Recuperando a História Oficial de quem já foi Aluno Especial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-18022013-090812/ |
Resumo: | Estudo parte da premissa de que a classe especial é um espaço de segregação, estigmatização e de continuidade do processo de construção da deficiência mental que se inicia na classe comum. A investigação direciona-se a recuperar a trajetória escolar de ex-aluno de classe especial através dos registros e das informações disponíveis nas escolas. Foram identificados 168 prontuários nas duas unidades escolares pesquisadas, porém o grupo participante da pesquisa restringiu-se a 121 prontuários. Após este levantamento, procedeu-se a análise individualizada de todos os documentos contidos nos prontuários dos alunos, sendo que houve necessidade de elaboração de uma ficha padrão para a coleta dos dados. Também, foi realizada análise quantitativa dos dados o que permitiu a elaboração de tabelas, para posteriormente ser possível efetuar a análise quantitativa. Dentro os vários dados coletados observou-se que a maioria dos alunos não permanece o tempo mínimo de dois anos na classe comum antes do encaminhamento para a classe especial, conforme as orientações oficiais. Após o ingresso na classe especial, 70% dos alunos não retornaram ao ensino comum nas escolas estudadas. A maioria dos alunos abandona a escola após um período d permanência de até seis anos na classe especial. Do pequeno grupo que retorna ao ensino comum, a maioria é reinserida nas séries iniciais, permanece entre dois e quatro anos e evade antes de completar a 5ª série. Verificou-se que não são apenas os psicólogos os especialistas que encaminham para classe especial, há casos de médicos e assistentes sociais. A identificação de um aluno Deficiente Mental Leve não segue, apenas, a classificação da OMS, referenda como a oficial. Há um número significativo de relatórios de avaliação dos alunos sem que haja identificação da especialidade do profissional responsável. Não há nenhum relatório pedagógico dos alunos que foram encaminhados para avaliação psicológica, conforme orientação oficial. O dado que mais se evidenciou é a ausência de informação sobre os alunos. Não há uma organização padronizada dos documentos e não há critérios comuns de seleção das informações relevantes. Conclui-se que os dados reafirmam a condição de segregação, estigmatização e preconceito da classe especial e contradizem os princípios norteadores da Educação Especial de individualização, integração e normatização. As práticas institucionais, pedagógicas ou psicológicas são permeadas de subjetividade, principalmente no momento de identificação dos alunos Deficientes Mentais de Grau Leve. Uma vez, identificado como aluno especial, as chances de retornar à condição de aluno comum são reduzidas. Há um esforço dos alunos em permanecer n escola, evidenciado pela idade em que os abandonam a escola, seja na classe especial ou após a reinserção na classe comum. Finalizando, as ausências de registro de informações dos alunos demonstram que implicitamente há uma visão de homem e de sociedade baseada nos ideais liberais |
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Recuperando a História Oficial de quem já foi Aluno EspecialRecovering the official history of whom hás already been a special studentDeficiência mentalEducação especialMental disabilitiesPsicodiagnósticoPsicologia escolarPsychodiagnosticSchool psychologySpecial educationEstudo parte da premissa de que a classe especial é um espaço de segregação, estigmatização e de continuidade do processo de construção da deficiência mental que se inicia na classe comum. A investigação direciona-se a recuperar a trajetória escolar de ex-aluno de classe especial através dos registros e das informações disponíveis nas escolas. Foram identificados 168 prontuários nas duas unidades escolares pesquisadas, porém o grupo participante da pesquisa restringiu-se a 121 prontuários. Após este levantamento, procedeu-se a análise individualizada de todos os documentos contidos nos prontuários dos alunos, sendo que houve necessidade de elaboração de uma ficha padrão para a coleta dos dados. Também, foi realizada análise quantitativa dos dados o que permitiu a elaboração de tabelas, para posteriormente ser possível efetuar a análise quantitativa. Dentro os vários dados coletados observou-se que a maioria dos alunos não permanece o tempo mínimo de dois anos na classe comum antes do encaminhamento para a classe especial, conforme as orientações oficiais. Após o ingresso na classe especial, 70% dos alunos não retornaram ao ensino comum nas escolas estudadas. A maioria dos alunos abandona a escola após um período d permanência de até seis anos na classe especial. Do pequeno grupo que retorna ao ensino comum, a maioria é reinserida nas séries iniciais, permanece entre dois e quatro anos e evade antes de completar a 5ª série. Verificou-se