Métodos de extração e qualidade da fração lipídica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brum, Aelson Aloir Santana
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-26042005-141101/
Resumo: Um estudo crítico foi realizado utilizando quatro métodos clássicos de extração de lipídios em aveia em flocos e peito de frango. Foram comparados os rendimentos, o tempo de extração, a repetibilidade de cada método e a qualidade oxidativa da fração lipídica obtida. As metodologias utilizadas foram as de Soxhlet, com n-hexano como solvente, nos períodos de quatro e oito horas de extração; Folch et al., com clorofórmio e metanol na proporção de 2:1 (v/v); Bligh & Dyer, com clorofórmio, metanol e água na proporção de 1:2:0,8 (v/v) e Hara & Radin, com n-hexano e isopropanol, na proporção de 3:2 (v/v). Os resultados obtidos indicaram que para a aveia em flocos, os métodos de Soxhlet e Bligh & Dyer apresentaram um rendimento superior (7,71 % e 7,66 %, respectivamente) em relação ao método de Hara & Radin e Folch et al. (6,61 % e 6,93 %, respectivamente). No estudo do peito de frango, os métodos de Soxhlet, Folch et al. e Bligh & Dyer apresentaram um rendimento satisfatório de lipídios totais, sendo, respectivamente, de 1,56 %, 1,56 % e 1,65 %. Apesar do bom rendimento em lipídios totais, o método de Soxhlet afetou a qualidade da fração lipídica em ambas amostras, demonstrada pela presença de peróxidos (4,39 e 4,19 meq O2/kg no peito de frango; 3,71 e 3,70 meq O2/kg na aveia em flocos) e pela acidez oléica (2,58 % de ácidos graxos livres (AGL) no peito de frango; 2,25 e 2,24 % AGL na aveia em flocos), em ambos os períodos de tempo da extração. Com base nos resultados deste trabalho, indica-se a metodologia de Bligh & Dyer para os casos em que haja interesse em uso posterior das frações lipídicas, em detrimento da de Soxhlet, não recomendável para o fim mencionado.
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