Discriminação de isolados de Mycobacterium bovis pelas técnicas de Spoligotyping, MIRU e ETR e suas aplicações epidemiológicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-25022010-113545/ |
Resumo: | O Mycobacterium bovis é o agente causador da tuberculose em bovinos, zoonose que produz prejuízos para a produção de carne e leite em muitos países. Para apoiar estudos epidemiológicos no âmbito dos programas de controle, recentemente surgiram vários métodos de discriminação molecular de isolados de M. bovis. Os mais utilizados são o Spoligotyping, Mycobacterial Interspersed Repetitive Units (MIRU) e Exact Tandem Repeat (ETR), que apresentam diferentes poderes de discriminação. No presente estudo calculou-se a diversidade alélica para cada locus de MIRU e de ETR e o índice discriminatório de Hunter-Gaston (HGI) para o Spoligotyping, 10 MIRU e 3 ETR em 116 amostras de M. bovis isoladas de bovinos. Além disso, verificou-se se a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos aumenta na medida em que é aumentado o poder discriminatório das análises moleculares. Comparou-se a utilização dessas três técnicas moleculares em análises espaciais para verificação de agrupamentos de focos da doença. A análise da diversidade alélica indicou que os MIRU 16, 26 e 27 e os ETR A, B e C foram os que apresentaram maior diversidade dentre os ensaiados. O HGI para cada uma das técnicas foi de: Spoligotyping = 0,738381; MIRU = 0,829835 e ETR = 0,825337. A associação desses métodos aumentou o poder discriminatório: Spoligotyping + MIRU = 0,930585; Spoligotyping + ETR = 0,931034; MIRU + ETR = 0,953373. O maior poder discriminatório foi alcançado quando as três técnicas foram associadas (HGI = 0,98051). Considerando as análises realizadas no presente estudo, o método inicial deveria ser o Spoligotyping, por diferenciar o M. bovis dos outros integrantes do complexo Mycobacterium tuberculosis. Como as associações do MIRU e do ETR com o Spoligotyping resultaram em HGI praticamente idênticos, depois do Spoligotyping, o método ETR parece ser a melhor escolha, pois é mais rápido e econômico do que o MIRU. Finalmente, o MIRU deve ser o último método a ser realizado. Assim, a escolha do método depende do poder discriminatório necessário para o objetivo em questão. Embora a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos não tenha sido aumentada na medida em que cresceu o poder discriminatório das análises moleculares, a premissa continua válida. |
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Discriminação de isolados de Mycobacterium bovis pelas técnicas de Spoligotyping, MIRU e ETR e suas aplicações epidemiológicasDiscrimination of Mycobacterium bovis isolates by Spoligotyping, MIRU, and ETR and their epidemiologic applicationsMycobacterium bovisMycobacterium bovisSpoligotypingSpoligotypingETRETRMIRUMIRUO Mycobacterium bovis é o agente causador da tuberculose em bovinos, zoonose que produz prejuízos para a produção de carne e leite em muitos países. Para apoiar estudos epidemiológicos no âmbito dos programas de controle, recentemente surgiram vários métodos de discriminação molecular de isolados de M. bovis. Os mais utilizados são o Spoligotyping, Mycobacterial Interspersed Repetitive Units (MIRU) e Exact Tandem Repeat (ETR), que apresentam diferentes poderes de discriminação. No presente estudo calculou-se a diversidade alélica para cada locus de MIRU e de ETR e o índice discriminatório de Hunter-Gaston (HGI) para o Spoligotyping, 10 MIRU e 3 ETR em 116 amostras de M. bovis isoladas de bovinos. Além disso, verificou-se se a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos aumenta na medida em que é aumentado o poder discriminatório das análises moleculares. Comparou-se a utilização dessas três técnicas moleculares em análises espaciais para verificação de agrupamentos de focos da doença. A análise da diversidade alélica indicou que os MIRU 16, 26 e 27 e os ETR A, B e C foram os que apresentaram maior diversidade dentre os ensaiados. O HGI para cada uma das técnicas foi de: Spoligotyping = 0,738381; MIRU = 0,829835 e ETR = 0,825337. A associação desses métodos aumentou o poder discriminatório: Spoligotyping + MIRU = 0,930585; Spoligotyping + ETR = 0,931034; MIRU + ETR = 0,953373. 