Estudo da resistência à corrosão da liga de alumínio 2024-T3 anodizada em ácido tartárico sulfúrico protegida com recobrimentos híbridos sol-gel modificados com inibidores.
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-18092024-084535/ |
Resumo: | Neste estudo, a resistência à corrosão da liga AA2024-T3 anodizada em ácido tartárico sulfúrico (TSA) e selada com revestimento híbrido sol-gel sem e com a presença do inibidor Ce(NO3)3 foi investigada por espectroscopia de impedância eletroquímica global (EIS) e local no modo mapeamento (LEIM), o efeito do tempo de hidrólise da solução híbrida também foi avaliado. Duas metodologias foram adotadas: (1) pós-tratamento da amostra anodizada em banho contendo Ce seguido da aplicação do revestimento híbrido; (2) incorporação direta do inibidor na solução de hidrólise do revestimento. Para as duas metodologias, os testes de EIS mostraram que a presença do Ce melhora a proteção contra a corrosão do revestimento híbrido, e a caracterização por microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a precipitação de oxihidróxidos de Ce em regiões com atividade catódica, contribuindo para diminuir a corrosão. Além do mais, por diferentes técnicas de caracterização, foi possível verificar a penetração do revestimento nos poros da camada anodizada, assim como sua acumulação em regiões defeituosas, indicando proteção contra a corrosão também em escala submicrométrica. Especificamente para a metodologia (1), as análises por Espectroscopia de Emissão Óptica por Descarga Luminescente (GDOES) e microscopia eletrônica de transmissão de varredura (STEM) da seção transversal da camada anódica mostraram a presença do Ce no interior dos poros da camada anódica, e as imagens STEM com análise por espectrometria de energia dispersiva de raios X (EDX) evidenciaram que o Ce se deposita como nanopartículas de oxihidróxidos na parede dos poros, sua acumulação na base dos poros, e deposição preferencial em regiões defeituosas da camada porosa do óxido, indicando que o tratamento com Ce também contribui para a proteção contra a corrosão em defeitos submicrométricos. Os ensaios de LEIM para as amostras produzidas por esta metodologia demonstraram propriedade de self-healing, caracterizada pela diminuição da admitância em função do tempo de ensaio, o que, de acordo com análise MEV, se deve à deposição de oxihidróxidos de Ce nas regiões defeituosas. No estudo do efeito do tempo de hidrólise sobre a proteção contra a corrosão do revestimento, através dos ensaios de EIS, determinou-se que o tempo de hidrólise de 14 dias fornece proteção ótima contra a corrosão. Para esta condição, as análises por MEV revelaram a formação de revestimentos mais espessos e livres de trincas, enquanto medidas de ângulo de contato mostraram maior hidrofobicidade. Medidas de viscosidade e análises FTIR indicaram aumento das reações de condensação com o tempo de hidrólise levando à formação de oligômeros. Assim, como revelado por MEV, um tempo excessivo de hidrólise leva à obtenção de revestimentos defeituosos e com descolamento da camada anódica, e estes têm sua hidrofobicidade reduzida. Para a metodologia (2), as análises FTIR mostraram aumento da velocidade das reações de hidrólise e de condensação, e também da reatividade dos grupos epóxi, resultando em aumento da viscosidade, da hidrofobicidade e espessura dos revestimentos. As análises por STEM e por Espectrometria de Retroespalhamento de Rutherford (RBS) mostraram que o Ce se distribui ao longo da camada de revestimento superficial e também no interior dos poros. Já os ensaios de LEIM não foram conclusivos na identificação de self-healing, embora as análises por MEV tenham mostrado deposição de oxihidróxidos de Ce nos defeitos. Os melhores comportamentos eletroquímicos foram obtidos com a otimização do tempo de hidrólise e aplicação direta do Ce na solução de hidrólise. |
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Estudo da resistência à corrosão da liga de alumínio 2024-T3 anodizada em ácido tartárico sulfúrico protegida com recobrimentos híbridos sol-gel modificados com inibidores.Untitled in english2024 -T32024-T3AnodizaçãoAnodizingCérioCeriumHíbrido sol-gelHybrid sol-gelSelf-healingSelf-healingTSATSANeste estudo, a resistência à corrosão da liga AA2024-T3 anodizada em ácido tartárico sulfúrico (TSA) e selada com revestimento híbrido sol-gel sem e com a presença do inibidor Ce(NO3)3 foi investigada por espectroscopia de impedância eletroquímica global (EIS) e local no modo mapeamento (LEIM), o efeito do tempo de hidrólise da solução híbrida também foi avaliado. Duas metodologias foram adotadas: (1) pós-tratamento da amostra anodizada em banho contendo Ce seguido da aplicação do revestimento híbrido; (2) incorporação direta do inibidor na solução de hidrólise do revestimento. Para as duas metodologias, os testes de EIS mostraram que a presença do Ce melhora a proteção contra a corrosão do revestimento híbrido, e a caracterização por microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a precipitação de oxihidróxidos de Ce em regiões com atividade catódica, contribuindo