Degradação por radiação de resíduos biológicos (aflatoxinas) produzidos em laboratório de alimentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rogovschi, Vladimir Dias
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-07122009-143739/
Resumo: Muitos fungos filamentosos podem produzir metabólitos secundários, denominados micotoxinas, podendo ser encontradas em produtos alimentícios e produtos agrícolas. Um dos principais gêneros de fungos micotoxigênicos relacionados à cadeia alimentar é o Aspergillus spp. Existem mais de 400 micotoxinas descritas na literatura, sendo as mais comuns as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2. As micotoxinas são frequentemente encontradas em alimentos e são consideradas como um dos mais perigosos contaminantes, sendo a aflatoxina B1 classificada no Grupo 1 pela International Agency of Research on Cancer. As aflatoxinas são termorresistentes, resistindo por mais de uma hora em autoclave, fazendo-se necessário outro meio de degradação dessas toxinas. Este trabalho teve como objetivo observar os efeitos da radiação gama de 60Co e de feixes de elétrons na degradação das aflatoxinas e comparar os danos causados na morfologia do fungo Aspergillus flavus. O fungo foi cultivado em agar batata dextrose (PDA) por 10 dias e posteriormente foi transferido para o meio agar coco, sendo mantido por 14 dias à 25 °C. Após esta etapa o agar coco foi triturado até se tornar um meio pastoso homogêneo e foi irradiado com doses de 2,5, 5,0, 10 e 20 kGy. As amostras utilizadas na microscopia eletrônica de varredura foram irradiadas com as doses de 0, 2,5, 5,0, 10 e 20 kGy com fontes de 60Co e de feixes de elétrons. A irradiação com acelerador de elétrons apresentou uma degradação ligeiramente superior à radiação gama, reduzindo 29,93 %, 34,50 %, 52,63 % e 72,30 % para as doses de 2,5, 5,0, 10 e 20 kGy, respectivamente. A microscopia eletrônica de varredura demonstrou que as doses de 2,5 até 10 kGy não causaram danos no fungo, porém com a dose de 20 kGy pode-se observar danos nas estruturas fúngicas.
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