Remineralização e desmineralização erosiva do esmalte considerando diferentes tempos de ação salivar e dispositivos intrabucais: estudo in situ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25145/tde-03092015-091614/ |
Resumo: | O potencial protetor da saliva tem sido descrito como um importante fator que influencia na patogênese da erosão dentária. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito remineralizador in situ da saliva sobre lesões iniciais de erosão e a sua capacidade protetora em relação à desmineralização erosiva do esmalte, através da utilização de dispositivos intrabucais palatino e mandibular em diferentes tempos de avaliação (30 min, 1h, 2h e 12h). Este estudo foi dividido em dois subprojetos, cada um com número amostral de 20 voluntários. No subprojeto I, após a avaliação da dureza de superfície inicial, os blocos de esmalte foram desmineralizados in vitro (ácido clorídrico 0,01 M por 30 segundos), selecionados e divididos aleatoriamente entre os 2 dispositivos, sendo utilizado quatro blocos por dispositivo palatino e dois blocos por dispositivo mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Durante a etapa in situ, os voluntários foram orientados a utilizar os dispositivos durante o período máximo de 12 horas, de modo que após cada período de tempo pré-determinado, os dispositivos foram removidos da cavidade bucal para retirada dos blocos de esmalte e avaliação imediata da dureza superficial pós remineralização. No Subprojeto II, blocos de esmalte foram selecionados pela dureza de superfície inicial e distribuídos aleatoriamente entre os voluntários de acordo com o fator tempo e tipo de dispositivo intrabucal. Além destes, foi utilizado um grupo controle com blocos não submetidos à ação salivar. Na etapa in situ, para cada tempo em avaliação, os voluntários utilizaram os dispositivos com dois blocos de esmalte em cada dispositivo palatino (1 dispositivo por voluntário) e um bloco em cada mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Imediatamente após cada fase da etapa in situ, os blocos (grupos experimentais e controle) sofreram desmineralização erosiva através da imersão em ácido clorídrico durante 30 segundos e, em seguida, a dureza superficial foi avaliada. Os dados foram analisados utilizando ANOVA 2 critérios e teste Tukey subprojeto I e Kruskal-Wallis e teste Tukey subprojeto II, considerando p<0,05. No subprojeto I, houve diferença estatisticamente significativa (p <0.0001) entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença em relação ao tempo de 12 horas. Não houve diferença na recuperação de dureza dos espécimes mantidos na maxila em relação aos espécimes mantidos na mandíbula. No subprojeto II, não se observou diferença entre os tipos de dispositivos. Porém, quando os tempos foram comparados entre si, foi observada diferença estatisticamente significativa entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença quando comparado com o período de 12 horas. Diferença estatisticamente significativa foi encontrada quando os tempos de 2 horas e 12 horas foram comparados com o grupo controle, tanto para utilização do dispositivo palatino quando mandibular. Portanto, independente do tipo de dispositivo utilizado, o tempo de 2 horas de exposição salivar apresentou potencial remineralizador, bem como promoveu algum nível de proteção em relação à desmineralização erosiva do esmalte, sendo que um aumento da exposição do esmalte à saliva (12 horas) não aumentou estes efeitos. |
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Remineralização e desmineralização erosiva do esmalte considerando diferentes tempos de ação salivar e dispositivos intrabucais: estudo in situEnamel erosive Remineralization and demineralization considering different times of salivary action and intraoral appliances: In situ studyDesmineralizaçãoDesmineralizationErosão dentáriaRemineralizaçãoRemineralizationSalivaSalivaTooth erosionO potencial protetor da saliva tem sido descrito como um importante fator que influencia na patogênese da erosão dentária. