Avaliação de aditivos na alimentação de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vendramini, Thiago Henrique Annibale
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-04082015-110153/
Resumo: Objetivou-se avaliar a utilização de diferentes aditivos na alimentação de vacas em lactação sobre o consumo e digestibilidade aparente total da matéria seca e nutrientes, fermentação ruminal, produção e composição do leite, perfil metabólico e balanço de nitrogênio. Foram utilizadas 24 vacas da raça Holandesa, sendo destas 8 canuladas no rúmen, com média de produção de leite de 31,44 ± 4,83 kg, peso corporal médio de 586,07 ± 79,63 kg e com 175,89 ± 99,74 dias de lactação no início do fornecimento das dietas experimentais. Distribuídas em seis quadrados latinos 4x4, contemporâneos e balanceados, para receber as seguintes dietas experimentais: 1) Controle (CT), composta por dieta basal sem a inclusão de aditivos; 2) Crina (CRI) (Crina&reg; Ruminants, DSM-TORTUGA) , produto composto por uma mistura de óleos essenciais, sendo utilizado 1 g/vaca/dia; 3) Quitosana (QUI), com inclusão de quitosana na ordem de 150 mg/kg de peso vivo; 4) (MON) (Monensina DSM-TORTUGA), com inclusão de monensina na dose 24 mg/kg de matéria seca. Não foram observadas diferenças (P&lt;0,05) entre os tratamentos para consumo de matéria seca e nutrientes. Para digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica a dieta QUI apresentou maiores valores (P<0,05) quando comparados a CRI. Em relação à digestibilidade da proteína bruta, a dieta com Crina foi menor (P<0,05) em relação aos demais aditivos. Não foram observadas diferenças (P<0,05) para produção e composição do leite entre as dietas experimentais. Os consumos de energia digestível e metabolizável foram maiores para os animais suplementados com quitosana em relação as dietas CO e MON. As eficiências da utilização de energia foram superiores para CO em relação a dieta com quitosana. A inclusão de monensina aumentou o colesterol total sérico em comparação a dieta controle. A excreção de nitrogênio fecal (g/dia), foi menor para CRI em relação aos demais aditivos, para % nitrogênio fecal total foi observada redução em relação a dieta com a adição de quitosana apenas. O balanço de nitrogênio em (g/dia) este foi maior para QUI, em relação MO. Quanto aos parâmetros fermentativos a inclusão de monensina e quitosana nas dietas reduziu a concentração de acetato (mmol/L), e a dieta CRI, aumentou ainda a concentração de propionato em mmol/L. Para a concentração de butirato, em mmol/L, a inclusão de monensina reduziu a concentração desta variável em relação à dieta controle, já os AGCR em mmol/L, todos os aditivos demonstraram efeito de redução (P<0,05), em relação à dieta controle. Para a concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (mmol/L), as dietas com inclusão de Crina e monensina mostraram redução desta variável em relação à dieta controle. Assim, é possível concluir que quanto aos óleos essenciais (Crina Ruminants), as respostas não foram positivas para as variáveis avaliadas, possivelmente ocasionada pela intensa atividade antimicrobiana, não seletiva apenas aos microrganismos desejados, levando a efeitos desfavoráveis, entretanto a utilização de quitosana na alimentação de vacas leiteiras apresentam resultados semelhantes à utilização de monensina sódica ou superiores a dieta controle dependendo das variáveis a serem avaliadas, e pode ser uma grande alternativa na nutrição destes animais
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Distribuídas em seis quadrados latinos 4x4, contemporâneos e balanceados, para receber as seguintes dietas experimentais: 1) Controle (CT), composta por dieta basal sem a inclusão de aditivos; 2) Crina (CRI) (Crina&reg; Ruminants, DSM-TORTUGA) , produto composto por uma mistura de óleos essenciais, sendo utilizado 1 g/vaca/dia; 3) Quitosana (QUI), com inclusão de quitosana na ordem de 150 mg/kg de peso vivo; 4) (MON) (Monensina DSM-TORTUGA), com inclusão de monensina na dose 24 mg/kg de matéria seca. Não foram observadas diferenças (P&lt;0,05) entre os tratamentos para consumo de matéria seca e nutrientes. Para digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica a dieta QUI apresentou maiores valores (P<0,05) quando comparados a CRI. Em relação à digestibilidade da proteína bruta, a dieta com Crina foi menor (P<0,05) em relação aos demais aditivos. Não foram observadas diferenças (P<0,05) para produção e composição do leite entre as dietas experimentais. Os consumos de energia digestível e metabolizável foram maiores para os animais suplementados com quitosana em relação as dietas CO e MON. As eficiências da utilização de energia foram superiores para CO em relação a dieta com quitosana. A inclusão de monensina aumentou o colesterol total