menores de três meses; 1:3,9 entre três meses a 12 anos e 1:12 entre 12 a 15 anos. Escherichia coli foi o principal agente responsável por 73,2% dos casos totais de ITU. Entretanto, outros agentes importantes foram Klebsiella pneumoniae (18,46%) e Enterococcus faecalis (7,7%) em lactentes jovens (menores de três meses de idade); Proteus mirabilis (30,8%) em meninos de três meses a 12 anos; Staphylococcus saprophyticus (25%) em adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos. A sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli foi observada acima de 80% para: amoxicilina/ácido clavulânico (87%), cefuroxima (98%), cefotaxima (98%), ceftriaxona (100%), cefepime (99%), amicacina (100%), gentamicina (97%), ciprofloxacina (98%), norfloxacina (94%), ácido nalidíxico (93%) e nitrofurantoína (97%). Em lactentes jovens, febre sem sinais localizatórios foi o sintoma mais frequente de ITU (77,8%). Exames subsidiários de hemograma e proteína C reativa foram de pouca utilidade clínica. O teste de nitrito positivo apresentou baixa sensibilidade: 30,8% (IC 95%: 19,9%-43,4%), porém elevada especificidade e valor preditivo positivo. Enquanto que o corte de leucocitúria > 10.000 leucócitos/mL para ITU revelou boa sensibilidade: 87,7% (IC 95%: 77,2%-94,5%), porém baixa especificidade e valor preditivo positivo. Nas adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos, houve menor positividade do teste do nitrito nas ITU por Staphylococcus saprophyticus do que nas ITU por Escherichia coli. Na população do presente estudo, a terapia empírica inicial recomendada seria: zero a três meses: tratamento parenteral com aminoglicosídeo ou cefalosporina de terceira geração; podendo associar ampicilina para cobertura de Enterococcus faecalis. Entre três meses a 15 anos: amoxicilina/ácido clavulânico ou cefuroxima ou ceftriaxona ou aminoglicosídeos. CONCLUSÕES: ITU é doença frequente em atendimentos de pronto-socorro. Os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são variáveis nas diversas faixas etárias e sexos; portanto, a abordagem deve ser individualizada em cada um destes segmentos
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spelling Infecção urinária comunitária: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais em crianças e adolescentesCommunity-acquired urinary tract infection: epidemiological, clinical and laboratory aspects in children and adolescentsEnterococcus faecalisEnterococcus faecalisEpidemiologiaEpidemiologyEscherichia coliEscherichia coliInfecções urináriasKlebsiella pneumoniaeKlebsiella pneumoniaeProteus mirabilisProteus mirabilisStaphylococcus saprophyticusStaphylococcus saprophyticusTerapêuticaTherapeuticsUrinary tract infectionsINTRODUÇÃO: Infecção do trato urinário (ITU) é doença cujos sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, especialmente em lactentes. Portanto, o conhecimento de seus aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são relevantes para a adequada abordagem clínica. OBJETIVOS PRINCIPAIS: Descrever: a prevalência de ITU como motivo de atendimento em pronto-socorro geral de Pediatria; a variabilidade da frequência de ITU e dos agentes etiológicos em diversas faixas etárias e sexo; o perfil de sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli; o quadro clínico, laboratorial e evolutivo de lactentes jovens. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS: Cálculo de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do corte de leucocitúria >= 10.000 leucócitos/mL para o diagnóstico de ITU em lactentes jovens. Comparar as diferenças de ITU por Escherichia coli e Staphylococcus saprophyticus em adolescentes do sexo feminino e discutir as melhores escolhas de terapia antimicrobiana empírica para uso na população estudada. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, incluindo todos os casos de ITU (urocultura quantitativa com >= 50.000 UFC/mL por sondagem vesical ou >= 100.000 UFC/mL por jato médio) atendidos no Pronto-Socorro de Pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, de 01/01/2010 a 31/12/2012, idades entre zero a 15 anos incompletos. Resultados: Do total de 188.460 atendimentos realizados, 7994 colheram urocultura por suspeita de ITU; este diagnóstico foi confirmado em 1071 casos (prevalência: 0,57% do total de atendimentos e 13,4% das uroculturas incluídas). A proporção de casos entre sexo masculino e feminino foi: 1:0,3 em menores de três meses; 1:3,9 entre três meses a 12 anos e 1:12 entre 12 a 15 anos. Escherichia coli foi o principal agente responsável por 73,2% dos casos totais de ITU. Entretanto, outros agentes importantes foram Klebsiella pneumoniae (18,46%) e Enterococcus faecalis (7,7%) em lactentes jovens (menores de três meses de idade); Proteus mirabilis (30,8%) em meninos de três meses a 12 anos; Staphylococcus saprophyticus (25%) em adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos. A sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli foi observada acima de 80% para: amoxicilina/ácido clavulânico (87%), cefuroxima (98%), cefotaxima (98%), ceftriaxona (100%), cefepime (99%), amicacina (100%), gentamicina (97%), ciprofloxacina (98%), norfloxacina (94%), ácido nalidíxico (93%) e nitrofurantoína (97%). Em lactentes jovens, febre sem sinais localizatórios foi o sintoma mais frequente de ITU (77,8%). Exames subsidiários de hemograma e proteína C reativa foram de pouca utilidade clínica. O teste de nitrito positivo apresentou baixa sensibilidade: 30,8% (IC 95%: 19,9%-43,4%), porém elevada especificidade e valor preditivo positivo. Enquanto que o corte de leucocitúria > 10.000 leucócitos/mL para ITU revelou boa sensibilidade: 87,7% (IC 95%: 77,2%-94,5%), porém baixa especificidade e valor preditivo positivo. Nas adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos, houve menor positividade do teste do nitrito nas ITU por Staphylococcus saprophyticus do que nas ITU por Escherichia coli. Na população do presente estudo, a terapia empírica inicial recomendada seria: zero a três meses: tratamento parenteral com aminoglicosídeo ou cefalosporina de terceira geração; podendo associar ampicilina para cobertura de Enterococcus faecalis. Entre três meses a 15 anos: amoxicilina/ácido clavulânico ou cefuroxima ou ceftriaxona ou aminoglicosídeos. CONCLUSÕES: ITU é doença frequente em atendimentos de pronto-socorro. Os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são variáveis nas diversas faixas etárias e sexos; portanto, a abordagem deve ser individualizada em cada um destes segmentosINTRODUCTION: Urinary tract infection (UTI) frequently presents with nonspecific signs and symptoms, particularly in infants. Therefore, the understanding of its epidemiological, clinical and laboratory aspects are relevant to its appropriate clinical approach. MAIN OBJECTIVES: To describe: the prevalence of UTI as a cause for attending the pediatric emergency department; the variability of the frequency of UTI and etiological agents in different age groups and sexes; the antimicrobial sensitivity profile of Escherichia coli; the clinical features, laboratory findings and treatment outcomes in young infants. SECONDARY OBJECTIVES: To evaluate sensitivity, specificity, positive predictive value and negative predictive value of pyuria >= 10,000 leukocytes/mL for screening UTI in young infants. To compare UTI due to Escherichia coli with UTI due to Staphylococcus saprophyticus in female adolescents and to discuss the best empirical antimicrobial treatment in the population studied. METHODS: Retrospective, descriptive study, including all cases of UTI (urine culture of >= 50,000 CFU/mL obtained by bladder catheterization or >= 100,000 CFU/mL obtained by midstream-voided method) attended at the pediatric emergency department of University Hospital of the University of São Paulo, from 01/01/2010 to 12/31/2012, ages from zero to 15 years old. Results: Of 188,460 visits in this period, 7994 collected urine culture on suspicion of UTI. This diagnosis was confirmed in 1071 cases (prevalence: 0.57% of total visits and 13.4% of urine cultures included). The proportion of cases between male and female was: 1: 0.3 in children younger than three months old; 1: 3.9 from three months to 12 years old and 1:12 from 12 to 15 years old. Escherichia coli was the main etiology responsible for 73.2% of total cases of UTI. However, other important agents were Klebsiella pneumoniae (18.46%) and Enterococcus faecalis (7.7%) in young infants (under three months of age); Proteus mirabilis (30.8%) in boys from three months to 12 years old; Staphylococcus saprophyticus (25%) in female adolescents aged 12-15 years. The antimicrobial sensitivity of Escherichia coli was still above 80% for amoxicillin / clavulanic acid (87%), cefuroxime (98%), cefotaxime (98%), ceftriaxone (100%), cefepime (99%), amikacin (100%), gentamicin (97%), ciprofloxacin (98%), norfloxacin (94%), nalidixic acid (93%) and nitrofurantoin (97%). In young infants, the absence of another source of fever was the most frequent UTI symptom (77.8%). Laboratory parameters including peripheral white blood cell count and C-reactive protein concentration were of limited clinical usefulness. The sensitivity of nitrite testing for bacteriuria was low: 30.8% (95% CI: 19.9%-43.4%), but had high specificity and positive predictive value. Pyuria> 10,000 leukocytes / mL for identifying UTI had high sensitivity: 87.7% (95% CI: 77.2%-94.5%), but low specificity and positive predictive value. In female adolescents aged 12 to 15 years old, there were few positive nitrite tests in UTI due to Staphylococcus saprophyticus compared with UTI due to Escherichia coli. In the population studied, the initial empirical therapy recommended would be: from zero to three months old: