Prevalência de anemia em gestantes atendidas em uma maternidade social: antes e após a fortificação das farinhas com ferro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Adriana Uehara
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7132/tde-22062009-124452/
Resumo: Introdução: a anemia ferropriva na gestação caracteriza-se como um importante problema de Saúde Pública. A partir de junho de 2004, o governo brasileiro tornou obrigatória a fortificação das farinhas com ferro, atendendo às recomendações internacionais e com intuito de minimizar a anemia na população em geral. Objetivo: estudar a prevalência de anemia em gestantes atendidas em um serviço de pré-natal de uma maternidade social da cidade de São Paulo, antes e após a fortificação das farinhas com ferro. Método: estudo transversal retrospectivo com dados coletados de prontuários de atendimento de pré-natal de 2003 (Grupo Não Fortificado) e 2006 (Grupo Fortificado), de janeiro a maio de 2008. Das 931 gestantes selecionadas, 458 eram do Grupo Não Fortificado (Grupo NF) e 473 do Grupo Fortificado (Grupo F). A anemia foi definida pela concentração de hemoglobina (Hb) menor do que 11g/dL, segundo o critério da Organização Mundial da Saúde. Os dados foram armazenados em duas planilhas de Excel Microsoft 2003 e analisados pelos softwares EpiInfo for Windows e Statistical Package for Social Sciences 16.0. Para o tratamento estatístico, foram utilizados o teste do Qui-quadrado para as comparações entre as variáveis dos dois grupos estudados e a associação da anemia e as suas variáveis relacionadas; e a análise de variância, para a comparação entre as médias da concentração de Hb. O nível de significância adotado foi de 5% (p=0,05). Resultados: dentre aquelas variáveis que se apresentaram semelhantes em ambos os grupos, observou-se que a média da idade das gestantes foi 24 anos, um pouco mais de metade delas vivia com companheiro, menos de 40% exerciam ocupação remunerada. Houve diferença estatística significativa no nível de escolaridade (p<0,001) e na inserção precoce no cuidado de pré-natal (p<0,001), em 2006 (Grupo F). A prevalência de anemia no Grupo NF foi de 29,5% e no Grupo F, 20,9%, diferença estatística significativa (p=0,003). Em relação à época da coleta do exame de Hb, os grupos apresentaram diferença estatística significativa (p<0,001), 42,5% das gestantes do Grupo F e somente 15,9% do Grupo NF realizaram a coleta no primeiro trimestre da gestação, o que provavelmente corroborou para a diminuição de prevalência de anemia do Grupo F, além de melhor escolaridade e início precoce da assistência de pré-natal. A análise de variância mostrou que as médias de Hb não apresentaram diferença estatística significativa (p>0,05), constatando que, aparentemente, não houve efeito da fortificação na concentração de Hb entre os grupos estudados. Conclusão: a prevalência de anemia foi menor no grupo fortificado, mas não foi possível comprovar o efeito da fortificação nos níveis da concentração de hemoglobina das gestantes estudadas
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Método: estudo transversal retrospectivo com dados coletados de prontuários de atendimento de pré-natal de 2003 (Grupo Não Fortificado) e 2006 (Grupo Fortificado), de janeiro a maio de 2008. Das 931 gestantes selecionadas, 458 eram do Grupo Não Fortificado (Grupo NF) e 473 do Grupo Fortificado (Grupo F). A anemia foi definida pela concentração de hemoglobina (Hb) menor do que 11g/dL, segundo o critério da Organização Mundial da Saúde. Os dados foram armazenados em duas planilhas de Excel Microsoft 2003 e analisados pelos softwares EpiInfo for Windows e Statistical Package for Social Sciences 16.0. Para o tratamento estatístico, foram utilizados o teste do Qui-quadrado para as comparações entre as variáveis dos dois grupos estudados e a associação da anemia e as suas variáveis relacionadas; e a análise de variância, para a comparação entre as médias da concentração de Hb. O nível de significância adotado foi de 5% (p=0,05). Resultados: dentre aquelas variáveis que se apresentaram semelhantes em ambos os grupos, observou-se que a média da idade das gestantes foi 24 anos, um pouco mais de metade delas vivia com companheiro, menos de 40% exerciam ocupação remunerada. Houve diferença estatística significativa no nível de escolaridade (p<0,001) e na inserção precoce no cuidado de pré-natal (p<0,001), em 2006 (Grupo F). A prevalência de anemia no Grupo NF foi de 29,5% e no Grupo F, 20,9%, diferença estatística significativa (p=0,003). Em relação à época da coleta do exame de Hb, os grupos apresentaram diferença estatística significativa (p<0,001), 42,5% das gestantes do Grupo F e somente 15,9% do Grupo NF realizaram a coleta no primeiro trimestre da gestação, o que provavelmente corroborou para a diminuição de prevalência de anemia do Grupo F, além de melhor escolaridade e início precoce da assistência de pré-natal. A análise de variância mostrou que as médias de Hb não apresentaram diferença estatística significativa (p>0,05), constatando que, aparentemente, não houve efeito da fortificação na concentração de Hb entre os grupos estudados. Conclusão: a prevalência de anemia foi menor no grupo fortificado, mas não foi possível comprovar o efeito da fortificação nos níveis da concentração de hemoglobina das gestantes estudadasIntroduction: iron deficiency anemia during pregnancy is characterized as a major public health problem. Since June 2004, the Brazilian government established that flour was fortified with iron following the international recommendations in order to minimize the anemia in the general population. Objective: To study the prevalence of anemia in pregnant women in an antenatal care service in the city of São Paulo, before and after fortification of flour with iron. Method: A cross sectional study with retrospective data collection from medical records of pregnant women attended in an antenatal care service in 2003 (non-fortified group) and 2006 (fortified group). Data were collected from January to May, 2008. The sample was composed by 931 pregnant women, 458 women were from non-fortified group (Group NF) and the other 473 from fortified group (Group F). It was adopted the anemia definition of World Health Organization, hemoglobin concentration (Hb) < 11g/dl. Data were storaged in two Microsoft Excel spreadsheets, 2003 and analysed by Epi Info and Statistical Package for Social Science 16.0. For statistical treatment it was used the Chi-square test for comparisons between variables of two groups and the association of anemia and its related variables, and analysis of variance for comparison between the average concentration of Hb. The significance level was 5% (p = 0.05). Results: Among those variables that showed similar in both groups, it was observed that the average age of women was 24 years, just over half of them lived with a partner, and less than 40% had paid occupation. The difference was statistically significant higher level of education (p <0001) and greater proportion of women with early inclusion in prenatal care (p <0001) in 2006 (Group F). The prevalence of anemia in the Group NF was 29.5% and in Group F was 20.9%, statistically significant difference (p = 0003). Regarding the time of blood collection to verify the Hb, the groups showed statistically significant difference (p <0001), with 42.5% of pregnant women in Group F and only 15.9% of Group NF performed the collection in the first trimester of pregnancy, which probably confirmed for the lower prevalence of anemia in Group F, in addition to better education and early pre-natal. The analysis of variance showed that the mean Hb do not show a statistically significant difference (p> 0.05), noting that, apparently, there was no effect of fortification on the concentration of Hb between the groups. Conclusion: The prevalence of anemia was lower in the fortified group, but was unable to demonstrate the effect of fortification on hemoglobin levels in pregnant women who were recruited in the studyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTsunechiro, Maria AliceSantos, Adriana Uehara2009-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7132/tde-22062009-124452/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-22062009-124452Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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