Análise da microarquitetura do sono (padrão alternante cíclico) na polissonografia de crianças com enurese noturna monossintomática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-24022016-161641/ |
Resumo: | Introdução: A enurese noturna (EN) é considerada como a eliminação de urina no período noturno, de forma involuntária, em indivíduos com cinco ou mais anos de idade em pelo menos duas noites no mês até todas as noites. EN pode ser do tipo monossintomática, quando ocorre na ausência de outros sintomas, ou não monossintomática, na presença de sintomas de vesicais diurnos. Apesar de historicamente conhecida com uma desordem psiquiátrica, a EN monossintomática está incluída na Classificação Internacional dos Transtornos de 2012 como uma parassonia podendo ocorrer em qualquer fase do sono, porém predominantemente no sono não REM. Está comumente associada a hiperatividade vesical, produção excessiva de urina e falha em acordar após o enchimento vesical. Apesar de ocorrer no sono, a avaliação do sono pelos padrões usuais falhou em encontrar justificativa para este processo patológico. A análise da microestrutura do sono é uma ferramenta mais refinada e precisa que pode auxiliar na busca do mecanismo neurofisiológico que justifica este processo. Objetivo: Analisar os padrões de microarquitetura de sono atrvés do Padrão alternante Cíclico (CAP) nas crianças com EN monossintomática para melhor compreensão das bases neurofisiológicas da EN. Metodologia: Trinta e seis crianças sendo, 22 enuréticos e 14 controles com idade variando entre sete e 17 anos de idade, que satisfizeram os critérios de inclusão, foram submetidas a triagem clínica e laboratorial, avaliados quanto aos aspectos do sono, com uso de diários de sono, das escalas de Berlin, Sleep Scale for Children (SDSC) e Escala de Sonolência de Epworth e posteriormente submetidos ao de estudo polissonográfico completo de noite inteira, com a avaliação do CAP. Resultados: As escalas de sonolência e de Berlin não evidenciaram anormalidades, o SDSC evidenciou apneia em 11/22 (50%), hiperidrose em 2/22 (9%) e transtorno da transição vigília-sono, do despertar e do início e manutenção de sono em 1/22 (4,5%) cada. A análise da estrutura do sono mostrou maiores números de despertares (p < 0,001) e de sono N2 (p=0,0025) além de maior quantidade de sono N3 (p < 0,0001) do que nos controles. A microestrutura do sono evidenciou aumento da fase A1 (p=0,05), porém de forma mais contundente, redução das fases A2 e A3 (p < 0,0001), mesmo com a taxa de CAP igual à dos controles normais.Conclusão: Crianças com EN possuem sono com comorbidades (avaliado pelo SDSC) e menos fases CAP A2 e A3, significando uma redução no seu mecanismo de despertar e que ainda não havia sido demonstrado num estudo de PSG com análise das variáveis comuns. Este é o primeiro estudo que demonstra tal fenômeno |
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Análise da microarquitetura do sono (padrão alternante cíclico) na polissonografia de crianças com enurese noturna monossintomáticaSleep microstructure analysis (Cyclic Alternating Pattern) in children with monosymptomatic nocturnal enuresisChildCriançaCyclic alternating patternEnurese noturna monossintomáticaInstabilidade do sonoMonosymptomatic nocturnal enuresisPadrão alternante cíclicoSleep instabilityIntrodução: A enurese noturna (EN) é considerada como a eliminação de urina no período noturno, de forma involuntária, em indivíduos com cinco ou mais anos de idade em pelo menos duas noites no mês até todas as noites. EN pode ser do tipo monossintomática, quando ocorre na ausência de outros sintomas, ou não monossintomática, na presença de sintomas de vesicais diurnos. Apesar de historicamente conhecida com uma desordem psiquiátrica, a EN monossintomática está incluída na Classificação Internacional dos Transtornos de 2012 como uma parassonia podendo ocorrer em qualquer fase do sono, porém predominantemente no sono não REM. Está comumente associada a hiperatividade vesical, produção excessiva de urina e falha em acordar após o enchimento vesical. Apesar de ocorrer no sono, a avaliação do sono pelos padrões usuais falhou em encontrar justificativa para este processo patológico. A análise da microestrutura do sono é uma ferramenta mais refinada e precisa que pode auxiliar na busca do mecanismo neurofisiológico que justifica este processo. Objetivo: Analisar os padrões de microarquitetura de sono atrvés do Padrão alternante Cíclico (CAP) nas crianças com EN monossintomática para melhor compreensão das bases neurofisiológicas da EN. Metodologia: Trinta e seis crianças sendo, 22 enuréticos e 14 controles com idade variando entre sete e 17 anos de idade, que satisfizeram os critérios de inclusão, foram submetidas a triagem clínica e laboratorial, avaliados quanto aos aspectos do sono, com uso de diários de sono, das escalas de Berlin, Sleep Scale for Children (SDSC) e Escala de Sonolência de Epworth e posteriormente submetidos ao de estudo polissonográfico completo de noite inteira, com a avaliação do CAP. Resultados: As escalas de sonolência e de Berlin não evidenciaram anormalidades, o SDSC evidenciou apneia em 11/22 (50%), hiperidrose em 2/22 (9%) e transtorno da transição vigília-sono, do despertar e do início e manutenção de sono em 1/22 (4,5%) cada. A análise da estrutura do sono mostrou maiores números de despertares (p < 0,001) e de sono N2 (p=0,0025) além de maior quantidade de sono N3 (p < 0,0001) do que nos controles. A microestrutura do sono evidenciou aumento da fase A1 (p=0,05), porém de forma mais contundente, redução das fases A2 e A3 (p < 0,0001), mesmo com a taxa de CAP igual à dos controles normais.Conclusão: Crianças com EN possuem sono com comorbidades (avaliado pelo SDSC) e menos fases CAP A2 e A3, significando uma redução no seu mecanismo de despertar e que ainda não havia sido demonstrado num estudo de PSG com análise das variáveis comuns. Este é o primeiro estudo que demonstra tal fenômenoIntroduction: Nocturnal enuresis (NE) is defined as the lack of nocturnal urine control, in individuals with five or more years old for at least two nights in a month, but up to every night. EN can be monosymptomatic (ENM), when it occurs in the absence of other symptoms or non monosymptomatic in the presence of diurnal renal symptoms. Although historically known as a psychiatric disorder, ENM is included in the International Classification of Sleep Disorders 2012 as a parasomnia. It can occur at any sleep stage but predominantly in non-REM sleep. EN is commonly associated to bladder hyperactivity, excessive urine production and/or failure to wake up after bladder filling. Despite the occurrence in sleep, standard sleep evaluation has failed to find abnormalities. The analysis of sleep microstructure is a refined and more accurate tool that can help find the neurophysiological mechanism underlying this process. Purpose: To evaluate sleep microarchitecture through Clyclic Altenating Pattern (CAP) analysis in children with monosymptomatic NE and provide a better understanding of the neurophysiological basis of EN. Methods: After IRB approval, 36 children, 22 with NE and 14 controls aged between seven and 17 years old who met the inclusion criteria were submitted to clinical and laboratory screening, evaluated for aspects of sleep, using sleep logs, Berlin Questionnaire (BQ), Sleep Scale for Children (SDSC) and Epworth Sleepiness Scale (ESS) and submitted to a full polysomnographic study, with evaluation of CAP. Results: ESS and BQ evidenced no abnormalities, the SDSC showed mild sleep apnea in 11/22 (50%), hyperhidrosis in 2/22 (9%) and disorder of the sleep-wake transition, awakening and initiation and maintenance sleep in 1/22 (4.5%) each. Analysis of sleep macrostructure showed higher numbers of awakenings (p < 0.001) and N2 sleep (p = 0.0025) as well as greater amount of sleep N3 (p < 0.0001) when compared to controls. Sleep microstructure showed an increase in A1 phase (p = 0.05), and reduction of A2 and A3 (p < 0.0001). CAP rate was the same for both enuretic and controls. Conclusion: Children with EN may present sleep comorbidities (measured by SDSC) and less A2 and A3 CAP phases, meaning a reduction in its wake regulation. This is the first study to acknowledge this phenomenonBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Rosana Souza CardosoSoster, Leticia Maria Santoro Franco Azevedo2015-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-24022016-161641/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-02T20:03:01Zoai:teses.usp.br:tde-24022016-161641Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-02T20:03:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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