Uso da técnica de n-alcanos para medir o aporte de nutrientes através de estimativas do consumo de forragem em bovinos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Dimas Estrasulas de
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-27112003-080517/
Resumo: Os n-alcanos têm sido utilizados como indicadores em estudos de estimativas de consumo e composição botânica e/ou morfológica da dieta com ruminantes domésticos, selvagens e com animais não ruminantes. Foram realizados três experimentos, sendo que no primeiro foram avaliados a taxa de liberação de n-alcanos fornecidos via cápsulas de liberação controlada em animais fistulados no rúmen, alojados em gaiolas de metabolismo e, a validação da estimativa de consumo de forragem pelos animais submetidos a três tratamentos variando a relação volumoso : concentrado. No segundo foi avaliada a taxa de liberação de n-alcanos fornecidos via cápsula de liberação controlada com os mesmos animais em pastagem submetidos a três tratamentos com suplementação concentrada. As taxas foram medidas com o auxílio de um paquímetro removendo-se a cápsula via fístula ruminal, medindo-se a distância percorrida pelo êmbolo da cápsula que pressiona as pastilhas que contêm o indicador aos 3, 7, 10, 13 e 17 dias após a colocação no rúmen. Não houve efeito de dieta e da interação dieta e dia de medida (P>0,05) sobre a taxa diária de liberação no rúmen tanto com os animais em gaiolas de metabolismo como em pastagem. Foi possível unir as equações geradas em cada experimento resultando em uma quantidade liberada de indicador de 345 mg.dia -1 . O consumo estimado com o par C33:C32 de n-alcanos nos animais em gaiolas de metabolismo não diferiu do consumo observado (P>0,05). No terceiro experimento objetivou-se determinar o perfil de n-alcanos de Cynodon nlemfüensis Vanderyst var nlemfüensis e estimar o consumo e a composição da dieta consumida por vacas leiteiras em pastejo suplementadas com ácido linoléico conjugado (CLA) ou em grupo controle (Megalac), utilizando regressão linear entre as exigências e o consumo de energia metabolizável, por dia. Foram encontrados n-alcanos com o comprimento da cadeia de carbono variando entre 22 e 35 átomos, havendo uma predominância dos de cadeia ímpar sobre os pares, com o C33, C31 e C29 encontrados em maiores concentrações. Entre os n-alcanos de cadeia par, o C26, C28 e C30 foram encontrados em maiores concentrações. No primeiro período de estudo, o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,2 vs. MEG = 11,1 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 14,6 vs. MEG = 14,3 kg.dia -1 ). No terceiro período o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,8 vs. MEG = 12,6 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 15,4 vs. MEG = 16,2 kg.dia -1 ). No primeiro período as estimativas de consumo e de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.
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No segundo foi avaliada a taxa de liberação de n-alcanos fornecidos via cápsula de liberação controlada com os mesmos animais em pastagem submetidos a três tratamentos com suplementação concentrada. As taxas foram medidas com o auxílio de um paquímetro removendo-se a cápsula via fístula ruminal, medindo-se a distância percorrida pelo êmbolo da cápsula que pressiona as pastilhas que contêm o indicador aos 3, 7, 10, 13 e 17 dias após a colocação no rúmen. Não houve efeito de dieta e da interação dieta e dia de medida (P>0,05) sobre a taxa diária de liberação no rúmen tanto com os animais em gaiolas de metabolismo como em pastagem. Foi possível unir as equações geradas em cada experimento resultando em uma quantidade liberada de indicador de 345 mg.dia -1 . O consumo estimado com o par C33:C32 de n-alcanos nos animais em gaiolas de metabolismo não diferiu do consumo observado (P>0,05). No terceiro experimento objetivou-se determinar o perfil de n-alcanos de Cynodon nlemfüensis Vanderyst var nlemfüensis e estimar o consumo e a composição da dieta consumida por vacas leiteiras em pastejo suplementadas com ácido linoléico conjugado (CLA) ou em grupo controle (Megalac), utilizando regressão linear entre as exigências e o consumo de energia metabolizável, por dia. Foram encontrados n-alcanos com o comprimento da cadeia de carbono variando entre 22 e 35 átomos, havendo uma predominância dos de cadeia ímpar sobre os pares, com o C33, C31 e C29 encontrados em maiores concentrações. Entre os n-alcanos de cadeia par, o C26, C28 e C30 foram encontrados em maiores concentrações. No primeiro período de estudo, o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,2 vs. MEG = 11,1 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 14,6 vs. MEG = 14,3 kg.dia -1 ). No terceiro período o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,8 vs. MEG = 12,6 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 15,4 vs. MEG = 16,2 kg.dia -1 ). No primeiro período as estimativas de consumo e de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.N-alkanes have been used as markers in studies of intake estimation and diet botanical and/or morphological composition with domestic and wild ruminants and non-ruminant animals. It has been done three experiments, which in the first was evaluated the n-alkanes release rate from controlled-release capsules in rumen-fistulated animals kept in metabolism cages. Also in the fist experiment was evaluated the validation of forage intake predictions for the animals allocated in three different forage : concentrate ratios. In the second experiment was evaluated the n-alkanes release-rate from controlled-release capsules with the same animals kept on pasture and allocated in three distinct treatments with concentrate supplementation. Release rates were measured