Equipes de enfermagem psiquiátrica:  senso de coerência, estresse e uso de substâncias psicotrópicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wai, Mey Fan Porfírio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-07012014-153910/
Resumo: A ampla mudança do atendimento público em saúde mental, derivada da reforma psiquiátrica brasileira, gerou demanda pela criação de novos serviços especializados em atenção comunitária e pública em saúde mental. Diante desses novos ambientes, acredita-se que os diferentes locais de assistência têm desafiado as equipes de saúde mental quanto ao seu saber, aumentando o dispêndio de energia, consequentemente podendo aumentar seu nível de estresse. Objetivaram-se avaliar características sócio- demográficas, características profissionais, aspectos de saúde física, presença de estresse ocupacional e o senso de coerência entre os profissionais de enfermagem que atuam na assistência psiquiátrica e saúde mental. O referencial teórico adotado nesta pesquisa foi pautado no Modelo Demanda - Controle proposto por Alves et al. (2004), Theorell (1996) e Theorell e Karasek (1996) para analise do estresse ocupacional e na Teoria Salutogênica de Antonovsky (1987; 1993) para concepção de senso de coerência. Esse estudo é do tipo observacional, descritivo e correlacional, tipo corte transversal, com abordagem quantitativa dos dados. Participaram 163 profissionais de enfermagem do município de Ribeirão Preto. Os instrumentos utilizados foram o Job Stress Scale - versão resumida, Caracterização Sócio-demográfica, profissional e aspectos de saúde física, Questionário de Auto-Medicação de Psicotrópicos, Alcohol Use Disorders Identification Test, Questionário de avaliação do consumo de tabaco e Questionário de Senso de Coerência de Antonovsky. O banco de dados foi transferido para o programa \"Statistical Package for the Social Science para análise estatística. Considerou-se valor de p < 0,05. Os participantes do estudo eram do sexo feminino (73,62%), com parceiro (67%), idade média de 43,7 anos (D.P.= 9,75). Tempo de experiência na enfermagem 203,4 meses (D.P.= 110,2), carga horária semanal de 30 horas semanais. São hipertensos 34% dos enfermeiros e 41% dos profissionais de nível médio, 3% dos enfermeiros e 26% dos profissionais de nível médio de enfermagem possuem diabetes mellitus. 8,6% dos profissionais de enfermagem afirmaram ter feito automedicação de psicotrópicos. Houve associação entre exposição ao estresse e local de trabalho no grupo das enfermeiras (p= 0,01) O ambiente de trabalho sem exposição ao estresse ocupacional esteve associado a um ambiente de trabalho considerado muito bom (p=<0,01) Na comparação entre os grupos enfermeiros e profissionais de nível médio, destacaram as variáveis: idade, IMC, Domínio Demanda de Trabalho e o Domínio Controle. Entre os 163 profissionais de enfermagem: 19% não estavam expostos ao estresse, 45% em exposição intermediaria ao estresse e 35% em alta exposição ao estresse ocupacional. Concluímos que o adequado dimensionamento dos profissionais de enfermagem já iria de imediato impactar na saúde mental e física dos profissionais e julga-se necessário investimentos para o tema estresse ocupacional em profissionais de enfermagem para tanto contribuir com a classe profissional, como para evitar evasão ou alta rotatividade de profissionais
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Objetivaram-se avaliar características sócio- demográficas, características profissionais, aspectos de saúde física, presença de estresse ocupacional e o senso de coerência entre os profissionais de enfermagem que atuam na assistência psiquiátrica e saúde mental. O referencial teórico adotado nesta pesquisa foi pautado no Modelo Demanda - Controle proposto por Alves et al. (2004), Theorell (1996) e Theorell e Karasek (1996) para analise do estresse ocupacional e na Teoria Salutogênica de Antonovsky (1987; 1993) para concepção de senso de coerência. Esse estudo é do tipo observacional, descritivo e correlacional, tipo corte transversal, com abordagem quantitativa dos dados. Participaram 163 profissionais de enfermagem do município de Ribeirão Preto. Os instrumentos utilizados foram o Job Stress Scale - versão resumida, Caracterização Sócio-demográfica, profissional e aspectos de saúde física, Questionário de Auto-Medicação de Psicotrópicos, Alcohol Use Disorders Identification Test, Questionário de avaliação do consumo de tabaco e Questionário de Senso de Coerência de Antonovsky. O banco de dados foi transferido para o programa \"Statistical Package for the Social Science para análise estatística. Considerou-se valor de p < 0,05. Os participantes do estudo eram do sexo feminino (73,62%), com parceiro (67%), idade média de 43,7 anos (D.P.