Respostas cardiovasculares e autonômicas ao exercicio máximo em homens e mulheres com claudicação intermitente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-22102021-102343/ |
Resumo: | A doença arterial periférica (DAP) se caracteriza pela presença de obstruções nas artérias dos membros inferiores, que reduzem o aporte sanguíneo aos músculos, provocando dor durante o exercício (i.e claudicação intermitente - CI). A caminhada é recomendada no tratamento dessa doença, porém sua execução causa respostas cardiovasculares diferentes das observadas em indivíduos saudáveis. Essas respostas foram investigadas em homens com DAP e CI e, embora a doença seja igualmente prevalente entre os sexos e suas consequências funcionais sejam maiores nas mulheres, as respostas agudas à caminhada não foram investigadas no sexo feminino. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar e comparar as respostas funcionais, cardiovasculares e autonômicas a uma caminhada até a dor máxima de claudicação em homens e mulheres com DAP e CI. Para isso, 40 indivíduos com DAP e CI (20 homens e 20 mulheres) realizaram, em ordem aleatória, duas sessões experimentais: controle (repouso na esteira) e exercício (teste máximo em esteira protocolo de Gardner). Durante o exercício, foram avaliadosindicadores da capacidade funcional e as respostas cardiovasculares (frequência cardíacaFC e pressão arterialPA) em carga submáxima (1o estágio) e máxima (pico do esforço). Além disso, antes e após o exercício foram medidas variáveis cardiovasculares (PA, FC, débito cardíaco, resistência vascular periférica e volume sistólico-VS) e autonômicas (variabilidade da FC e da PA, além da sensibilidade barorreflexa-SBR). Após as sessões, foi realizada uma monitorização ambulatorial da PA por 24h. Os dados entre os sexos foram comparados por testes t-Student e ANOVAs de 2 e 3 fatores, considerando P<0,05 como significante. Não houve diferença significante entre os sexos na capacidade funcional avaliada pelas distâncias inicial e máxima de claudicação, bem como pelo VO2pico e VO2 no 1o estágio do teste. Não houve diferenças nas respostas da PA e FC medidas em carga submáxima e máxima. As respostas cardiovasculares pós-exercício foram semelhantes entre os sexos, sendo que o exercício reduziu a PA sistólica clínica, mas esse efeito não se manteve no período ambulatorial pós-exercício. A redução da PA se acompanhou de diminuição do VS e aumento da FC pós-exercício, enquanto que não houve diferença nas variáveis autonômicas, com exceção da variância total da FC que se manteve na sessão exercício e aumentou na controle. Como conclusão: homens e mulheres com DAP e CI apresentam capacidade funcional e respostas cardiovasculares e autonômicas semelhantes durante e após uma caminhada até a dor máxima de claudicação |
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Respostas cardiovasculares e autonômicas ao exercicio máximo em homens e mulheres com claudicação intermitenteCardiovascular and autonomic responses to maximal exercise in men and women with intermittent claudication.Blood pressureCaminhadaCapacidade funcionalDoença arterial periféricaFrequência cardíacaFunctional capacityHeart ratePeripheral arterial diseasePressão arterialSexSexoWalkingA doença arterial periférica (DAP) se caracteriza pela presença de obstruções nas artérias dos membros inferiores, que reduzem o aporte sanguíneo aos músculos, provocando dor durante o exercício (i.e claudicação intermitente - CI). A caminhada é recomendada no tratamento dessa doença, porém sua execução causa respostas cardiovasculares diferentes das observadas em indivíduos saudáveis. Essas respostas foram investigadas em homens com DAP e CI e, embora a doença seja igualmente prevalente entre os sexos e suas consequências funcionais sejam maiores nas mulheres, as respostas agudas à caminhada não foram investigadas no sexo feminino. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar e comparar as respostas funcionais, cardiovasculares e autonômicas a uma caminhada até a dor máxima de claudicação em homens e mulheres com DAP e CI. Para isso, 40 indivíduos com DAP e CI (20 homens e 20 mulheres) realizaram, em ordem aleatória, duas sessões experimentais: controle (repouso na esteira) e exercício (teste máximo em esteira protocolo de Gardner). Durante o exercício, foram avaliadosindicadores da capacidade funcional e as respostas cardiovasculares (frequência cardíacaFC e pressão arterialPA) em carga submáxima (1o estágio) e máxima (pico do esforço). Além disso, antes e após o exercício foram medidas variáveis cardiovasculares (PA, FC, débito cardíaco, resistência vascular periférica e volume sistólico-VS) e autonômicas (variabilidade da FC e da PA, além da sensibilidade barorreflexa-SBR). Após as sessões, foi realizada uma monitorização ambulatorial da PA por 24h. Os dados entre os sexos foram comparados por testes t-Student e ANOVAs de 2 e 3 fatores, considerando P<0,05 como significante. Não houve diferença significante entre os sexos na capacidade funcional avaliada pelas distâncias inicial e máxima de claudicação, bem como pelo VO2pico e VO2 no 1o estágio do teste. Não houve diferenças nas respostas da PA e FC medidas em carga submáxima e máxima. As respostas cardiovasculares pós-exercício foram semelhantes entre os sexos, sendo que o exercício reduziu a PA sistólica clínica, mas esse efeito não se manteve no período ambulatorial pós-exercício. A redução da PA se acompanhou de diminuição do VS e aumento da FC pós-exercício, enquanto que não houve diferença nas variáveis autonômicas, com exceção da variância total da FC que se manteve na sessão exercício e aumentou na controle. Como conclusão: homens e mulheres com DAP e CI apresentam