parenteral treatment with aminoglycoside or third generation cephalosporin; it could be associated with ampicillin to treat Enterococcus faecalis. Between three months to 15 years old: amoxicillin / clavulanic acid or cefuroxime or ceftriaxone or aminoglycosides. In cystitis: in addition to amoxicillin / clavulanic acid or cefuroxime; nitrofurantoin is also a good option for Staphylococcus saprophyticus UTI whereas nalidixic acid is also a nice choice for Proteus mirabilis UTI. CONCLUSIONS: UTI is a common disease in emergency department visits. The epidemiological, clinical and laboratory aspects are variable in the different age and sex groups; therefore, the approach must be individualized in each of these groupsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGilio, Alfredo EliasLo, Denise Swei2017-10-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-11012019-090238/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-11012019-090238Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description INTRODUÇÃO: Infecção do trato urinário (ITU) é doença cujos sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, especialmente em lactentes. Portanto, o conhecimento de seus aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são relevantes para a adequada abordagem clínica. OBJETIVOS PRINCIPAIS: Descrever: a prevalência de ITU como motivo de atendimento em pronto-socorro geral de Pediatria; a variabilidade da frequência de ITU e dos agentes etiológicos em diversas faixas etárias e sexo; o perfil de sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli; o quadro clínico, laboratorial e evolutivo de lactentes jovens. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS: Cálculo de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do corte de leucocitúria >= 10.000 leucócitos/mL para o diagnóstico de ITU em lactentes jovens. Comparar as diferenças de ITU por Escherichia coli e Staphylococcus saprophyticus em adolescentes do sexo feminino e discutir as melhores escolhas de terapia antimicrobiana empírica para uso na população estudada. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, incluindo todos os casos de ITU (urocultura quantitativa com >= 50.000 UFC/mL por sondagem vesical ou >= 100.000 UFC/mL por jato médio) atendidos no Pronto-Socorro de Pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, de 01/01/2010 a 31/12/2012, idades entre zero a 15 anos incompletos. Resultados: Do total de 188.460 atendimentos realizados, 7994 colheram urocultura por suspeita de ITU; este diagnóstico foi confirmado em 1071 casos (prevalência: 0,57% do total de atendimentos e 13,4% das uroculturas incluídas). A proporção de casos entre sexo masculino e feminino foi: 1:0,3 em menores de três meses; 1:3,9 entre três meses a 12 anos e 1:12 entre 12 a 15 anos. Escherichia coli foi o principal agente responsável por 73,2% dos casos totais de ITU. Entretanto, outros agentes importantes foram Klebsiella pneumoniae (18,46%) e Enterococcus faecalis (7,7%) em lactentes jovens (menores de três meses de idade); Proteus mirabilis (30,8%) em meninos de três meses a 12 anos; Staphylococcus saprophyticus (25%) em adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos. A sensibilidade antimicrobiana de Escherichia coli foi observada acima de 80% para: amoxicilina/ácido clavulânico (87%), cefuroxima (98%), cefotaxima (98%), ceftriaxona (100%), cefepime (99%), amicacina (100%), gentamicina (97%), ciprofloxacina (98%), norfloxacina (94%), ácido nalidíxico (93%) e nitrofurantoína (97%). Em lactentes jovens, febre sem sinais localizatórios foi o sintoma mais frequente de ITU (77,8%). Exames subsidiários de hemograma e proteína C reativa foram de pouca utilidade clínica. O teste de nitrito positivo apresentou baixa sensibilidade: 30,8% (IC 95%: 19,9%-43,4%), porém elevada especificidade e valor preditivo positivo. Enquanto que o corte de leucocitúria > 10.000 leucócitos/mL para ITU revelou boa sensibilidade: 87,7% (IC 95%: 77,2%-94,5%), porém baixa especificidade e valor preditivo positivo. Nas adolescentes do sexo feminino entre 12 a 15 anos, houve menor positividade do teste do nitrito nas ITU por Staphylococcus saprophyticus do que nas ITU por Escherichia coli. Na população do presente estudo, a terapia empírica inicial recomendada seria: zero a três meses: tratamento parenteral com aminoglicosídeo ou cefalosporina de terceira geração; podendo associar ampicilina para cobertura de Enterococcus faecalis. Entre três meses a 15 anos: amoxicilina/ácido clavulânico ou cefuroxima ou ceftriaxona ou aminoglicosídeos. CONCLUSÕES: ITU é doença frequente em atendimentos de pronto-socorro. Os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais são variáveis nas diversas faixas etárias e sexos; portanto, a abordagem deve ser individualizada em cada um destes segmentos
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