Balanço hídrico em culturas de feijão (Phaseolus vulgaris L.) e de milho (Zea mays L.) sob condições de campo

• Autor(a) principal: Costa, Antonio Carlos Saraiva da
• Data de Publicação: 1986
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-100221/
• topic: BALANÇO HÍDRICO; FEIJÃO; MILHO

Numa Terra Roxa Estruturada (Paleudalf óxico) do município de Piracicaba (SP), foram estimados os diversos componentes da equação do balanço hídrico para uma cultura de feijão (Phaseolus vulgaris L.), cultivar carioca, e uma cultura de milho (Zea mays L.), cultivar Cargill-501. Foi efetuada uma caracterização física, química e hídrica pormenorizada da parcela experimental. Para a estimativa da drenagem profunda e armazenagem de água, foram utilizados tensiômetros instalados nas profundidades de 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120 e 135 cm, e curvas de retenção de água ajustadas (r > 0,97) a uma equação empírica, de VAN GENUCHTEN (1978). A condutividade hidráulica do solo foi determinada pelo método da umidade de LIBARDI et alii (1980). A evapotranspiração total da cultura de feijão foi de 305,36 mm (média de 3,55 mm/dia) e a da cultura de milho, de 816,92 mm (média de 6,28 mm/dia). A evapotranspiração estimada foi constante para as camadas maiores que 0-60 cm, para as duas culturas. As perdas de água por drenagem profunda foram de 6 e 3% da precipitação e da evapotranspiração, respectivamente, considerando-se a camada de 0-60 cm, tanto para a cultura de feijão como para a cultura de milho. A variação da drenagem profunda foi de, no mínimo, duas vezes o valor médio numa mesma profundidade. As produções de grãos (secos em estufa a 60°C até peso constante) foram de 1488 kg/ha e 8869 kg/ha, para as culturas de feijão e milho, respectivamente. A eficiência de utilização de água (EUA) foi de 0,49 kg/m3 para a cultura de feijão e de 1,09 kg/m3 para a de milho, dentro da ordem de valores encontrados na literatura. Foi feita também uma análise crítica do método do balanço hídrico para o cálculo da ET, mostrando os problemas, dificuldades e recomendações para o seu uso correto.