Fatores relacionados à adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-12032008-100144/ |
Resumo: | Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado em um Centro de Pesquisa e Extensão Universitária do interior paulista, em 2007. Objetivo geral: avaliar os fatores que interferem na adesão do paciente à terapêutica medicamentosa relacionada ao diabetes mellitus. Objetivos específicos: caracterizar os pacientes diabéticos segundo as variáveis sócio-demográficas e clínicas; identificar a terapêutica medicamentosa utilizada pelo paciente diabético; determinar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa para o controle do diabetes; analisar as facilidades e/ou dificuldades enfrentadas pelos pacientes diabéticos na utilização dos medicamentos prescritos; e associar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa com algumas variáveis relacionadas: ao paciente; ao relacionamento profissional-paciente; ao esquema terapêutico; e à doença propriamente dita. A população foi constituída por 46 pacientes diabéticos do tipo 1 e do tipo 2, que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário e o teste de Medida de Adesão ao Tratamento - MAT. Na análise, utilizou-se o programa estatístico SPSS - 11.5. Os resultados mostraram que a população do estudo caracterizou-se por pacientes com predomínio do sexo feminino, com mediana de idade 57 anos, 8 anos de estudo e 4,5 salários mínimos. A maioria dos sujeitos possui diabetes do tipo 2, com mediana do tempo de diagnóstico de 12,5 anos e as co-morbidades mais freqüentes foram a hipertensão arterial e a dislipidemia. Quanto à terapêutica medicamentosa, 89,1% dos sujeitos utilizavam antidiabéticos orais, sendo que 26,1% utilizavam Biguanidas e também Biguanidas associada à Sulfoniluréia; e 41,3% deles faziam uso de insulina. Constatou-se, ainda, que 30,4% recebiam terapia combinada com antidiabéticos orais e insulina. No que se refere à adesão do paciente diabético ao tratamento medicamentoso para o diabetes, obteve-se 78,3% de adesão. Quanto às facilidades e/ou dificuldades para a adesão, 50% dos sujeitos adquiriam os medicamentos na Unidade de Saúde. A prevalência de adesão foi maior nos homens (85,7%); nos idosos (82,4%); nos sujeitos com mais de 12 anos de estudo (88,9%); com renda familiar superior a cinco salários mínimos (90%); e que receberam informações acerca da doença (84,6%) e informações específicas em relação ao medicamento prescrito (86,7%). Constatouse, também, que a adesão foi maior nos sujeitos com até cinco anos de diagnóstico (80%); que não modificaram a rotina de vida diária (81,1%,); não referiram efeitos colaterais (93,8%); não faziam uso de anti-hipertensivos (84,2%); e que apresentaram lacunas no conhecimento (80,8%). Cabe ressaltar que a prevalência da não adesão foi maior em indivíduos com hemoglobina maior que 7% (85,7%). Na realização dos testes estatísticos, para a maioria dos fatores analisados, obteve-se uma fraca associação com a adesão e as diferenças na prevalência da adesão não foram estatisticamente significativas. Conclui-se que ao considerar que a prevalência da adesão obtida no presente estudo está abaixo do recomendado na literatura, torna-se urgente reconhecer a importância da mensuração da adesão dos pacientes diabéticos em tratamento medicamentoso para o controle do diabetes pelos profissionais de saúde, na vigência de um mau controle glicêmico e de uma suposta falência no esquema terapêutico instituído. |
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Fatores relacionados à adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosaFactors related to diabetics patient\'s adherence to drug therapyDiabetes MellitusDiabetes MellitusEnfermagemMedicamentosMedicationNursingTrata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado em um Centro de Pesquisa e Extensão Universitária do interior paulista, em 2007. Objetivo geral: avaliar os fatores que interferem na adesão do paciente à terapêutica medicamentosa relacionada ao diabetes mellitus. Objetivos específicos: caracterizar os pacientes diabéticos segundo as variáveis sócio-demográficas e clínicas; identificar a terapêutica medicamentosa utilizada pelo paciente diabético; determinar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa para o controle do diabetes; analisar as facilidades e/ou dificuldades enfrentadas pelos pacientes diabéticos na utilização dos medicamentos prescritos; e associar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa com algumas variáveis relacionadas: ao paciente; ao relacionamento profissional-paciente; ao esquema terapêutico; e à doença propriamente dita. A população foi constituída por 46 pacientes diabéticos