= 9,75). Tempo de experiência na enfermagem 203,4 meses (D.P.= 110,2), carga horária semanal de 30 horas semanais. São hipertensos 34% dos enfermeiros e 41% dos profissionais de nível médio, 3% dos enfermeiros e 26% dos profissionais de nível médio de enfermagem possuem diabetes mellitus. 8,6% dos profissionais de enfermagem afirmaram ter feito automedicação de psicotrópicos. Houve associação entre exposição ao estresse e local de trabalho no grupo das enfermeiras (p= 0,01) O ambiente de trabalho sem exposição ao estresse ocupacional esteve associado a um ambiente de trabalho considerado muito bom (p=<0,01) Na comparação entre os grupos enfermeiros e profissionais de nível médio, destacaram as variáveis: idade, IMC, Domínio Demanda de Trabalho e o Domínio Controle. Entre os 163 profissionais de enfermagem: 19% não estavam expostos ao estresse, 45% em exposição intermediaria ao estresse e 35% em alta exposição ao estresse ocupacional. Concluímos que o adequado dimensionamento dos profissionais de enfermagem já iria de imediato impactar na saúde mental e física dos profissionais e julga-se necessário investimentos para o tema estresse ocupacional em profissionais de enfermagem para tanto contribuir com a classe profissional, como para evitar evasão ou alta rotatividade de profissionaisBroad change in public care concerning mental health, derived from the Brazilian psychiatric reform has generated demand for the creation of new specialized services in community care and public mental health. Given these new environments, it is believed that the different sites of care have challenged the knowledge of mental health staff, increasing energy expenditure, and consequently their stress level. It aimed to assess social demographic characteristics, professional characteristics, aspects of physical health, presence of occupational stress and sense of coherence among professional nurses working in psychiatric care and mental health. The theoretical framework adopted in this research was guided by the Model Demand - Control proposed by Alves et al. (2004), Theorell (1996) and Karasek and Theorell (1996) for analysis of occupational stress and the Theory of Antonovsky (1987, 1993) for the design of sense of coherence. This study is an observational, descriptive and correlational, cross-sectional, and use quantitative data. 163 nurses were recruted in Ribeirão Preto. The instruments used were the Job Stress Scale - short version, Characterization Socio-demographic, occupational and physical aspects of health, Questionnaire Self-Medication of Psychotropic Drugs, Alcohol Use Disorders Identification Test, Questionnaire assessment of tobacco, Questionnaire and Sense consistency of Antonovsky. The database was transferred to the program \"Statistical Package for the Social Sciences for statistical analysis. It was considered p <0.05. The study participants were female (73.62%), with a partner (67%), mean age of 43.7 years (SD = 9,75). Time experience in nursing 203.4 months (SD = 110.2), weekly workload of 30 hours per week. 34% of nurses and 41% of mid-level are hypertensive; 3% of nurses and 26% of mid-level professional nursing have diabetes mellitus; 8.6% of nurses reported making self-medication of psychotropic drugs. There was an association between exposure to stress and the workplace of nurses in the group (p = 0.01) The working environment without exposure to occupational stress was associated with a work environment as very good (p = <0.01) in comparison groups among nurses and mid-level professionals, highlighted the variables: age, BMI, Labor Demand Domain and Domain Control. Among the 163 nursing professionals: 19% were not exposed to stress, 45% had intermediate exposure to stress and 35% had high exposure to occupational stress. It concluded that the proper sizing of nurses would have immediate impact on mental and physical health professionals that suggests it is necessary investments for the topic occupational stress in nursing professionals to both contribute to the professional category, and to prevent dropout or high staff turnoverBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarvalho, Ana Maria PimentaWai, Mey Fan Porfírio2013-10-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-07012014-153910/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:02Zoai:teses.usp.br:tde-07012014-153910Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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