Utilização do grão de soja cru integral na dieta de bovinos de corte confinados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Consolo, Nara Regina Brandão
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-23032012-141438/
Resumo: Objetivou-se avaliar o uso do grão de soja cru integral na dieta de bovinos de corte sobre o consumo e digestibilidade da matéria seca e nutrientes, fermentação ruminal, desempenho produtivo, síntese de proteína microbiana, características de carcaça qualidade da carne, perfil de ácidos graxos da carne, concentrações de parâmetros sanguíneos, excreção e composição do grão de soja presente nas fezes. Foram realizados dois experimentos, sendo que no primeiro, foram utilizados 12 bovinos Nelore, castrados, canulados no rúmen, agrupados em três quadrados latinos 4x4. No segundo experimento foram utilizados 52 bovinos Nelore, inteiros, confinados por 84 dias, em delineamento inteiramente casualizado. A dieta empregada foi a mesma, para ambos os experimentos, constituída de quatro rações, com relação volumoso/concentrado de 60/40, a qual foi composta de milho moído, farelo de soja, grão de soja cru integral, núcleo e silagem de milho. As dietas foram: G0: dieta controle sem a inclusão do grão de soja; G8, G16 e G24, com 8, 16 e 24%, respectivamente de grão de soja cru integral na ração, na matéria seca. No Experimento 1, amostras de fezes e sobras foram coletadas nos 11o, 12o 13o dia experimento, amostras de sangue e urina foram colhidas e avaliado o peso vivo. A digestibilidade foi determinada por meio de indicador interno FDAi. No Experimento 2, a cada 28 dias, os animais foram pesados e amostras de sangue foram coletadas. Os animais foram abatidos ao 85o dia e foi avaliado o peso do fígado (PFi) e peso de carcaça quente (PCQ). Vinte e quatro horas após o abate, foram mensurados o pH, e rendimento de carcaça (RC). Na desossa foi avaliada a área de olho de lombo (AOL) e a espessura de gordura subcutânea (EGS) no músculo Longissimus. Foram retiradas amostras do músculo Longissimus, para determinação do perfil de ácidos graxos na carne (PAG) extrato etéreo (EE), maciez objetiva e sensorial da carne maturada por 14 dias. Houve redução no consumo de matéria seca, matéria orgânica, de carboidratos totais e carboidratos não fibrosos nos animais alimentados com a ração G24. Foi observado efeito linear crescente no consumo de EE e efeito quadrático no consumo de proteína bruta. Houve diferença na digestibilidade aparente total do EE e carboidratos totais com a adição do grão de soja na dieta. Na fermentação ruminal, houve queda linear no valor de pH ruminal e a concentração de nitrogênio amoniacal ruminal foi maior para os animais que receberam a dieta controle em relação às dietas com grão de soja, havendo um maior valor de ácidos graxos de cadeia curta para o grupo controle. O teor de colesterol sanguíneo aumentou linearmente com a inclusão do grão e no primeiro experimento também houve aumento do colesterol HDL. Para desempenho, atributos de carcaça e medidas de ultrassonografia não foi observado efeito de acordo com a dieta. Houve efeito quadrático para força de cisalhamento (FC), com maior valor para a carne dos animais que receberam 8% do grão de soja, Houve uma discreta melhora no perfil lipídico para animais recebendo o grão e na analise sensorial a inclusão do grão ao nível de 24% a MS da dieta melhorou a textura das carnes. A utilização de diferentes níveis de grão de soja nas rações alterou o consumo, digestibilidade, metabolismo e características de qualidade da carne.
