A mortalidade na infância no Município de Franca-SP nos anos de 1968/70 e 2002
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-13022007-090754/ |
Resumo: | A saúde das crianças menores de 5 anos é um dos problemas mais críticos que se enfrenta na Região das Américas. A mortalidade na infância é ainda um grande desafio para a maioria das regiões do nosso País. Este estudo tem como objetivo analisar a mortalidade na infância no município de Franca no ano de 2002,comparando-a com os dados obtidos no município na Investigação de 1968/70. Foram estudados 76 óbitos de crianças menores de 5 anos, ocorridos no município de Franca no período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2002, residentes na zona urbana, excluindo os óbitos ocorridos fora do município ou do Estado, utilizando as informações das declarações de óbito, do Sistema de Informação de Mortalidade, do Sistema de Informação de Nascimentos da Vigilância Epidemiológica, e do Comitê de Mortalidade Infantil, da Secretaria Municipal de Saúde de Franca e dos inquéritos domiciliares. As variáveis estudadas foram idade, sexo, causas básicas e associadas de óbito, peso ao nascer, tipo de parto, fatores biológicos associados como (idade materna, duração da gestação e tipo de gestação), assistência médica, necropsias, local de ocorrência da morte e alguns fatores sócio-econômicos como, grau de instrução e ocupação da mãe. O processamento dos dados foi efetuado pelo programa Epi-info 6 e planilha Excel 2000. As análises foram feitas através da distribuição dos óbitos segundo as diferentes variáveis e dos coeficientes dos óbitos por idade, causas básicas e associadas, sexo, tipo de parto e peso ao nascer. O coeficiente de mortalidade na infância decresceu de 19,40/mil Hab. em 1968/70 para 2,83/mil Hab.em 2002, assim como o CMI de 71,5/mil NV para 12,71/mil NV.Ambos os componentes da mortalidade infantil: o neonatal (36,9/mil NV para 10,69/mil NV) e o pós-neonatal (34,6/mil NV para 2,02/mil NV), foram reduzidos, embora o componente de maior redução tenha sido o pós-neonatal. A maioria dos óbitos infantis ocorreu no período neonatal, principalmente no neonatal precoce, nas crianças com menos de 37 semanas (73,02%), em crianças com baixo peso ao nascer (77,7%), do sexo masculino (57,14%) e que nasceram através de parto normal (61,90%). A mortalidade no período de 1 à 4 anos esteve relacionada com escolaridade inferior a 7 anos de estudo (69,23%) e renda inferior a 2 salários mínimos (76,93%). Em 2002 os 2 principais grupos de causas básicas foram as afecções perinatais e as más formações congênitas. Já em 1968/70 os 2 principais grupos foram as doenças infecciosas e as afecções perinatais. As afecções perinatais que ocupavam o 2o. lugar como causa básica 24,0/mil NV) e associada (40,3/mil NV) de morte de menores de 1 ano em 1968/70, passa a ocupar o 1o. lugar como causa básica (8,8/mil NV) e associadas (16,34/mil NV), mostrando coeficientes bem menores em 2002. Apesar do decréscimo no coeficiente por doenças respiratórias de 7,9/mil NV para 1,01/mil NV estas continuam a ocupar o 3o. lugar como causa básica, tanto dos óbitos infantis (1,01/mil NV), quanto nos óbitos de 1 a 4 anos (0,046/mil NV). As causas principais no período de 1 a 4 anos, foram as doenças do sistema nervoso e causas externas, bem diferente de 1968/70, onde eram as doenças infecciosas e parasitárias e as deficiências nutricionais. Constatou-se também que a prematuridade e os transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal foram as causas associadas mais freqüentes dos óbitos infantis (82,92%). As doenças infecciosas e parasitárias que em 1968/70 ocupavam o 1o.lugar em causa de morte infantil (28,3/mil NV), passam a não ocorrer como causa básica e, como associada é mínima (0,61/mil NV), vale ainda ressaltar que não ocorreu nenhum caso de diarréia, sarampo ou deficiências nutricionais como causa básica. Esta análise indica que a redução do CMI se deve principalmente às custas da queda da mortalidade pós-neonatal, com resultados apontando a importância do baixo peso ao nascer e da prematuridade, como os maiores determinantes da mortalidade infantil. |