sérico em comparação a dieta controle. A excreção de nitrogênio fecal (g/dia), foi menor para CRI em relação aos demais aditivos, para % nitrogênio fecal total foi observada redução em relação a dieta com a adição de quitosana apenas. O balanço de nitrogênio em (g/dia) este foi maior para QUI, em relação MO. Quanto aos parâmetros fermentativos a inclusão de monensina e quitosana nas dietas reduziu a concentração de acetato (mmol/L), e a dieta CRI, aumentou ainda a concentração de propionato em mmol/L. Para a concentração de butirato, em mmol/L, a inclusão de monensina reduziu a concentração desta variável em relação à dieta controle, já os AGCR em mmol/L, todos os aditivos demonstraram efeito de redução (P<0,05), em relação à dieta controle. Para a concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (mmol/L), as dietas com inclusão de Crina e monensina mostraram redução desta variável em relação à dieta controle. Assim, é possível concluir que quanto aos óleos essenciais (Crina Ruminants), as respostas não foram positivas para as variáveis avaliadas, possivelmente ocasionada pela intensa atividade antimicrobiana, não seletiva apenas aos microrganismos desejados, levando a efeitos desfavoráveis, entretanto a utilização de quitosana na alimentação de vacas leiteiras apresentam resultados semelhantes à utilização de monensina sódica ou superiores a dieta controle dependendo das variáveis a serem avaliadas, e pode ser uma grande alternativa na nutrição destes animaisThe objective of this study was to evaluate the effects of different additives in dairy cows feeding on nutrient intake, total apparent digestibility of dry matter and nutrients, ruminal fermentation, milk yield and composition, concentrations of blood parameters and energy and nitrogen balances; 24 Holstein cows 31.44 ± 4.83 kg/day of milk yield, 586.07 ± 79.63 kg of BW and 175.89 ± 99.74 days in milk; mean ± SD), 16 intact and 8 ruminally fistulated. The animals were randomly assigned in six 4 x 4 Latin-square (contemporaneous and balanced) design to receive one of following diets: 1) Control (CO), diet without inclusion of monensin, chitosan or essential oils; 2) Crina® (CRI), inclusion of the mixture of essential oils (Crina&reg; Ruminants - SM Nutritional products TORTUGA) at 1g/cow/day; 3) Chitosan (QUI), inclusion of 150 mg/kg BW of chitosan, and; 4) Monensin (MON), inclusion of 24 mg/kg of diet DM of sodic monensin (DSM Monesin, TORTUGA). No differences in DMI and nutriente intakes were observed (P<0.05) for cows fed different treatments. Total apparent digestibility of DM and organic matter were higher for cows fed Q when compared to cows fed CR. The crude protein digestibility was decreased when cows were fed CR when compared to cows fed the diets containing other additives (M and Q). There were no differences (P<0.05) in milk yield and composition among cows fed experimental treatments. The intakes of digestible and metabolizable energy were higher for cows fed Q than cows fed C and M. The efficiency of energy utilization was higher for cows fed C when compared to cows fed Q. Monensin increased serum total cholesterol compared to C. The excretion of fecal nitrogen (g /day) was lower for the animals supplemented with CR compared to other additives to fecal nitrogen excretion (% of total nitrogen) differed just for animals fed Q. Cows fed Q had higher nitrogen balance than cows fed M. Experimental treatments did not alter pH, concentration of ruminal acetate (mmol / L) was decreased when cows were fed with M and Q, compared to C. Higher concentration of propionate (mmol / L) was observed for cows fed M than cows fed CR. Moreover, cows fed M had butyrate concentration (mmol / L) decreased compared to cows fed C, and short chain fatty acids concentration (mmol / L) was decreased when additives were added to diets. Total concentration of short chain fatty acids (mmol / L) was reduced when monensin and essential oils were added to the diet. Thus, we conclude that the essential oils (Crina Ruminants), responses were not positive for the variables evaluated, possibly caused by intense antimicrobial activity not only selective to the desired microorganisms, leading to adverse effects. However the use of chitosan in dairy cows have similar results of monensin use or above the control diet depending on the variables evaluated, and can be a great alternative nutrition of this animalsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRennó, Francisco PalmaVendramini, Thiago Henrique Annibale2015-01-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-04082015-110153/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:18Zoai:teses.usp.br:tde-04082015-110153Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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