do tipo 1 e do tipo 2, que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário e o teste de Medida de Adesão ao Tratamento - MAT. Na análise, utilizou-se o programa estatístico SPSS - 11.5. Os resultados mostraram que a população do estudo caracterizou-se por pacientes com predomínio do sexo feminino, com mediana de idade 57 anos, 8 anos de estudo e 4,5 salários mínimos. A maioria dos sujeitos possui diabetes do tipo 2, com mediana do tempo de diagnóstico de 12,5 anos e as co-morbidades mais freqüentes foram a hipertensão arterial e a dislipidemia. Quanto à terapêutica medicamentosa, 89,1% dos sujeitos utilizavam antidiabéticos orais, sendo que 26,1% utilizavam Biguanidas e também Biguanidas associada à Sulfoniluréia; e 41,3% deles faziam uso de insulina. Constatou-se, ainda, que 30,4% recebiam terapia combinada com antidiabéticos orais e insulina. No que se refere à adesão do paciente diabético ao tratamento medicamentoso para o diabetes, obteve-se 78,3% de adesão. Quanto às facilidades e/ou dificuldades para a adesão, 50% dos sujeitos adquiriam os medicamentos na Unidade de Saúde. A prevalência de adesão foi maior nos homens (85,7%); nos idosos (82,4%); nos sujeitos com mais de 12 anos de estudo (88,9%); com renda familiar superior a cinco salários mínimos (90%); e que receberam informações acerca da doença (84,6%) e informações específicas em relação ao medicamento prescrito (86,7%). Constatouse, também, que a adesão foi maior nos sujeitos com até cinco anos de diagnóstico (80%); que não modificaram a rotina de vida diária (81,1%,); não referiram efeitos colaterais (93,8%); não faziam uso de anti-hipertensivos (84,2%); e que apresentaram lacunas no conhecimento (80,8%). Cabe ressaltar que a prevalência da não adesão foi maior em indivíduos com hemoglobina maior que 7% (85,7%). Na realização dos testes estatísticos, para a maioria dos fatores analisados, obteve-se uma fraca associação com a adesão e as diferenças na prevalência da adesão não foram estatisticamente significativas. Conclui-se que ao considerar que a prevalência da adesão obtida no presente estudo está abaixo do recomendado na literatura, torna-se urgente reconhecer a importância da mensuração da adesão dos pacientes diabéticos em tratamento medicamentoso para o controle do diabetes pelos profissionais de saúde, na vigência de um mau controle glicêmico e de uma suposta falência no esquema terapêutico instituído.This descriptive and cross-sectional study was accomplished at a Center for Research and University Extension located in the state of Sao Paulo, Brazil, in 2007. Main objective: evaluate the factors that interfere in patient adherence to drug therapy related to diabetes mellitus. Specific objectives: classify the diabetic patients according to social-demographic and clinical variables; identify the drug therapy utilized by the diabetic patient; determine the adherence of the diabetic patient to the drug therapy to control diabetes; analyze the facility and/or difficulty faced by the diabetic patients in the use of the prescribed drugs; and associate the diabetic patient\'s adherence to the drug therapy with some variables related to: the patient, the professional-patient relationship, the therapeutic scheme and the illness. The population was constituted by 46 patients with type 1 and type 2 diabetes, who met the criteria for inclusion and exclusion. For data collection, a questionnaire and the test of Treatment Adherence Measure - TAM were used. For the analysis, the statistic software SPSS-11.5 was utilized. The results showed that the study population was characterized by predominantly female patients, with an age median of 57 years, 8 years of study and 4.5 minimum wages. The majority of the subjects have type 2 diabetes, with a diagnostic time median of 12.5 years, and the most frequent co-morbidities were arterial hypertension and dyslipidemia. With regard to the drug therapy, 89.1% of the subjects utilized oral antidiabetics, 26.1% utilized Biguanides and also Biguanides associated to Sulfonylureas, and 41.3% made use of insulin therapy. It was also found that 30.4% of them received combined oral anti-diabetics and insulin. Concerning the adherence of the diabetic patient to the drug therapy for diabetes, 78.3% of adherence was obtained. As far as the facility and/or difficulty for adherence, 50% of the subjects obtained the drugs at the Healthcare Unit. The predominance of adherence was higher among men (85.7%); the elderly (82.4%); in subjects with more than 12 years of study (88.9%); with a family income higher than 5 minimum wages (90%); and who received information about the disease (84.6%) and specific information