Estado nutricional e disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-04122013-093614/ |
Resumo: | O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos. |
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Estado nutricional e disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálicoOropharyngeal dysphagia and nutritional status in elderly patients with strokeAcidente Vascular EncefálicoDeglutition disordersEstado nutricionalNutritional statusStrokeTranstorno de deglutiçãoO acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos.The stroke can be considered one of the major diseases that result in oropharyngeal dysphagia, swallowing disorders being considered one of the factors contributing to higher incidence of respiratory complications and nutritional. The relationship oropharyngeal dysphagia and nutritional status is rarely described in the literature, where most studies addresses individuals in the acute phase of stroke, were not found studies that include those affected by stroke in late stage. The purpose of this study was to verify the influence of the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction on the level of oral intake and nutritional status in elderly patients with stroke in the late phase after stroke. Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges, speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). The classification of the level of oral intake (FOIS) was conducted by reviewing the usual patterns of food consumption in that 24-hour dietary recall, and nutritional status assessment was performed by using data from the Mini Nutritional Assessment (MNA) and measures anthropometric weight, height, body mass index (BMI), circumferences (arm - CB; calf - CP), skinfolds (triceps - PCT; biceps - PCB; subscapularis - SBB; suprailiac - PCSI). Were included in the study, data from 25 elderly subjects (14 men and 11 women), mean age of 72 years. According to the evaluation FEES, the majority of individuals with functional limitations presented swallowing, followed by dysphagia in mild to moderate occurred in 24% of subjects. As regards rating scale levels FOIS, 56% of subjects had level V oral ingestion, followed VI levels (36%) and VII (8%), respectively. Regarding the assessment of nutritional status protocol based MAN and BMI was found that the majority of individuals presented themselves well nourished. With regard to body composition from skinfolds and circumferences, was observed accumulation of body fat and adequate amounts of muscle mass in both genders. Positive correlation was found between the degree of oropharyngeal dysphagia - DOSS and FOIS (p=0.051), screening score (p=0.011) and total score (p=0.006) protocol MAN, well as between the classification levels of FOIS with BMI (p=0.029) and anthropometric measurements related to muscle mass, CB (p=0.021), CMB (p=0.010) and AMB (p=0.023). Thus, we can conclude that although the majority of individuals included in the study presented functional swallowing or dysphagia was mild, the oropharyngeal dysphagia influenced the level of oral intake and nutritional status of these individuals.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFelix, Giedre BerretinSilva, Tatiane Aparecida da2013-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-04122013-093614/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:02Zoai:teses.usp.br:tde-04122013-093614Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos. |
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