Substituição do farelo de soja por uréia ou amiréia em dietas para vacas leiteiras em final de lactação.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmo, Carolina de Almeida
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-15032002-154743/
Resumo: Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de estudar a inclusão de uréia em nível elevado na dieta (2% da MS), na forma tradicional ou extrusada com milho (Amiréia 150S), em substituição parcial ao farelo de soja em dietas para vacas leiteiras. No experimento 1 foram utilizadas 38 vacas Holandesas em final da lactação, com produção média de 20 kg de leite/d, em um delineamento em blocos ao acaso. O período experimental teve a duração de 60 dias. As dietas eram compostas por silagem de capim elefante aditivada com polpa cítrica peletizada, raspa de mandioca, polpa cítrica peletizada, suplemento mineral e vitamínico e os respectivos suplementos protéicos: a) farelo de soja; b) farelo de soja + amiréia; c) farelo de soja + uréia. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca, produção e composição do leite, extração de aminoácidos pela glândula mamária e concentração de glicose e nitrogênio uréico no plasma sangüíneo. No experimento 2 foram utilizadas 5 vacas Holandesas canuladas no rúmen e duodeno, no período seco. Os tratamentos foram os mesmos utilizados no experimento 1. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca e nutrientes, digestibilidade de nutrientes no trato digestivo total, produção de ácidos graxos voláteis, pH e concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen e parâmetros sangüíneos (glicose e nitrogênio uréico no plasma). No experimento 1, a substituição parcial do farelo de soja por fontes de nitrogênio não protéico, assim como o processamento da uréia na forma extrusada, não afetaram a produção de leite, leite corrigido para gordura, teor e produção de proteína e lactose do leite, produção de sólidos totais, concentração de nitrogênio ureico e glicose no plasma (P>0,05). O teor e produção de gordura, teor de sólidos totais e eficiência de extração de aminoácidos pela glândula mamária foram maiores para o tratamento com uréia na forma tradicional (P<0,05). No experimento 2 não foram observadas diferenças para consumo e digestibilidade aparente no trato total da matéria seca e nutrientes, concentração total de ácidos graxos voláteis no fluido ruminal, porcentagem molar dos ácidos acético, propiônico e butírico em relação ao total de ácidos graxos voláteis, relação acético:propiônico, concentração e nitrogênio ureico e glicose no plasma, (P>0,05). O pH do fluido ruminal se manteve mais elevado nas primeiras horas após a alimentação no tratamento uréia em relação aos demais (P<0,05). Ambas as fontes de NNP, apresentaram valores mais elevados de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal (P<0,05). A substituição parcial do farelo de soja por uréia no teor de 2% da matéria seca da dieta é uma alternativa viável em dietas para vacas leiteiras em final de lactação e no período seco. O processamento da uréia na tentativa de reduzir a velocidade de liberação de amônia no rúmen, não apresentou vantagens em relação à uréia na forma convencional.
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As dietas eram compostas por silagem de capim elefante aditivada com polpa cítrica peletizada, raspa de mandioca, polpa cítrica peletizada, suplemento mineral e vitamínico e os respectivos suplementos protéicos: a) farelo de soja; b) farelo de soja + amiréia; c) farelo de soja + uréia. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca, produção e composição do leite, extração de aminoácidos pela glândula mamária e concentração de glicose e nitrogênio uréico no plasma sangüíneo. No experimento 2 foram utilizadas 5 vacas Holandesas canuladas no rúmen e duodeno, no período seco. Os tratamentos foram os mesmos utilizados no experimento 1. Os parâmetros avaliados foram consumo de matéria seca e nutrientes, digestibilidade de nutrientes no trato digestivo total, produção de ácidos graxos voláteis, pH e concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen e parâmetros sangüíneos (glicose e nitrogênio uréico no plasma). No experimento 1, a substituição parcial do farelo de soja por fontes de nitrogênio não protéico, assim como o processamento da uréia na forma extrusada, não afetaram a produção de leite, leite corrigido para gordura, teor e produção de proteína e lactose do leite, produção de sólidos totais, concentração de nitrogênio ureico e glicose no plasma (P>0,05). O teor e produção de gordura, teor de sólidos totais e eficiência de extração de aminoácidos pela glândula mamária foram maiores para o tratamento com uréia na forma tradicional (P<0,05). No experimento 2 não foram observadas diferenças para consumo e digestibilidade aparente no trato total da matéria seca e nutrientes, concentração total de ácidos graxos voláteis no fluido ruminal, porcentagem molar dos ácidos acético, propiônico e butírico em relação ao total de ácidos graxos voláteis, relação acético:propiônico, concentração e nitrogênio ureico e glicose no plasma, (P>0,05). O pH do fluido ruminal se manteve mais elevado nas primeiras horas após a alimentação no tratamento uréia em relação aos demais (P<0,05). Ambas as fontes de NNP, apresentaram valores mais elevados de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal (P<0,05). A substituição parcial do farelo de soja por uréia no teor de 2% da matéria seca da dieta é uma alternativa viável em dietas para vacas leiteiras em final de lactação e no período seco. O processamento da uréia na tentativa de reduzir a velocidade de liberação de amônia no rúmen, não apresentou vantagens em relação à uréia na forma convencional.Two trials were conducted to study the partial replacement of soybean meal by high level (2% of DM) of urea in diets for late lactation dairy cows. Conventional urea also was compared to urea extruded with a starch source (Starea - 150S). In trial 1, 38 late lactation Holstein cows producing around 20 kg of milk/d, were used in a randomized block design. The experimental period lasted 60 days. Diets were composed by elephant grass silage with dried citrus pulp, tapioca meal, dried citrus pulp, tallow, mineral and vitamin mix and the protein supplements. The treatments were: a) soybean meal (FS); b) soybean meal + starea (A150S); c) soybean meal + urea (U). The partial replacement of soybean meal by high levels of NPN sources or the urea processing, did not affect milk and 3,5% FCM yields, protein content and yield, total solids yield, and plasma urea N and glucose. Feeding 2% of urea (U) increased milk fat and total solids content and the efficiency of amino-acids extraction by the mammary gland. In trial 2, 5 dry Holstein cows, fitted with ruminal canulas, were fed the same treatment diets used in trial 1 (corn silage was used instead of grass silage). Dry matter intake, total tract nutrient digestibility’s, total rumen VFA molar concentration and acetic, propionic and butyric acid molar proportion, plasma urea-N and plasma glucose were not affected by treatments (P>0,05). Rumen pH was higher for U diet, 2 to 4 hours post-feeding, and rumen ammonia N was higher for U and A150S diets (P<0,05). The partial replacement of soybean meal by high levels of urea, is an alternative to reduce costs of diets for late lactating cows milking around 20 kg/d. Extrusion of urea with a starch source, in attempt to slow ammonia release in the rumen (A150S), did not show any advantage compared to conventional urea.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Flavio Augusto PortelaCarmo, Carolina de Almeida2002-01-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-15032002-154743/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:16Zoai:teses.usp.br:tde-15032002-154743Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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