Substituição do milho moído fino por polpa cítrica e /ou farelo de glúten de milho em rações para bovinos terminados em confinamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moscardini, Mirella Colombo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-11032009-102302/
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP com o objetivo de estudar a substituição do milho moído fino pelos co-produtos farelo de glúten de milho e polpa cítrica peletizada em rações para bovinos terminados em confinamento. No Experimento 1 foram utilizados 88 machos cruzados (½ Braunvieh ¼ Angus ¼ Nelore) não castrados (407 kg), distribuídos em 24 baias por 57 dias. As rações continham 12% de bagaço de cana in natura e 88% de concentrado. Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (3) polpa cítrica peletizada (P); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG). O GPD e a EA dos animais não diferiram entre os tratamentos (P>0,05), porém houve efeito da fonte energética sobre a IMS, que foi maior para as rações com milho (P<0,05). Não foi observado efeito de fonte energética ou nível de farelo úmido de glúten de milho nos valores de ELm e ELg observados neste experimento (P>0,05), mas houve interação (P<0,05) com valores de energia mais altos para o tratamento PFUG em relação aos demais. No Experimento 2, foram utilizados 99 machos Nelore não castrados (348 kg), distribuídos em 20 baias por 85 dias. Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e polpa cítrica peletizada (MPC); (3) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG); (5) polpa cítrica peletizada e farelo seco de glúten de milho (PFSG). As rações continham de 5 a 11% de feno de gramínea como fonte de volumoso, formuladas para serem isoprotéicas. Não houve diferença (P>0,05) na IMS, GPD e EA para os tratamentos utilizados. A área de olho de lombo e espessura de gordura não foram afetadas pelos tratamentos, bem como as características qualitativas de carne (P>0,05). Acompanhando os resultados de desempenho, o valor energético das rações não diferiram entre si (P>0,05). Através dos resultados de ELm e ELg observados/esperados, concluiu-se que o milho brasileiro tem seu valor energético inferior ao milho descrito pelo NRC (1996). Os valores de energia do milho (ELm e ELg de 2,24 e 1,55 Mcal/kg) preditos através do amido fecal são semelhantes aos valores tabulados para o milho quebrado americano e superiores ao do milho moído. Com os resultados obtidos é possível afirmar que o farelo de glúten de milho e a polpa cítrica peletizada podem ser utilizados em substituição parcial ao milho moído fino e quando combinados, em substituição total ao milho moído fino em rações com altos teores de concentrado para bovinos em terminação, sem prejuízos ao desempenho e características de carcaça.
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Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (3) polpa cítrica peletizada (P); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG). O GPD e a EA dos animais não diferiram entre os tratamentos (P>0,05), porém houve efeito da fonte energética sobre a IMS, que foi maior para as rações com milho (P<0,05). Não foi observado efeito de fonte energética ou nível de farelo úmido de glúten de milho nos valores de ELm e ELg observados neste experimento (P>0,05), mas houve interação (P<0,05) com valores de energia mais altos para o tratamento PFUG em relação aos demais. No Experimento 2, foram utilizados 99 machos Nelore não castrados (348 kg), distribuídos em 20 baias por 85 dias. Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e polpa cítrica peletizada (MPC); (3) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG); (5) polpa cítrica peletizada e farelo seco de glúten de milho (PFSG). As rações continham de 5 a 11% de feno de gramínea como fonte de volumoso, formuladas para serem isoprotéicas. Não houve diferença (P>0,05) na IMS, GPD e EA para os tratamentos utilizados. A área de olho de lombo e espessura de gordura não foram afetadas pelos tratamentos, bem como as características qualitativas de carne (P>0,05). Acompanhando os resultados de desempenho, o valor energético das rações não diferiram entre si (P>0,05). Através dos resultados de ELm e ELg observados/esperados, concluiu-se que o milho brasileiro tem seu valor energético inferior ao milho descrito pelo NRC (1996). Os valores de energia do milho (ELm e ELg de 2,24 e 1,55 Mcal/kg) preditos através do amido fecal são semelhantes aos valores tabulados para o milho quebrado americano e superiores ao do milho moído. Com os resultados obtidos é possível afirmar que o farelo de glúten de milho e a polpa cítrica peletizada podem ser utilizados em substituição parcial ao milho moído fino e quando combinados, em substituição total ao milho moído fino em rações com altos teores de concentrado para bovinos em terminação, sem prejuízos ao desempenho e características de carcaça.Two experiments were conducted at ESALQ/USPs Animal Science