Evolução da mortalidade infantil no município de São Paulo nas últimas três décadas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-10032023-171848/ |
Resumo: | Objetivo: estudos de tendência da mortalidade infantil têm importância, entre outros aspectos, no estabelecimento de padrões locais e /ou regionais. Estes têm interesse epidemiológico e político, pois podem informar ações dirigidas à sua modificação. Devido às suas dimensões, que lhe conferem características próprias, o município de São Paulo reúne grandes contingentes populacionais vivendo sob condições muito diferentes, resultantes de peculiaridades do desenvolvimento brasileiro. Avaliar o comportamento da mortalidade infantil no tempo e em diferentes extratos populacionais, que, por seu turno, guardam uma relação com a ocupação do espaço urbano, é o objetivo proposto. A tendência declinante das mortes infantis toma necessário o exame da equidade com que vem ocorrendo em todos os extratos de população. Método: utilizando-se bancos de dados disponíveis , reconstitui-se a trajetória da mortalidade infantil no município de São Paulo desde o final do Séc. XIX. O mesmo é feito com o componente neonatal desde a década de cinqüenta do século passado. A partir de estudos anteriores baseados em grupos com diferentes proporções de baixa renda, atualizam-se os dados referentes a uma proposta de divisão sócio-espacial da cidade através da comparação dos coeficientes de mortalidade infantil e das causas de morte nas áreas propostas, analisando se a evolução temporal desses gradientes sócio-espaciais .Resultados: a tendência geral declinante da mortalidade infantil no município durante todo o Séc. XX sofreu uma bem definida interrupção nas décadas de sessenta e setenta. As áreas estudadas acompanham esse perfil, com quedas mais acentuadas para aquelas com maior proporção de baixa renda. A concentração da mortalidade infantil no período neonatal diminuiu a importância de mortes por causas de origem infecciosa e deficiências nutricionais. Permanecem, entretanto, diferenças entre as áreas estudadas e a sobremortalidade das áreas piores em relação às melhores se manteve inalterada em períodos recentes. Conclusões: a mortalidade infantil apresenta queda constante desde os anos setenta, apesar de permanecerem inalteradas algumas situações que foram utilizadas para explicar sua alta em outros tempos. Esse comportamento, que pode parecer paradoxal, não compromete o uso do coeficiente de mortalidade infantil como indicador de eqüidade social. |
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Avaliar o comportamento da mortalidade infantil no tempo e em diferentes extratos populacionais, que, por seu turno, guardam uma relação com a ocupação do espaço urbano, é o objetivo proposto. A tendência declinante das mortes infantis toma necessário o exame da equidade com que vem ocorrendo em todos os extratos de população. Método: utilizando-se bancos de dados disponíveis , reconstitui-se a trajetória da mortalidade infantil no município de São Paulo desde o final do Séc. XIX. O mesmo é feito com o componente neonatal desde a década de cinqüenta do século passado. A partir de estudos anteriores baseados em grupos com diferentes proporções de baixa renda, atualizam-se os dados referentes a uma proposta de divisão sócio-espacial da cidade através da comparação dos coeficientes de mortalidade infantil e das causas de morte nas áreas propostas, analisando se a evolução temporal desses gradientes sócio-espaciais .Resultados: a tendência geral declinante da mortalidade infantil no município durante todo o Séc. XX sofreu uma bem definida interrupção nas décadas de sessenta e setenta. As áreas estudadas acompanham esse perfil, com quedas mais acentuadas para aquelas com maior proporção de baixa renda. A concentração da mortalidade infantil no período neonatal diminuiu a importância de mortes por causas de origem infecciosa e deficiências nutricionais. Permanecem, entretanto, diferenças entre as áreas estudadas e a sobremortalidade das áreas piores em relação às melhores se manteve inalterada em períodos recentes. Conclusões: a mortalidade infantil apresenta queda constante desde os anos setenta, apesar de permanecerem inalteradas algumas situações que foram utilizadas para explicar sua alta em outros tempos. Esse comportamento, que pode parecer paradoxal, não compromete o uso do coeficiente de mortalidade infantil como indicador de eqüidade social.Objective: Infant mortality trend studies are important in identifying local or regional patterns, which have epidemiological and political interest by being sources of actions guided to modify the causes or determinants. With gigantic dimensions, the city of São Paulo has enormous population groups living in very different conditions, as a result of Brazilian peculiar development. The aim is to evaluate infant mortality trends in some different population groups related to urban space occupation and income. In face of general declining tendencies of infant deaths, it is necessary to study if there is equity in this process among population groups. Method: using data banks, infant mortality and neonatal component were studied since the end ofthe nineteenth century and the middle of last century, respectively. Based on previous studies that proposed a social and spatial division of the city in three areas, data were studied until recent years in way to observe the evolution of gradients of death among these areas. The work included comparisons of causes of death in the areas and its behavior in time. Results: The general declining tendency of infant mortality during last century in São Paulo was clearly interrupted between sixty and seventy decades. In areas resulting from the proposed division, those with greater proportion of low-income population suffered greater declines. The concentration of deaths in neonatal period diminished the importance of causes related to infectious diseases and nutritional deficiency. However, remain differences of mortality among areas, but smaller than in the past. These gradients seem to be stable last decade. Conclusions: infant mortality in São Paulo is in constant decline since middle seventies of last century, in spite of still existing conditions that were utilized to explain its ascension in other times. This behavior, that could be paradoxical, does not invalidate the use of Infant Mortality Rate as an indicator of social equity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLaurenti, RuyPaiva, Rui de2002-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-10032023-171848/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-03-10T20:49:41Zoai:teses.usp.br:tde-10032023-171848Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-03-10T20:49:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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