que não são apenas os psicólogos os especialistas que encaminham para classe especial, há casos de médicos e assistentes sociais. A identificação de um aluno Deficiente Mental Leve não segue, apenas, a classificação da OMS, referenda como a oficial. Há um número significativo de relatórios de avaliação dos alunos sem que haja identificação da especialidade do profissional responsável. Não há nenhum relatório pedagógico dos alunos que foram encaminhados para avaliação psicológica, conforme orientação oficial. O dado que mais se evidenciou é a ausência de informação sobre os alunos. Não há uma organização padronizada dos documentos e não há critérios comuns de seleção das informações relevantes. Conclui-se que os dados reafirmam a condição de segregação, estigmatização e preconceito da classe especial e contradizem os princípios norteadores da Educação Especial de individualização, integração e normatização. As práticas institucionais, pedagógicas ou psicológicas são permeadas de subjetividade, principalmente no momento de identificação dos alunos Deficientes Mentais de Grau Leve. Uma vez, identificado como aluno especial, as chances de retornar à condição de aluno comum são reduzidas. Há um esforço dos alunos em permanecer n escola, evidenciado pela idade em que os abandonam a escola, seja na classe especial ou após a reinserção na classe comum. Finalizando, as ausências de registro de informações dos alunos demonstram que implicitamente há uma visão de homem e de sociedade baseada nos ideais liberaisStudy have the premiss that the special class is a space of segregacion, stigmatizacion and continuation of the mental deficiency process of construction that begins at the common class. It is directed to recover the school trajectory of former special class students through the available registration and informacion in the school. 168 handbooks were identified in the two school unities investigated, but the participant group of research was restricted to 121 handbooks. After this survey, the individual analysis of the documents was carried out in the students handbooks. An elaboration of one standard card file to collect the data was necessary. First the quantitative analysis that permited the elaboration of the tables was conducte. Only after, do the quantittif analysis was possible. Among the several datas, it was observed that the majority of the students class, stay the minimum time, of two years according to orientation official, in the common class before the guiding to the special class. After becoming a member of a special class, 70% of the students does not return to the common education in the investigates schools. The majority of student leave the school after the permanence period up to six years in the special class. From the small goup that returns t the common education, the majority is put in the initial series agains, and stays between two and four years and evades before completing the 5ª série. Beside it was verified that the psychologists are not the only agent that guides the students to the special class. There are cases of physicians and social assistants doing that. The identification of the mentaly handcapped student does not only follow the who classficatication, considered the official one. There is a number of significative written reports of the students evaluation that does guidt bear the identification the professional in charge. There is no education written report of the students that were guided to the psychological evaluation as present in the official orientation. The most evidence is the lack of students data. There is no standardized organization of the documents and there are no commom criterions to select the most important piece of information. The datas reaffirm the condition of segregation, stigmatization and prejudice against special class and contradict the basic principles of Special Education: individualization, integration and standardization. The conclusion is that institutional practices (pedagogical as well as physicological) are permeated of subjectivity, mainly in the identification of mentally handicapped students. Since one is identified as a special student, the opportunity to return to his common condition is reduced. There is a student effort to stay in the school, supported by the age that the students leave the school in the special class or after his/her return in the common class. Concluding, the absence of information registration about students show that there is a man and society vision founded in the liberal idealsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmaral, Ligia AssumpcaoAmaral, Tatiana Platzer do1998-04-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-18022013-090812/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-18022013-090812Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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