A questão da língua na revista Tropiques
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-12012023-104315/ |
Resumo: | O presente trabalho analisa três revistas das Antilhas de expressão francesa: La Revue Indigène (1927-1928), do Haiti; La Revue du Monde Noir (1931-1932), surgida nos círculos parisienses de estudantes emigrados; e a revista Tropiques(1941-1945), da Martinica, considerada a mais representativa das Antilhas na primeira metade do século XX. Seu núcleo é a questão da língua, dada a particular situação lingüística existente nas ilhas antilhanas de expressão francesa, onde ahegemonia do francês sobre o créole tem sido um dos aspectos mais polêmicos entre os debatidos nas últimas décadas pelos intelectuais da região. As propostas de cada uma das publicações, assim como o grau de interesse que elas dão à língua e àcultura créole, são os pontos centrais deste trabalho. Foi dado maior ênfase à revista Tropiques pela riqueza temática, pela contribuição dos colaboradores, e pela postura polêmica que seu fundador, Aimé Césaire, adotou em relação ao créole. Aanálise das revistas estudadas foi feita tanto do ponto de vista histórico quanto do conteúdo. A divisão do trabalho em aspectos bem delimitados (histórico da publicação, colaboradores, eixos estruturadores, a questão da língua créole) foirealizada unicamente nos casos em que a organização interna da revista, assim como as idéias recorrentes em cada uma delas ofereceram tal possibilidade. No caso de Tropiques as divisões formam bem definidas, já que o conjunto, apesar da grandecomplexidade, é bem estruturado. Analisar a questão lingüística no momento da publicação das revistas implicou remanejar termos usados pela etnografia de um século atrás, com o interesse de contextualizar a análise, assim como levar emconsideração o momento em que a cultura créole começava a ser reconhecida e reivindicada. A possibilidade de olhar o créole com as ferramentas críticas que as teorias da créolité e da créolisation desenvolveram permite compreender melhor suaatual ) reivindicação como língua de prestígio, isto é, como língua hoje da criação literária |
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A questão da língua na revista TropiquesIndisponibleLa Revue du Monde NoirLa Revue du Monde NoirLa Revue IndigèneLa Revue IndigèneLangue françaiseLíngua francesaRevue TopiquesRevue TopiquesO presente trabalho analisa três revistas das Antilhas de expressão francesa: La Revue Indigène (1927-1928), do Haiti; La Revue du Monde Noir (1931-1932), surgida nos círculos parisienses de estudantes emigrados; e a revista Tropiques(1941-1945), da Martinica, considerada a mais representativa das Antilhas na primeira metade do século XX. Seu núcleo é a questão da língua, dada a particular situação lingüística existente nas ilhas antilhanas de expressão francesa, onde ahegemonia do francês sobre o créole tem sido um dos aspectos mais polêmicos entre os debatidos nas últimas décadas pelos intelectuais da região. As propostas de cada uma das publicações, assim como o grau de interesse que elas dão à língua e àcultura créole, são os pontos centrais deste trabalho. Foi dado maior ênfase à revista Tropiques pela riqueza temática, pela contribuição dos colaboradores, e pela postura polêmica que seu fundador, Aimé Césaire, adotou em relação ao créole. Aanálise das revistas estudadas foi feita tanto do ponto de vista histórico quanto do conteúdo. A divisão do trabalho em aspectos bem delimitados (histórico da publicação, colaboradores, eixos estruturadores, a questão da língua créole) foirealizada unicamente nos casos em que a organização interna da revista, assim como as idéias recorrentes em cada uma delas ofereceram tal possibilidade. No caso de Tropiques as divisões formam bem definidas, já que o conjunto, apesar da grandecomplexidade, é bem estruturado. Analisar a questão lingüística no momento da publicação das revistas implicou remanejar termos usados pela etnografia de um século atrás, com o interesse de contextualizar a análise, assim como levar emconsideração o momento em que a cultura créole começava a ser reconhecida e reivindicada. A possibilidade de olhar o créole com as ferramentas críticas que as teorias da créolité e da créolisation desenvolveram permite compreender melhor suaatual ) reivindicação como língua de prestígio, isto é, como língua hoje da criação literáriaCe travail étudie trois revues des Antilles d\'expression française: La Revue indigène(1927-1928), de Haiti; La Revue du Monde Noir (1931-1932), apparue dans les cercles parisiens d\'étudiants émigrés; et la revue Topiques (1941-1945), de laMartinique, considérée la plus représentative des Antilles dans la première partie du XX siècle. La question de la langue est centrale dans ce travail étant donnée la situation linguistique particulière aux Antilles d\'expression française, oùl\'hégémonie du français sur le créole a été l\'un des aspects les plus polémiques panni ceux débattus dans les dernières décennies par les intellectuals de la région. Les propositions de chacune des publications, ainsi que l\'intérêt qu\'ellesportent à la langue et à la culture créole sont centrales dans ce travail. La revue Tropiques a été privilégiée dans cette étude par sa richesse thématique, par la contribution des collaborateurs et par la position polémique que son fondateur,Aimé Césaire, a adoptée face au créole. L\'analyse des revues étudiées a été faite tant du point de vue historique que du contenu. La division du travail selon des aspects bien définis (historique de la publication, collaborateurs, axesstructurants, la question de la langue créole) a été faite seulement dans les cas où l\'organisation interne de la revue, ainsi que les idées récurrentes dans chacune d\'elles, a été possible. Dans le cas de Tropiques les divisions ont été biendéfinies puisque l\'ensemble, malgré sa grande complexité, est bien structure. Considérer la question linguistique au moment de leurs publications implique la reprise des termes employés par l\'ethnographie d\'il y a un siècle dans le but decontextualiser l\'analyse, ainsi que l\'approche d\'un moment où la culture créole commençait à être reconnue et revendiquée. La possibility de considérer le créole avec les outils critiques que les théories de la créolité et de la créolisationproposent (Continuer) permet de mieux comprendre sa revendication actuelle de langue de prestige, c\'est-à-dire, langue aujourd\'hui de la création littéraireBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDamato, Diva BarbaroMorejón Arnaiz, Idalia 2000-03-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-12012023-104315/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-01-12T12:47:31Zoai:teses.usp.br:tde-12012023-104315Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-01-12T12:47:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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