para diminuir a corrosão. Além do mais, por diferentes técnicas de caracterização, foi possível verificar a penetração do revestimento nos poros da camada anodizada, assim como sua acumulação em regiões defeituosas, indicando proteção contra a corrosão também em escala submicrométrica. Especificamente para a metodologia (1), as análises por Espectroscopia de Emissão Óptica por Descarga Luminescente (GDOES) e microscopia eletrônica de transmissão de varredura (STEM) da seção transversal da camada anódica mostraram a presença do Ce no interior dos poros da camada anódica, e as imagens STEM com análise por espectrometria de energia dispersiva de raios X (EDX) evidenciaram que o Ce se deposita como nanopartículas de oxihidróxidos na parede dos poros, sua acumulação na base dos poros, e deposição preferencial em regiões defeituosas da camada porosa do óxido, indicando que o tratamento com Ce também contribui para a proteção contra a corrosão em defeitos submicrométricos. Os ensaios de LEIM para as amostras produzidas por esta metodologia demonstraram propriedade de self-healing, caracterizada pela diminuição da admitância em função do tempo de ensaio, o que, de acordo com análise MEV, se deve à deposição de oxihidróxidos de Ce nas regiões defeituosas. No estudo do efeito do tempo de hidrólise sobre a proteção contra a corrosão do revestimento, através dos ensaios de EIS, determinou-se que o tempo de hidrólise de 14 dias fornece proteção ótima contra a corrosão. Para esta condição, as análises por MEV revelaram a formação de revestimentos mais espessos e livres de trincas, enquanto medidas de ângulo de contato mostraram maior hidrofobicidade. Medidas de viscosidade e análises FTIR indicaram aumento das reações de condensação com o tempo de hidrólise levando à formação de oligômeros. Assim, como revelado por MEV, um tempo excessivo de hidrólise leva à obtenção de revestimentos defeituosos e com descolamento da camada anódica, e estes têm sua hidrofobicidade reduzida. Para a metodologia (2), as análises FTIR mostraram aumento da velocidade das reações de hidrólise e de condensação, e também da reatividade dos grupos epóxi, resultando em aumento da viscosidade, da hidrofobicidade e espessura dos revestimentos. As análises por STEM e por Espectrometria de Retroespalhamento de Rutherford (RBS) mostraram que o Ce se distribui ao longo da camada de revestimento superficial e também no interior dos poros. Já os ensaios de LEIM não foram conclusivos na identificação de self-healing, embora as análises por MEV tenham mostrado deposição de oxihidróxidos de Ce nos defeitos. Os melhores comportamentos eletroquímicos foram obtidos com a otimização do tempo de hidrólise e aplicação direta do Ce na solução de hidrólise.In this study, the corrosion resistance of the AA2024-T3 alloy anodized in tartaric sulfuric acid (TSA) and sealed with a sol-gel hybrid coating without and with the presence of the inhibitor Ce(NO3)3 was investigated by global electrochemical impedance spectroscopy (EIS) and local EIS in the mapping mode (LEIM), the effect of the hydrolysis time of the hybrid solution was also evaluated. Two methodologies were adopted: (1) post-treatment of the anodized sample in a bath containing Ce followed by application of the hybrid coating; (2) direct incorporation of the inhibitor into the hybrid coating hydrolysis solution. For both methodologies, EIS tests showed that the presence of Ce improves the corrosion protection of the hybrid coating, and scanning electron microscopy (SEM) characterization showed the precipitation of Ce oxyhydroxides in regions with cathodic activity, helping to reduce corrosion. Furthermore, using different characterization techniques, it was possible to verify the penetration of the coating into the pores of the anodized layer, as well as its accumulation in defective regions, indicating protection against corrosion also on a sub-micrometric scale. Specifically for methodology (1), analysis by Glow Discharge Optical Emission Spectroscopy (GDOES) and scanning transmission electron microscopy (STEM) of the cross-section of the anodic layer showed the presence of Ce inside the pores, and STEM images with energy dispersive X-ray spectrometry (EDX) analysis showed that Ce is deposited as oxyhydroxide nanoparticles on the pore wall, its accumulation at the base of the pores, and preferential deposition in defective regions of the porous oxide layer, indicating that Ce treatment also contributes to corrosion protection in submicrometric defects. The LEIM tests for the samples produced by this methodology showed self-healing property, characterized by a decrease in admittance as a function of test time, which, according to SEM analysis, is due to the deposition of Ce oxyhydroxides in the defective regions. In the study of the effect of hydrolysis time on the corrosion protection of the coating, using EIS tests, it was determined that a hydrolysis time of 14 days provides optimum protection against corrosion. For this condition, SEM analyses revealed the formation of thicker, crack-free coatings, while contact angle