Prevalência de surdez incapacitante no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baraky, Letícia Raquel
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-23082011-133536/
Resumo: Introdução: No Brasil, dados epidemiológicos da prevalência de perda auditiva incapacitante (PAI) são escassos, e profissionais de saúde precisavam ter ciência da extensão do problema. Objetivos: Estimar a prevalência da PAI no município de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil, fornecendo informações úteis para que os profissionais de saúde possam estabelecer programas de prevenção e tratamento. Identificar possíveis variáveis individuais relacionadas à PAI. Mapear a distribuição dos portadores de PAI nas regiões administrativas avaliadas, a fim de verificar áreas de risco para PAI. Material e Método: No período de janeiro a outubro de 2009, 1.050 pessoas entre 4 dias de vida e 95 anos participaram de um estudo descritivo populacional seccional. O cálculo do tamanho mínimo da amostra foi feito considerando-se margem de erro de 2%, uma prevalência estimada em 5% e um intervalo de confiança de 95%. Este estudo populacional foi composto de 349 domicílios, escolhidos aleatoriamente em 14 setores censitários. Os instrumentos de coleta foram três, a saber: um questionário estruturado; exame otorrinolaringológico e exames complementares. Teste de qui-quadrado e modelos de regressão de Poison foram utilizados para análise dos resultados. Resultados: A prevalência da PAI foi estimada em 5,2% (95% CI = 3,1-7,3). Esta dividida em moderada com 3,9% (95% IC = 0,0010,134), severa em 0,9% (95% IC= 0,0010,107) e profunda em 0,4% (95% IC= 0,001 - 0,095). As variáveis que foram significantes relacionadas à PAI foram o zumbido, idade acima de 60 anos e baixa escolaridade. Depois de a amostra ser ajustada, as variáveis como hipertensão arterial sistêmica (HAS), sexo, raça, tabagismo e Diabetes Mellitus (DM) não foram mais significantes A variável de confusão foi a idade. Conclusões: Nossos dados mostram a necessidade de criar programas de saúde auditiva para pessoas com mais de 60 anos, com zumbidos e baixa escolaridade. Melhoras na detecção e condução da PAI poderiam aliviar boa parte da morbidade e da mortalidade causadas pela surdez
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