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Embora a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos não tenha sido aumentada na medida em que cresceu o poder discriminatório das análises moleculares, a premissa continua válida.Mycobacterium bovis is the causative organism of bovine tuberculosis, has zoonotic character and leads economic losses in livestock production in a lot of countries. To support the epidemiological researches on the disease control programs several molecular methods has been used to detect M. bovis strains. Among them, Spoligotyping, Mycobacterial Interspersed Repetitive Units (MIRU) and Exact Tandem Repeat (ETR) are the molecular analyses that present different powers of Mycobacterium bovis discrimination. In this study, allelic diversity of MIRU and ETR locus and Hunter-Gaston discriminatory index (HGI) were calculated for Spoligotyping, 10 MIRU and 3 ETR of 116 isolates of M. bovis from Brazilian bovines. The use of those three molecular techniques was compared in space analyses for verification of groupings of focuses of the disease. Besides, it was verified if the capacity to cluster of focuses increases in the measure in that the discriminatory power of the molecular analyses is increased. The analysis of the allelic diversity indicated that MIRU 16, 26, 27 and ETR A, B, C presented larger diversity among the rehearsed. The HGI for each individual technique was: Spoligotyping = 0.738381; ETR = 0.825337 and MIRU = 0.829835. The associations of these methods increased the discriminatory power: Spoligotyping + MIRU = 0.930585; Spoligotyping + ETR = 0.931034; MIRU + ETR = 0.953373. The greater discriminatory power was verified when the three techniques were associated (HGI = 0,98051). Considering the analyses performed, the initial method for differentiating M. bovis from the other species of the M. tuberculosis complex should be Spoligotyping. The association of MIRU and ETR with Spoligotyping resulted in HGI almost identical, after Spoligotyping, the ETR technique showed to be the best choice, due the shorter time to process and economic benefits when compared to MIRU. Finally, MIRU is the last method to be performed. Thus, the choice among the techniques depends on the discriminatory power necessary for the task. Although the capacity to detect clusters of focuses has not been increased in the measure in that it increased the discriminatory power of the molecular analyses, the premise continues valid.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira Neto, José SoaresRocha, Vivianne Cambuí Mesquita2009-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-25022010-113545/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-25022010-113545Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O Mycobacterium bovis é o agente causador da tuberculose em bovinos, zoonose que produz prejuízos para a produção de carne e leite em muitos países. Para apoiar estudos epidemiológicos no âmbito dos programas de controle, recentemente surgiram vários métodos de discriminação molecular de isolados de M. bovis. Os mais utilizados são o Spoligotyping, Mycobacterial Interspersed Repetitive Units (MIRU) e Exact Tandem Repeat (ETR), que apresentam diferentes poderes de discriminação. No presente estudo calculou-se a diversidade alélica para cada locus de MIRU e de ETR e o índice discriminatório de Hunter-Gaston (HGI) para o Spoligotyping, 10 MIRU e 3 ETR em 116 amostras de M. bovis isoladas de bovinos. Além disso, verificou-se se a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos aumenta na medida em que é aumentado o poder discriminatório das análises moleculares. Comparou-se a utilização dessas três técnicas moleculares em análises espaciais para verificação de agrupamentos de focos da doença. A análise da diversidade alélica indicou que os MIRU 16, 26 e 27 e os ETR A, B e C foram os que apresentaram maior diversidade dentre os ensaiados. O HGI para cada uma das técnicas foi de: Spoligotyping = 0,738381; MIRU = 0,829835 e ETR = 0,825337. A associação desses métodos aumentou o poder discriminatório: Spoligotyping + MIRU = 0,930585; Spoligotyping + ETR = 0,931034; MIRU + ETR = 0,953373. O maior poder discriminatório foi alcançado quando as três técnicas foram associadas (HGI = 0,98051). Considerando as análises realizadas no presente estudo, o método inicial deveria ser o Spoligotyping, por diferenciar o M. bovis dos outros integrantes do complexo Mycobacterium tuberculosis. Como as associações do MIRU e do ETR com o Spoligotyping resultaram em HGI praticamente idênticos, depois do Spoligotyping, o método ETR parece ser a melhor escolha, pois é mais rápido e econômico do que o MIRU. Finalmente, o MIRU deve ser o último método a ser realizado. Assim, a escolha do método depende do poder discriminatório necessário para o objetivo em questão. Embora a capacidade de detectar agrupamentos espaciais de focos não tenha sido aumentada na medida em que cresceu o poder discriminatório das análises moleculares, a premissa continua válida. |
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