regarding the prescribed drug (86.7%). It was also found that the adherence was higher among the subjects with up to 5 years of diagnosis (80%); who did not change their daily routine (81.1%); who did not mention side effects (93.8%); who did not use anti-hypertensives (84.2%); and who showed knowledge gaps (80.8%). It is worth mentioning that non-adherence prevailed among individuals with hemoglobin higher than 7% (85.7%). During the statistical tests, for the majority of the factors analyzed, a weak association to adherence was obtained and the differences in adherence prevalence were not statistically significant. It was concluded that, considering that the prevalence of adherence obtained in this study was below levels recommended in literature, it becomes urgent for health professionals to acknowledge the importance of measuring the adherence of a diabetic patient in drug treatment for diabetes control in case of bad glycemic control and supposed failure in the established therapeutic scheme.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZanetti, Maria LuciaFaria, Heloisa Turcatto Gimenes2008-01-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-12032008-100144/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-12032008-100144Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado em um Centro de Pesquisa e Extensão Universitária do interior paulista, em 2007. Objetivo geral: avaliar os fatores que interferem na adesão do paciente à terapêutica medicamentosa relacionada ao diabetes mellitus. Objetivos específicos: caracterizar os pacientes diabéticos segundo as variáveis sócio-demográficas e clínicas; identificar a terapêutica medicamentosa utilizada pelo paciente diabético; determinar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa para o controle do diabetes; analisar as facilidades e/ou dificuldades enfrentadas pelos pacientes diabéticos na utilização dos medicamentos prescritos; e associar a adesão do paciente diabético à terapêutica medicamentosa com algumas variáveis relacionadas: ao paciente; ao relacionamento profissional-paciente; ao esquema terapêutico; e à doença propriamente dita. A população foi constituída por 46 pacientes diabéticos do tipo 1 e do tipo 2, que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário e o teste de Medida de Adesão ao Tratamento - MAT. Na análise, utilizou-se o programa estatístico SPSS - 11.5. Os resultados mostraram que a população do estudo caracterizou-se por pacientes com predomínio do sexo feminino, com mediana de idade 57 anos, 8 anos de estudo e 4,5 salários mínimos. A maioria dos sujeitos possui diabetes do tipo 2, com mediana do tempo de diagnóstico de 12,5 anos e as co-morbidades mais freqüentes foram a hipertensão arterial e a dislipidemia. Quanto à terapêutica medicamentosa, 89,1% dos sujeitos utilizavam antidiabéticos orais, sendo que 26,1% utilizavam Biguanidas e também Biguanidas associada à Sulfoniluréia; e 41,3% deles faziam uso de insulina. Constatou-se, ainda, que 30,4% recebiam terapia combinada com antidiabéticos orais e insulina. No que se refere à adesão do paciente diabético ao tratamento medicamentoso para o diabetes, obteve-se 78,3% de adesão. Quanto às facilidades e/ou dificuldades para a adesão, 50% dos sujeitos adquiriam os medicamentos na Unidade de Saúde. A prevalência de adesão foi maior nos homens (85,7%); nos idosos (82,4%); nos sujeitos com mais de 12 anos de estudo (88,9%); com renda familiar superior a cinco salários mínimos (90%); e que receberam informações acerca da doença (84,6%) e informações específicas em relação ao medicamento prescrito (86,7%). Constatouse, também, que a adesão foi maior nos sujeitos com até cinco anos de diagnóstico (80%); que não modificaram a rotina de vida diária (81,1%,); não referiram efeitos colaterais (93,8%); não faziam uso de anti-hipertensivos (84,2%); e que apresentaram lacunas no conhecimento (80,8%). Cabe ressaltar que a prevalência da não adesão foi maior em indivíduos com hemoglobina maior que 7% (85,7%). Na realização dos testes estatísticos, para a maioria dos fatores analisados, obteve-se uma fraca associação com a adesão e as diferenças na prevalência da adesão não foram estatisticamente significativas. Conclui-se que ao considerar que a prevalência da adesão obtida no presente estudo está abaixo do recomendado na literatura, torna-se urgente reconhecer a importância da mensuração da adesão dos pacientes diabéticos em tratamento medicamentoso para o controle do diabetes pelos profissionais de saúde, na vigência de um mau controle glicêmico e de uma suposta falência no esquema terapêutico instituído. |
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