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A mortalidade na infância no Município de Franca-SP nos anos de 1968/70 e 2002Child Mortality in Franca-SP in the years of 1968-70 and 2002childcoeficientesinfânciainfantinfantilmortalidademortalityratesA saúde das crianças menores de 5 anos é um dos problemas mais críticos que se enfrenta na Região das Américas. A mortalidade na infância é ainda um grande desafio para a maioria das regiões do nosso País. Este estudo tem como objetivo analisar a mortalidade na infância no município de Franca no ano de 2002,comparando-a com os dados obtidos no município na Investigação de 1968/70. Foram estudados 76 óbitos de crianças menores de 5 anos, ocorridos no município de Franca no período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2002, residentes na zona urbana, excluindo os óbitos ocorridos fora do município ou do Estado, utilizando as informações das declarações de óbito, do Sistema de Informação de Mortalidade, do Sistema de Informação de Nascimentos da Vigilância Epidemiológica, e do Comitê de Mortalidade Infantil, da Secretaria Municipal de Saúde de Franca e dos inquéritos domiciliares. As variáveis estudadas foram idade, sexo, causas básicas e associadas de óbito, peso ao nascer, tipo de parto, fatores biológicos associados como (idade materna, duração da gestação e tipo de gestação), assistência médica, necropsias, local de ocorrência da morte e alguns fatores sócio-econômicos como, grau de instrução e ocupação da mãe. O processamento dos dados foi efetuado pelo programa Epi-info 6 e planilha Excel 2000. As análises foram feitas através da distribuição dos óbitos segundo as diferentes variáveis e dos coeficientes dos óbitos por idade, causas básicas e associadas, sexo, tipo de parto e peso ao nascer. O coeficiente de mortalidade na infância decresceu de 19,40/mil Hab. em 1968/70 para 2,83/mil Hab.em 2002, assim como o CMI de 71,5/mil NV para 12,71/mil NV.Ambos os componentes da mortalidade infantil: o neonatal (36,9/mil NV para 10,69/mil NV) e o pós-neonatal (34,6/mil NV para 2,02/mil NV), foram reduzidos, embora o componente de maior redução tenha sido o pós-neonatal. A maioria dos óbitos infantis ocorreu no período neonatal, principalmente no neonatal precoce, nas crianças com menos de 37 semanas (73,02%), em crianças com baixo peso ao nascer (77,7%), do sexo masculino (57,14%) e que nasceram através de parto normal (61,90%). A mortalidade no período de 1 à 4 anos esteve relacionada com escolaridade inferior a 7 anos de estudo (69,23%) e renda inferior a 2 salários mínimos (76,93%). Em 2002 os 2 principais grupos de causas básicas foram as afecções perinatais e as más formações congênitas. Já em 1968/70 os 2 principais grupos foram as doenças infecciosas e as afecções perinatais. As afecções perinatais que ocupavam o 2o. lugar como causa básica 24,0/mil NV) e associada (40,3/mil NV) de morte de menores de 1 ano em 1968/70, passa a ocupar o 1o. lugar como causa básica (8,8/mil NV) e associadas (16,34/mil NV), mostrando coeficientes bem menores em 2002. Apesar do decréscimo no coeficiente por doenças respiratórias de 7,9/mil NV para 1,01/mil NV estas continuam a ocupar o 3o. lugar como causa básica, tanto dos óbitos infantis (1,01/mil NV), quanto nos óbitos de 1 a 4 anos (0,046/mil NV). As causas principais no período de 1 a 4 anos, foram as doenças do sistema nervoso e causas externas, bem diferente de 1968/70, onde eram as doenças infecciosas e parasitárias e as deficiências nutricionais. Constatou-se também que a prematuridade e os transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal foram as causas associadas mais freqüentes dos óbitos infantis (82,92%). As doenças infecciosas e parasitárias que em 1968/70 ocupavam o 1o.lugar em causa de morte infantil (28,3/mil NV), passam a não ocorrer como causa básica e, como associada é mínima (0,61/mil NV), vale ainda ressaltar que não ocorreu nenhum caso de diarréia, sarampo ou deficiências nutricionais como causa básica. Esta análise indica que a redução do CMI se deve principalmente às custas da queda da mortalidade pós-neonatal, com resultados apontando a importância do baixo peso ao nascer e da prematuridade, como os maiores determinantes da mortalidade infantil.The health of children younger than 5 years old is one of the most critical problems faced in the American region. Child mortality is still a challenge for the majority of the Brazilian regions. This study aimed to analyze child mortality in the City of Franca-Brazil in the year of 2002, comparing it with the data obtained in the citys inquiry of 1968/70. 