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito remineralizador in situ da saliva sobre lesões iniciais de erosão e a sua capacidade protetora em relação à desmineralização erosiva do esmalte, através da utilização de dispositivos intrabucais palatino e mandibular em diferentes tempos de avaliação (30 min, 1h, 2h e 12h). Este estudo foi dividido em dois subprojetos, cada um com número amostral de 20 voluntários. No subprojeto I, após a avaliação da dureza de superfície inicial, os blocos de esmalte foram desmineralizados in vitro (ácido clorídrico 0,01 M por 30 segundos), selecionados e divididos aleatoriamente entre os 2 dispositivos, sendo utilizado quatro blocos por dispositivo palatino e dois blocos por dispositivo mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Durante a etapa in situ, os voluntários foram orientados a utilizar os dispositivos durante o período máximo de 12 horas, de modo que após cada período de tempo pré-determinado, os dispositivos foram removidos da cavidade bucal para retirada dos blocos de esmalte e avaliação imediata da dureza superficial pós remineralização. No Subprojeto II, blocos de esmalte foram selecionados pela dureza de superfície inicial e distribuídos aleatoriamente entre os voluntários de acordo com o fator tempo e tipo de dispositivo intrabucal. Além destes, foi utilizado um grupo controle com blocos não submetidos à ação salivar. Na etapa in situ, para cada tempo em avaliação, os voluntários utilizaram os dispositivos com dois blocos de esmalte em cada dispositivo palatino (1 dispositivo por voluntário) e um bloco em cada mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Imediatamente após cada fase da etapa in situ, os blocos (grupos experimentais e controle) sofreram desmineralização erosiva através da imersão em ácido clorídrico durante 30 segundos e, em seguida, a dureza superficial foi avaliada. Os dados foram analisados utilizando ANOVA 2 critérios e teste Tukey subprojeto I e Kruskal-Wallis e teste Tukey subprojeto II, considerando p<0,05. No subprojeto I, houve diferença estatisticamente significativa (p <0.0001) entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença em relação ao tempo de 12 horas. Não houve diferença na recuperação de dureza dos espécimes mantidos na maxila em relação aos espécimes mantidos na mandíbula. No subprojeto II, não se observou diferença entre os tipos de dispositivos. Porém, quando os tempos foram comparados entre si, foi observada diferença estatisticamente significativa entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença quando comparado com o período de 12 horas. Diferença estatisticamente significativa foi encontrada quando os tempos de 2 horas e 12 horas foram comparados com o grupo controle, tanto para utilização do dispositivo palatino quando mandibular. Portanto, independente do tipo de dispositivo utilizado, o tempo de 2 horas de exposição salivar apresentou potencial remineralizador, bem como promoveu algum nível de proteção em relação à desmineralização erosiva do esmalte, sendo que um aumento da exposição do esmalte à saliva (12 horas) não aumentou estes efeitos.The protective potential of saliva has been described as an important factor that influences the pathogenesis of dental erosion. The aim of this study was to evaluate in situ the remineralizing effect of saliva on initial erosion lesions and the protective effect of saliva in relation to erosive enamel desmineralization, using palatal and mandibular appliances in different times of salivary exposure (30 min, 1h, 2h e 12h). This study consisted of two subprojects, each one with a sample size of 20 volunteers. In subproject I, after initial surface hardness evaluation, enamel blocks were demineralized in vitro (hydrochloric acid 0.01 M for 30 seconds), selected and randomly assigned between two types of appliances. Four blocks were placed on the palatal device and two blocks for the mandibular appliance (2 aplliances per volunteer / right and left). In the in situ phase, the volunteers were instructed to use the palatal and mandibular appliances for 12 hours, so that after every predetermined period of time, the enamel blocks were removed from the appliances for immediate evaluation of surface hardness (remineralization surface hardness). In subproject II, enamel blocks were selected using initial surface hardness and randomized among the volunteers according to factors time (30 min, 1h, 2h, and 12h) and types of intrabucal aplliance (palatal and mandibular). A control group with enamel blocks not subjected to salivary effect was also used. In in situ phase, the volunteers used intrabucal appliances with two enamel blocks in the palatal appliance (1 appliance per volunteer) and one block in each mandibular appliance (2 aplliances per volunteer / right and left). Imeddiatelly after use in each phase, the enamel blocks were desmineralized and the surface hardness was assessed. The data were analyzed using two-way ANOVA and Tukey test subproject I; Kruskal-Wallis and Tukey test subproject II, considering p<0.05. In subproject I, was observed