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No segundo experimento foram utilizados 52 bovinos Nelore, inteiros, confinados por 84 dias, em delineamento inteiramente casualizado. A dieta empregada foi a mesma, para ambos os experimentos, constituída de quatro rações, com relação volumoso/concentrado de 60/40, a qual foi composta de milho moído, farelo de soja, grão de soja cru integral, núcleo e silagem de milho. As dietas foram: G0: dieta controle sem a inclusão do grão de soja; G8, G16 e G24, com 8, 16 e 24%, respectivamente de grão de soja cru integral na ração, na matéria seca. No Experimento 1, amostras de fezes e sobras foram coletadas nos 11o, 12o 13o dia experimento, amostras de sangue e urina foram colhidas e avaliado o peso vivo. A digestibilidade foi determinada por meio de indicador interno FDAi. No Experimento 2, a cada 28 dias, os animais foram pesados e amostras de sangue foram coletadas. Os animais foram abatidos ao 85o dia e foi avaliado o peso do fígado (PFi) e peso de carcaça quente (PCQ). Vinte e quatro horas após o abate, foram mensurados o pH, e rendimento de carcaça (RC). Na desossa foi avaliada a área de olho de lombo (AOL) e a espessura de gordura subcutânea (EGS) no músculo Longissimus. Foram retiradas amostras do músculo Longissimus, para determinação do perfil de ácidos graxos na carne (PAG) extrato etéreo (EE), maciez objetiva e sensorial da carne maturada por 14 dias. Houve redução no consumo de matéria seca, matéria orgânica, de carboidratos totais e carboidratos não fibrosos nos animais alimentados com a ração G24. Foi observado efeito linear crescente no consumo de EE e efeito quadrático no consumo de proteína bruta. Houve diferença na digestibilidade aparente total do EE e carboidratos totais com a adição do grão de soja na dieta. Na fermentação ruminal, houve queda linear no valor de pH ruminal e a concentração de nitrogênio amoniacal ruminal foi maior para os animais que receberam a dieta controle em relação às dietas com grão de soja, havendo um maior valor de ácidos graxos de cadeia curta para o grupo controle. O teor de colesterol sanguíneo aumentou linearmente com a inclusão do grão e no primeiro experimento também houve aumento do colesterol HDL. Para desempenho, atributos de carcaça e medidas de ultrassonografia não foi observado efeito de acordo com a dieta. Houve efeito quadrático para força de cisalhamento (FC), com maior valor para a carne dos animais que receberam 8% do grão de soja, Houve uma discreta melhora no perfil lipídico para animais recebendo o grão e na analise sensorial a inclusão do grão ao nível de 24% a MS da dieta melhorou a textura das carnes. A utilização de diferentes níveis de grão de soja nas rações alterou o consumo, digestibilidade, metabolismo e características de qualidade da carne.The objective of this study was to evaluate the use of whole raw soybean grain in the diet of beef cattle on consumption and digestibility of dry matter and nutrients, ruminal fermentation, growth performance, microbial protein synthesis, carcass traits, meat quality, profile of fatty acids in meat, concentrations of blood parameters, excretion and composition of soybean in the faeces. Two experiments were conducted and in the first one were used 12 Nellore, castrated, cannulated in the rumen, grouped in three 4x4 Latin squares. In the second experiment were used 52 Nellore, not castrated, confined for 84 days in a completely randomized delineation. The diet used was the same for both experiments, consisting of four rations, with the forage / concentrate ratio of 60/40, which was composed of ground corn, soybean meal, whole raw soybean grain, nucleos and corn silage. The diets were: G0: control diet without the inclusion of soybean, G8, G16 and G24, with 8, 16 and 24% respectively of whole raw soybean grain in ration, in the dry matter. In the first experiment, fecal samples and remains were collected on the 11th, 12th and 13th day of experiment, blood and urine samples were collected and the body weight was analyzed. The digestibility was determined by an internal indicator iADF. In Experiment 2, every 28 days, the animals were weighed and blood samples were collected. The animals were slaughtered at 85 days and were weighed the liver (PFi) and hot carcass weight (HCW). Twenty-four hours after the slaughter, the pH was measured, likewise the carcass yield (CY). Deboning was evaluated in rib eye area (REA) and subcutaneous fat thickness (SFT) in the Longissimus muscle. Samples were taken from the Longissimus for determining the fatty acid profile in meat (PAG) in ether extract (EE), objective tenderness and sensorial in aged beef for 14 days. There was a reduction in the dry matter intake, organic matter, total carbohydrates and non-fibrous carbohydrates in animals fed with feed with ration G24. It was observed an increasing linear effect on the EE intake and a quadratic effect on crude protein. Also difference in the apparent digestibility of total carbohydrates and total EE. On ruminal fermentation, there was a linear decline in ruminal pH and ruminal ammonia concentration was higher for animals that received the control diet compared to diets with soybean, with a value greater short-chain fatty acids for the group control. The level of blood cholesterol increased linearly with the addition of grain and in the first experiment there was also increase of HDL cholesterol. For performance, attributes of carcass and measures of ultrasound effect were not observed according to the diet. There was a quadratic effect for shear force (FC), with higher value for the meat of animals that received 8% of the soybean. There was a slight improvement in lipid profile for animals receiving the grain and the inclusion in the sensory analysis of the grain at 24% of diet DM improved the texture of the meat. The use of different levels of whole raw soybean grain in the beef cattle diet changed the intake, digestibility, metabolism and meat quality characteristics.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPereira, Angélica Simone CravoConsolo, Nara Regina Brandão2011-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-23032012-141438/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-23032012-141438Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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