Department to evaluate corn gluten feed and dry citrus pulp in substitution for fine ground corn in high concentrate diets for finishing feedlot cattle. In Experiment 1, 88 croosbred (½ Braunvieh ¼ Angus ¼ Nelore) bulls (BW = 407 kg) were kept in 24 pens for 57 days. The rations contained 12% sugarcane bagass and 88% concentrate. The treatments were: (1) fine ground corn (M); (2) fine ground corn and wet corn gluten feed (MFUG); (3) citrus pulp pellets (P); (4) citrus pulp pellets and wet corn gluten feed (PFUG). ADG and G:F ratio did not differ among treatments (P>0,05), but there was an energetic source effect on DMI, higher for corn based diets (P<0,05). No differences were observed for energy souce or corn gluten feed level for NEm and NEg on this experiment (P>0,05), but an interaction (P<0,05) was observed for PFUG wich had higher energy value then the other treatments. In Experiment 2, 99 Nelore bulls (BW = 348 kg) were kept in 20 pens for 85 days. The treatments were: (1) fine ground corn (M); (2) fine ground corn and citrus pulp pellets (MPC); (3) fine ground corn and wet corn gluten feed (MFUG); (4) citrus pulp pellets and wet corn gluten feed (PFUG); (5) citrus pulp pellets and dry corn gluten feed (PFSG). The diets had 5 to 11% grass hay and 89 to 95% concentrate. No differences (P>0,05) were observed for DMI, ADG and G:F ratio among treatments. Diets energy value showed no differences among treatments (P>0,05). Observed/expected NEm and NEg values led to the conclusion that brazilian corn grain has lower energy value than what NRC (1996) tables show. Corn energy values (NEm and NEg was 2,24 and 1,55 Mcal/kg) predicted from fecal starch were similar to american cracked corn and higher than ground corn. Wet corn gluten feed and citrus pulp can be used in substitution for fine ground corn, alone or in combination, in high concentrate finishing feedlot diets, without depressing animal performance and carcass charateristics.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Flavio Augusto PortelaMoscardini, Mirella Colombo2009-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-11032009-102302/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:58Zoai:teses.usp.br:tde-11032009-102302Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Foram conduzidos dois experimentos no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP com o objetivo de estudar a substituição do milho moído fino pelos co-produtos farelo de glúten de milho e polpa cítrica peletizada em rações para bovinos terminados em confinamento. No Experimento 1 foram utilizados 88 machos cruzados (½ Braunvieh ¼ Angus ¼ Nelore) não castrados (407 kg), distribuídos em 24 baias por 57 dias. As rações continham 12% de bagaço de cana in natura e 88% de concentrado. Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (3) polpa cítrica peletizada (P); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG). O GPD e a EA dos animais não diferiram entre os tratamentos (P>0,05), porém houve efeito da fonte energética sobre a IMS, que foi maior para as rações com milho (P<0,05). Não foi observado efeito de fonte energética ou nível de farelo úmido de glúten de milho nos valores de ELm e ELg observados neste experimento (P>0,05), mas houve interação (P<0,05) com valores de energia mais altos para o tratamento PFUG em relação aos demais. No Experimento 2, foram utilizados 99 machos Nelore não castrados (348 kg), distribuídos em 20 baias por 85 dias. Os tratamentos foram: (1) milho moído fino (M); (2) milho moído fino e polpa cítrica peletizada (MPC); (3) milho moído fino e farelo úmido de glúten de milho (MFUG); (4) polpa cítrica peletizada e farelo úmido de glúten de milho (PFUG); (5) polpa cítrica peletizada e farelo seco de glúten de milho (PFSG). As rações continham de 5 a 11% de feno de gramínea como fonte de volumoso, formuladas para serem isoprotéicas. Não houve diferença (P>0,05) na IMS, GPD e EA para os tratamentos utilizados. A área de olho de lombo e espessura de gordura não foram afetadas pelos tratamentos, bem como as características qualitativas de carne (P>0,05). Acompanhando os resultados de desempenho, o valor energético das rações não diferiram entre si (P>0,05). Através dos resultados de ELm e ELg observados/esperados, concluiu-se que o milho brasileiro tem seu valor energético inferior ao milho descrito pelo NRC (1996). Os valores de energia do milho (ELm e ELg de 2,24 e 1,55 Mcal/kg) preditos através do amido fecal são semelhantes aos valores tabulados para o milho quebrado americano e superiores ao do milho moído. Com os resultados obtidos é possível afirmar que o farelo de glúten de milho e a polpa cítrica peletizada podem ser utilizados em substituição parcial ao milho moído fino e quando combinados, em substituição total ao milho moído fino em rações com altos teores de concentrado para bovinos em terminação, sem prejuízos ao desempenho e características de carcaça.
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