measurements showed greater hydrophobicity. Viscosity measurements and FTIR analysis indicated an increase in condensation reactions with hydrolysis time, leading to the formation of oligomers. Thus, as revealed by SEM, an excessive hydrolysis time leads to defective coatings with detachment of the anodic layer, and reduced hydrophobicity. For methodology (2), FTIR analyses showed an increase in the rate of hydrolysis and condensation reactions, as well as in the reactivity of the epoxy groups, resulting in an increase in the viscosity, hydrophobicity and thickness of the coatings. STEM and Rutherford Backscattering Spectrometry (RBS) analyses showed that Ce is distributed throughout the surface coating layer and also inside the pores. The LEIM tests were inconclusive in identifying self-healing, although SEM analysis showed deposition of Ce oxyhydroxides in the defects. The best electrochemical behavior was obtained by optimizing the hydrolysis time and direct application of Ce in the hydrolysis solution.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelo, Hercilio Gomes dePrada Ramirez, Oscar Mauricio 2024-05-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-18092024-084535/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-09-30T11:01:02Zoai:teses.usp.br:tde-18092024-084535Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-09-30T11:01:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Neste estudo, a resistência à corrosão da liga AA2024-T3 anodizada em ácido tartárico sulfúrico (TSA) e selada com revestimento híbrido sol-gel sem e com a presença do inibidor Ce(NO3)3 foi investigada por espectroscopia de impedância eletroquímica global (EIS) e local no modo mapeamento (LEIM), o efeito do tempo de hidrólise da solução híbrida também foi avaliado. Duas metodologias foram adotadas: (1) pós-tratamento da amostra anodizada em banho contendo Ce seguido da aplicação do revestimento híbrido; (2) incorporação direta do inibidor na solução de hidrólise do revestimento. Para as duas metodologias, os testes de EIS mostraram que a presença do Ce melhora a proteção contra a corrosão do revestimento híbrido, e a caracterização por microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a precipitação de oxihidróxidos de Ce em regiões com atividade catódica, contribuindo para diminuir a corrosão. Além do mais, por diferentes técnicas de caracterização, foi possível verificar a penetração do revestimento nos poros da camada anodizada, assim como sua acumulação em regiões defeituosas, indicando proteção contra a corrosão também em escala submicrométrica. Especificamente para a metodologia (1), as análises por Espectroscopia de Emissão Óptica por Descarga Luminescente (GDOES) e microscopia eletrônica de transmissão de varredura (STEM) da seção transversal da camada anódica mostraram a presença do Ce no interior dos poros da camada anódica, e as imagens STEM com análise por espectrometria de energia dispersiva de raios X (EDX) evidenciaram que o Ce se deposita como nanopartículas de oxihidróxidos na parede dos poros, sua acumulação na base dos poros, e deposição preferencial em regiões defeituosas da camada porosa do óxido, indicando que o tratamento com Ce também contribui para a proteção contra a corrosão em defeitos submicrométricos. Os ensaios de LEIM para as amostras produzidas por esta metodologia demonstraram propriedade de self-healing, caracterizada pela diminuição da admitância em função do tempo de ensaio, o que, de acordo com análise MEV, se deve à deposição de oxihidróxidos de Ce nas regiões defeituosas. No estudo do efeito do tempo de hidrólise sobre a proteção contra a corrosão do revestimento, através dos ensaios de EIS, determinou-se que o tempo de hidrólise de 14 dias fornece proteção ótima contra a corrosão. Para esta condição, as análises por MEV revelaram a formação de revestimentos mais espessos e livres de trincas, enquanto medidas de ângulo de contato mostraram maior hidrofobicidade. Medidas de viscosidade e análises FTIR indicaram aumento das reações de condensação com o tempo de hidrólise levando à formação de oligômeros. Assim, como revelado por MEV, um tempo excessivo de hidrólise leva à obtenção de revestimentos defeituosos e com descolamento da camada anódica, e estes têm sua hidrofobicidade reduzida. Para a metodologia (2), as análises FTIR mostraram aumento da velocidade das reações de hidrólise e de condensação, e também da reatividade dos grupos epóxi, resultando em aumento da viscosidade, da hidrofobicidade e espessura dos revestimentos. As análises por STEM e por Espectrometria de Retroespalhamento de Rutherford (RBS) mostraram que o Ce se distribui ao longo da camada de revestimento superficial e também no interior dos poros. Já os ensaios de LEIM não foram conclusivos na identificação de self-healing, embora as análises por MEV tenham mostrado deposição de oxihidróxidos de Ce nos defeitos. Os melhores comportamentos eletroquímicos foram obtidos com a otimização do tempo de hidrólise e aplicação direta do Ce na solução de hidrólise. |
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