with a caliper removing the capsule through ruminal fistula and measuring the distance passed through by the embolus capsule which push the tablets containing the marker at 3, 7, 10, 13, and 17 days after rumen insertion. There were not effect (P>0.05) of diet and interaction between diet and day of measure in the daily release rate both in the animals maintained on the metabolism cages as on pasture. It was possible to combine the equations generated from each experiment resulting in a marker released amount of 345 mg.d -1 . The estimated intake with the n-alkanes C33:C32 pair in the metabolism cage animals did no differ (P>0.05) from the actual intake. The objectives of the third experiment were to establish the n-alkanes profile on Cynodon nlemfüensis Vanderyst var nlemfüensis and to estimate intake and morphological composition of the forage consumed by lactating dairy cows on pasture supplemented with conjugated linoleic acid (CLA) or Megalac (MEG), using a linear regression between the requirements and the daily intake of metabolizable energy. It was found n-alkanes with the carbon chain length ranging between 22 and 35 atoms, being the odd chain prevalent over the even chain n-alkanes. The C33, C31, and C29 n-alkanes were found in higher concentrations. Among the even chain n-alkanes, the C26, C28, and C30 were found in higher concentrations. In the first study period the average forage dry matter intake did not differ (P>0.05) between the animals supplemented with CLA or controls (CLA = 11.2 vs. MEG = 11.1 kg.day -1 ). The total dry matter intake also did not differ (P>0.05) between treatments (CLA = 14.6 vs. MEG = 14.3 kg.day -1 ). In the third study period the average forage dry matter intake did not differ (P>0.05) between the animals supplemented with CLA or controls (CLA = 11.8 vs. MEG = 12.6 kg.day -1 ). The total dry matter intake also did not differ (P>0.05) between treatments (CLA = 15.4 vs. MEG = 16.2 kg.day -1 ). In the first study period, the estimates of forage intake and consumed plant parts were precise and accurate (b = 1, C.V. = 9.3 %), while in the third period the estimates were precise but inaccurate (b ≠1, C.V. = 5.0 %).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLanna, Dante Pazzanese DuarteOliveira, Dimas Estrasulas de2003-09-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-27112003-080517/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:27Zoai:teses.usp.br:tde-27112003-080517Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Os n-alcanos têm sido utilizados como indicadores em estudos de estimativas de consumo e composição botânica e/ou morfológica da dieta com ruminantes domésticos, selvagens e com animais não ruminantes. Foram realizados três experimentos, sendo que no primeiro foram avaliados a taxa de liberação de n-alcanos fornecidos via cápsulas de liberação controlada em animais fistulados no rúmen, alojados em gaiolas de metabolismo e, a validação da estimativa de consumo de forragem pelos animais submetidos a três tratamentos variando a relação volumoso : concentrado. No segundo foi avaliada a taxa de liberação de n-alcanos fornecidos via cápsula de liberação controlada com os mesmos animais em pastagem submetidos a três tratamentos com suplementação concentrada. As taxas foram medidas com o auxílio de um paquímetro removendo-se a cápsula via fístula ruminal, medindo-se a distância percorrida pelo êmbolo da cápsula que pressiona as pastilhas que contêm o indicador aos 3, 7, 10, 13 e 17 dias após a colocação no rúmen. Não houve efeito de dieta e da interação dieta e dia de medida (P>0,05) sobre a taxa diária de liberação no rúmen tanto com os animais em gaiolas de metabolismo como em pastagem. Foi possível unir as equações geradas em cada experimento resultando em uma quantidade liberada de indicador de 345 mg.dia -1 . O consumo estimado com o par C33:C32 de n-alcanos nos animais em gaiolas de metabolismo não diferiu do consumo observado (P>0,05). No terceiro experimento objetivou-se determinar o perfil de n-alcanos de Cynodon nlemfüensis Vanderyst var nlemfüensis e estimar o consumo e a composição da dieta consumida por vacas leiteiras em pastejo suplementadas com ácido linoléico conjugado (CLA) ou em grupo controle (Megalac), utilizando regressão linear entre as exigências e o consumo de energia metabolizável, por dia. Foram encontrados n-alcanos com o comprimento da cadeia de carbono variando entre 22 e 35 átomos, havendo uma predominância dos de cadeia ímpar sobre os pares, com o C33, C31 e C29 encontrados em maiores concentrações. Entre os n-alcanos de cadeia par, o C26, C28 e C30 foram encontrados em maiores concentrações. No primeiro período de estudo, o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,2 vs. MEG = 11,1 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 14,6 vs. MEG = 14,3 kg.dia -1 ). No terceiro período o consumo médio de matéria seca de forragem não diferiu (P>0,05) entre os animais tratados com CLA ou não (CLA = 11,8 vs. MEG = 12,6 kg.dia -1 ). O consumo de matéria seca total não diferiu (P>0,05) entre os dois grupos de animais (CLA = 15,4 vs. MEG = 16,2 kg.dia -1 ). No primeiro período as estimativas de consumo e de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.de partes de plantas consumidas foram precisas e acuradas (b = 1, CV = 9,3 %). No terceiro período as estimativas foram precisas mas inacuradas ( b ≠1, CV = 5,0 %). No segundo período não foi possível estimar o consumo de forragem. Os n-alcanos naturais da dieta, C31, C33 e C35 e, C32 e C36 sintéticos fornecidos via cápsula de liberação controlada e, as relações C31:C32 e C33:C32 apresentaram variações entre turnos e entre dias nas concentrações fecais.
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