capacidade funcional e respostas cardiovasculares e autonômicas semelhantes durante e após uma caminhada até a dor máxima de claudicaçãoPeripheral artery disease (PAD) is characterized by the presence of obstructions in the lower limb arteries, which reduce blood flow to the muscles, causing pain during exercise (i.e. intermittent claudication - IC). Walking is recommended to the treatment of this disease, but its execution causes cardiovascular responses different from those observed in healthy individuals. These responses have been investigated in men with PAD and IC, but although the disease is equally prevalent between the sexes and its functional consequences are greater in women, the acute responses to walking have not been investigated in females. Thus, the aim of this study was to evaluate and compare functional, cardiovascular and autonomic responses to a walking session until maximal pain in men and women with PAD and IC. For this, 40 subjects with PAD and IC (20 men and 20 women) underwent, in a random order, two experimental sessions: control (resting on a treadmill) and exercise (maximal treadmill cardiopulmonary test following Gardners protocol). During the exercise, different indices of functional capacity and the cardiovascular responses (heart rateHR and blood pressure-BP) at submaximal (1st stage) and maximal (peak) workloads were assessed. In addition, pre and post-exercise, cardiovascular (BP, HR, cardiac output, peripheral vascular resistance and stroke volume-SV) and autonomic (HR and BP variabilities as well as baroreflex sensitivity-BRS) variables were measured. After the sessions, ambulatory BP monitoring was performed for 24h. Data between sexes were compared by Student\'s t-tests and 2 and 3-way ANOVAs, considering P <0.05 as significant. There was no difference in functional capacity assessed by initial and maximal claudication distances as well as by VO2peak and VO2at the first stage of the test. There were no differences in systolic BP and HR measured at submaximal and maximal workloads .Post-exercise cardiovascular and autonomic responses were also similar between the sexes with previous exercise decreasing clinic systolic BP, but this effect was not sustained during the post-exercise ambulatory period. BP decrease was accompanied by a decrease in SV and an increase in HR, while autonomic function variables did not change except for total variance of HR that did not change in exercise the session but increased in control session. In conclusion, men and women with PAD and IC present similar functional capacity as well as cardiovascular and autonomic responses during and after a walkingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPForjaz, Cláudia Lúcia de MoraesMiyasato, Roberto Sanches2019-11-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-22102021-102343/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-10-29T11:25:02Zoai:teses.usp.br:tde-22102021-102343Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-10-29T11:25:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A doença arterial periférica (DAP) se caracteriza pela presença de obstruções nas artérias dos membros inferiores, que reduzem o aporte sanguíneo aos músculos, provocando dor durante o exercício (i.e claudicação intermitente - CI). A caminhada é recomendada no tratamento dessa doença, porém sua execução causa respostas cardiovasculares diferentes das observadas em indivíduos saudáveis. Essas respostas foram investigadas em homens com DAP e CI e, embora a doença seja igualmente prevalente entre os sexos e suas consequências funcionais sejam maiores nas mulheres, as respostas agudas à caminhada não foram investigadas no sexo feminino. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar e comparar as respostas funcionais, cardiovasculares e autonômicas a uma caminhada até a dor máxima de claudicação em homens e mulheres com DAP e CI. Para isso, 40 indivíduos com DAP e CI (20 homens e 20 mulheres) realizaram, em ordem aleatória, duas sessões experimentais: controle (repouso na esteira) e exercício (teste máximo em esteira protocolo de Gardner). Durante o exercício, foram avaliadosindicadores da capacidade funcional e as respostas cardiovasculares (frequência cardíacaFC e pressão arterialPA) em carga submáxima (1o estágio) e máxima (pico do esforço). Além disso, antes e após o exercício foram medidas variáveis cardiovasculares (PA, FC, débito cardíaco, resistência vascular periférica e volume sistólico-VS) e autonômicas (variabilidade da FC e da PA, além da sensibilidade barorreflexa-SBR). Após as sessões, foi realizada uma monitorização ambulatorial da PA por 24h. Os dados entre os sexos foram comparados por testes t-Student e ANOVAs de 2 e 3 fatores, considerando P<0,05 como significante. Não houve diferença significante entre os sexos na capacidade funcional avaliada pelas distâncias inicial e máxima de claudicação, bem como pelo VO2pico e VO2 no 1o estágio do teste. Não houve diferenças nas respostas da PA e FC medidas em carga submáxima e máxima. As respostas cardiovasculares pós-exercício foram semelhantes entre os sexos, sendo que o exercício reduziu a PA sistólica clínica, mas esse efeito não se manteve no período ambulatorial pós-exercício. A redução da PA se acompanhou de diminuição do VS e aumento da FC pós-exercício, enquanto que não houve diferença nas variáveis autonômicas, com exceção da variância total da FC que se manteve na sessão exercício e aumentou na controle. Como conclusão: homens e mulheres com DAP e CI apresentam capacidade funcional e respostas cardiovasculares e autonômicas semelhantes durante e após uma caminhada até a dor máxima de claudicação |
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