76 cases of deaths in children younger than 5 years of age were studied. They happened in Franca, from January 1st to December 31st of the year 2002, with residents of the urban zone, excluding deaths occurred outside the city or the state, using the informations on the declarations of death, the System of Information of Mortality, the System of Information of Births of the Monitoring Epidemiologist, the Committee of Infant Mortality, the Municipal Department of health of Franca, complementary examinations and inquiries domiciliary were also used. The variables studied were age, sex, basic and associated causes of death, weight at birth, type of childbirth, associate biological factors (such as mother age, duration of the gestation and kind of gestation), medical assistance, autopsies, the place the death occurred and some partner-economic factors such as degree of mother instruction and occupation. Data processing was done with the programs Epiinfo 6 and Excel 2000. The analysis was made by the distribution of deaths according to the different variables and coefficients of death by age, basic and associated causes of death, sex, type of childbirth and weight at birth. The rates of child mortality decreased from 19,40 hab. in 1968/70 to 2,83 hab. in 2002, as well as the CMI from 71,5 NV to 12,71 NV. Both components of infant mortality neonatal (36,9 NV to 10,69 NV) and post neonatal (34,6 NV to 2,02 NV) were reduced, although the component of highestreduction was the post neonatal.Most infant deaths happened during the neonatal period, mainly in the precocious neonatal, in children with less than 37 weeks (73,02%), with low weight at rising (77,7%), of masculine sex (57,14%) and who had been born through normal childbirth (61,90%). Mortality in the period between 1 and 4 years of age was related to mother schooling inferior to 7 years of study (69,23%) and income smaller than 2 minimum wages (76,93%). The 2 main groups of basic causes were the perinatal causes and congenital malformations. However, in 1968/70, the two main groups had been the infectious diseases and the perinatal causes. The perinatal causes, which stood in second place (24,0 NV) as a basic and associated cause (40,3 NV) of death in infants younger than 1 year old in 1968/70, now reached first place (8,8 NV), although it´s coefficient is much smaller in 2002. Despite the decrease in the rates for respiratory causes from 7,9 NV to 1,01 NV, they still occupy third place in basic cause, in both infant deaths (1,01 NV) and deaths of children aging between 1 and 4 years (0,046 NV). The main causes in the period of 1 to 4 years are the nervous system causes and external causes, well different of 1968/70, where they were the infectious and parasitic illnesses and the nutritious deficiencies. It was also evidenced that the prematurity and specific respiratory and cardiovascular upheavals of the perinatal period had been the most frequent associated causes of infant deaths (82,92%). The infectious and parasitic causes, which, in 1968/70, occupied the first place in infant mortality cause (28,3/mil NV), no longer occur as basic causes and, are minimum as associated causes (0,61/mil NV). It is important to stand out that there were no cases of diarrhea, measles or nutritious deficiencies as basic causes. This analysis indicates that the reduction of the CMI is mainly due to the decrease of post neonatal mortality, with results point the importance of low weight at birth and the prematurity, as the biggest causes of infant mortality.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGomes, Uilho AntonioVianna, Jacqueline Rodrigues de Freitas2004-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-13022007-090754/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-22T11:20:02Zoai:teses.usp.br:tde-13022007-090754Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-22T11:20:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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