a significant difference (p <0.0001) between 30 minutes and 2 hours, which showed no difference comparing to 12 hours. There was no significant difference in hardness recovery between specimens kept in the maxilla and mandibula. In subproject II, no significant difference was seen between the types of intraoral appliances. However, when times were compared, there was no difference between 30 minutes and 2 hours, which showed no difference compared to the 12 hours. Significant difference was found when the periods of 2 hours and 12 hours were compared with the control group (without exposure to saliva), for both, palatal and mandibular aplliances. Therefore, regardless of the type of appliance, 2 hours of salivary exposure showed remineralizing potential, as well as promoted some level of protection in relation to erosive enamel demineralization, and increased enamel exposure to saliva (12 hours) did not increase these effects.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHonório, Daniela RiosMendonça, Fernanda Lyrio2015-04-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25145/tde-03092015-091614/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-03092015-091614Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O potencial protetor da saliva tem sido descrito como um importante fator que influencia na patogênese da erosão dentária. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito remineralizador in situ da saliva sobre lesões iniciais de erosão e a sua capacidade protetora em relação à desmineralização erosiva do esmalte, através da utilização de dispositivos intrabucais palatino e mandibular em diferentes tempos de avaliação (30 min, 1h, 2h e 12h). Este estudo foi dividido em dois subprojetos, cada um com número amostral de 20 voluntários. No subprojeto I, após a avaliação da dureza de superfície inicial, os blocos de esmalte foram desmineralizados in vitro (ácido clorídrico 0,01 M por 30 segundos), selecionados e divididos aleatoriamente entre os 2 dispositivos, sendo utilizado quatro blocos por dispositivo palatino e dois blocos por dispositivo mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Durante a etapa in situ, os voluntários foram orientados a utilizar os dispositivos durante o período máximo de 12 horas, de modo que após cada período de tempo pré-determinado, os dispositivos foram removidos da cavidade bucal para retirada dos blocos de esmalte e avaliação imediata da dureza superficial pós remineralização. No Subprojeto II, blocos de esmalte foram selecionados pela dureza de superfície inicial e distribuídos aleatoriamente entre os voluntários de acordo com o fator tempo e tipo de dispositivo intrabucal. Além destes, foi utilizado um grupo controle com blocos não submetidos à ação salivar. Na etapa in situ, para cada tempo em avaliação, os voluntários utilizaram os dispositivos com dois blocos de esmalte em cada dispositivo palatino (1 dispositivo por voluntário) e um bloco em cada mandibular (2 dispositivos por voluntário/direito e esquerdo). Imediatamente após cada fase da etapa in situ, os blocos (grupos experimentais e controle) sofreram desmineralização erosiva através da imersão em ácido clorídrico durante 30 segundos e, em seguida, a dureza superficial foi avaliada. Os dados foram analisados utilizando ANOVA 2 critérios e teste Tukey subprojeto I e Kruskal-Wallis e teste Tukey subprojeto II, considerando p<0,05. No subprojeto I, houve diferença estatisticamente significativa (p <0.0001) entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença em relação ao tempo de 12 horas. Não houve diferença na recuperação de dureza dos espécimes mantidos na maxila em relação aos espécimes mantidos na mandíbula. No subprojeto II, não se observou diferença entre os tipos de dispositivos. Porém, quando os tempos foram comparados entre si, foi observada diferença estatisticamente significativa entre os tempos de 30 minutos e 2 horas, o qual não mostrou diferença quando comparado com o período de 12 horas. Diferença estatisticamente significativa foi encontrada quando os tempos de 2 horas e 12 horas foram comparados com o grupo controle, tanto para utilização do dispositivo palatino quando mandibular. Portanto, independente do tipo de dispositivo utilizado, o tempo de 2 horas de exposição salivar apresentou potencial remineralizador, bem como promoveu algum nível de proteção em relação à desmineralização erosiva do esmalte, sendo que um aumento da exposição do esmalte à saliva (12 horas) não aumentou estes efeitos. |
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