Engenharia de septinas: quimeras envolvendo o C-terminal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mamani, Eloy Condori
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-14022023-110706/
Resumo: As septinas são proteínas citoesqueléticas que participam de muitos processos celulares e são encontradas em diversos eucariotos. Uma propriedade importante das subunidades de septinas é sua capacidade de interagir entre si formando heterocomplexos, os quais se polimerizam em filamentos funcionais. As septinas possuem três domínios estruturais, o domínio N-terminal variável; o domínio G ou domínio de ligação ao nucleotídeo altamente conservado; e o domínio C-terminal, de tamanho variável. Estudos já mostraram que o domínio G das septinas é necessário e suficiente para a formação e polimerização dos heterocomplexos, mas regiões além do domínio G podem ser determinantes para a escolha da septina parceira. Assim, neste trabalho foram produzidas septinas humanas quiméricas na tentativa de avaliar a importância do domínio C-terminal na seleção de parceiros para interação septina-septina. Partindo das interações observadas no modelo hexamérico canônico de septinas 2-6-7-7-6-2, foram construídas proteínas quiméricas pela fusão das regiões codificantes do domínio G de SEPT9 (que não participa do hexâmero) com a região C-terminal de SEPT7. Inicialmente, duas versões quiméricas foram produzidas, sendo que ambas foram capazes de interagir com SEPT2GSEPT6 formando um complexo 2-6-9/7. Análises por SEC-MALS de complexos sugerem que hexâmeros quiméricos podem ser formados, mas experimentos adicionais ainda são necessários. Para ampliar o entendimento das interfaces de interação, realizou-se uma modelagem do complexo formado entre a quimera e SEPT6. Esta análise permitiu identificar resíduos importantes na interface do coiled-coil heterodimérico formado entre os C-terminais, os quais aumentam a área de contato e proporcionam maior estabilidade ao complexo. Além disso, considerando a formação de um hexâmero, novas interfaces potenciais também foram modeladas e avaliadas. Em conjunto, os resultados mostraram que é possível substituir SEPT7 por SEPT9 no complexo 2-6-7, apenas pela inclusão do domínio C-terminal de SEPT7 no domínio G de SEPT9. Ainda, a formação dos complexos quiméricos amplia a importância da região C-terminal para a correta seletividade da septina parceira.
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Assim, neste trabalho foram produzidas septinas humanas quiméricas na tentativa de avaliar a importância do domínio C-terminal na seleção de parceiros para interação septina-septina. Partindo das interações observadas no modelo hexamérico canônico de septinas 2-6-7-7-6-2, foram construídas proteínas quiméricas pela fusão das regiões codificantes do domínio G de SEPT9 (que não participa do hexâmero) com a região C-terminal de SEPT7. Inicialmente, duas versões quiméricas foram produzidas, sendo que ambas foram capazes de interagir com SEPT2GSEPT6 formando um complexo 2-6-9/7. Análises por SEC-MALS de complexos sugerem que hexâmeros quiméricos podem ser formados, mas experimentos adicionais ainda são necessários. Para ampliar o entendimento das interfaces de interação, realizou-se uma modelagem do complexo formado entre a quimera e SEPT6. 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Septins have three structural domains, the N-terminal variable domain; the highly conserved G domain or nucleotide binding domain; and the C-terminal domain, of variable length. Studies have already shown that the G domain of septins is necessary and sufficient for the formation and polymerization of heterocomplexes, but regions beyond the G domain can be decisive for the choice of the septin partner. Thus, in this work chimeric human septins were produced in an attempt to assess the importance of the C-terminal domain in the selection of partners for septinseptin interaction. Based on the interactions observed in the canonical hexamer model of septins 2-6-7-7-6-2, chimeric proteins were constructed by fusing the coding regions for the G domain of SEPT9 (which does not participate in the hexamer) with the C-terminal region of SEPT7. Initially, two chimeric versions were produced, both of which were able to interact with SEPT2G-SEPT6 forming a 2-6-9/7 complex. SEC-MALS analyzes of complexes suggest that chimeric hexamers can be formed, but further experiments are still needed. To broaden the understanding of the interaction interfaces, a modeling of the complex formed between the chimera and SEPT6 was carried out. This analysis allowed us to identify important residues in the heterodimeric coiled-coil interface formed between the C-terminals, which increase the contact area and provide greater stability to the complex. Furthermore, considering the formation of a hexamer, new potential interfaces were also modeled and evaluated. Taken together, the results showed that it is possible to replace SEPT7 with SEPT9 in the 2-6-7 complex, just by including the C-terminal domain of SEPT7 in the G domain of SEPT9. Furthermore, the formation of chimeric complexes increases the importance of the C-terminal region for the correct selectivity of the partner septin.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAraujo, Ana Paula Ulian deMamani, Eloy Condori2022-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-14022023-110706/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-22T23:47:03Zoai:teses.usp.br:tde-14022023-110706Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-22T23:47:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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