Interação entre as culturas de soja e milho com cultivares do gênero Urochloa P.Beauv. em consórcio e interferência de plantas daninhas nos sistemas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ikeda, Fernanda Satie
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-09022011-162325/
Resumo: O sistema de integração lavoura-pecuária vem assumindo importância no cenário da agricultura nacional devido aos benefícios proporcionados pelas pastagens às lavouras e viceversa, além de ser uma alternativa para a recuperação de áreas degradadas. Com o objetivo de avaliar as interações entre as culturas de soja e milho e as cultivares de Urochloa spp. (U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Piatã e U. decumbens cv. Basilisk) em consórcio e a interferência de plantas daninhas nos sistemas consorciados, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação para avaliar a emergência de plântulas das cultivares de Urochloa spp. em diferentes profundidades semeadura (0, 3, 6, 9 e 12 cm) e a interação das culturas de soja e de milho com as cultivares de Urochloa spp. em diferentes proporções de plantas para cada espécie em consórcio (0%:100%; 25%:75%; 50%:50%; 75%:25%; 100%:0%) para uma mesma densidade de plantas (séries substitutivas). Além disso, foram realizados experimentos aditivos no campo para avaliar a interação entre as culturas de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. em consórcio e a interferência de plantas daninhas nos sistemas através da presença ou a ausência de controle com capina. Os experimentos foram conduzidos em área pertencente ao Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, Piracicaba SP. Visando estabelecer uma vantagem competitiva das culturas de grãos em relação às cultivares de Urochloa spp. por meio de seu atraso na emergência de plântulas, observou-se que U. brizantha cv. Marandu e cv. Piatã podem ser semeadas a 0 cm de profundidade sem prejuízo de sua altura ou produção de matéria seca. No caso de U. decumbens cv. Basilisk, o semeio na profundidade de 3 cm permite a otimização na produção de matéria seca e na altura das plantas, sem o benefício do atraso em sua emergência. Em relação à interação entre as espécies consorciadas, verificou-se que em estádio inicial de crescimento, há uma interação de competição no consórcio de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. (exceto na proporção de 25:75 do consórcio de soja com U. decumbens cv. Basilisk), onde ocorre uma compensação, ou seja, os ganhos na matéria seca relativa da soja e do milho compensam as perdas observadas na matéria seca relativa das cultivares de Urochloa spp. Portanto, as culturas de soja e milho mostram-se mais competitivas que as cultivares de Urochloa spp. (a soja apresenta competitividade semelhante a U. brizantha cv. Marandu em igualdade de proporções). No campo, verificou-se que os consórcios de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. não afetam os componentes de produção, altura e produtividade da cultura de soja e milho ou mesmo reduz a comunidade de plantas daninhas, mas interfere na densidade e na matéria seca por planta e por área das cultivares de Urochloa spp. As plantas daninhas influenciaram de forma semelhante os sistemas de produção sem capina devido à similaridade em suas comunidades e às baixas infestações nas áreas capinadas. Os consórcios de soja e de milho com U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Piatã e U. decumbens cv. Basilisk necessitam do controle de plantas daninhas para um melhor aproveitamento da área de cultivo.
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Basilisk) em consórcio e a interferência de plantas daninhas nos sistemas consorciados, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação para avaliar a emergência de plântulas das cultivares de Urochloa spp. em diferentes profundidades semeadura (0, 3, 6, 9 e 12 cm) e a interação das culturas de soja e de milho com as cultivares de Urochloa spp. em diferentes proporções de plantas para cada espécie em consórcio (0%:100%; 25%:75%; 50%:50%; 75%:25%; 100%:0%) para uma mesma densidade de plantas (séries substitutivas). Além disso, foram realizados experimentos aditivos no campo para avaliar a interação entre as culturas de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. em consórcio e a interferência de plantas daninhas nos sistemas através da presença ou a ausência de controle com capina. Os experimentos foram conduzidos em área pertencente ao Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, Piracicaba SP. Visando estabelecer uma vantagem competitiva das culturas de grãos em relação às cultivares de Urochloa spp. por meio de seu atraso na emergência de plântulas, observou-se que U. brizantha cv. Marandu e cv. Piatã podem ser semeadas a 0 cm de profundidade sem prejuízo de sua altura ou produção de matéria seca. No caso de U. decumbens cv. Basilisk, o semeio na profundidade de 3 cm permite a otimização na produção de matéria seca e na altura das plantas, sem o benefício do atraso em sua emergência. Em relação à interação entre as espécies consorciadas, verificou-se que em estádio inicial de crescimento, há uma interação de competição no consórcio de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. (exceto na proporção de 25:75 do consórcio de soja com U. decumbens cv. Basilisk), onde ocorre uma compensação, ou seja, os ganhos na matéria seca relativa da soja e do milho compensam as perdas observadas na matéria seca relativa das cultivares de Urochloa spp. Portanto, as culturas de soja e milho mostram-se mais competitivas que as cultivares de Urochloa spp. (a soja apresenta competitividade semelhante a U. brizantha cv. Marandu em igualdade de proporções). No campo, verificou-se que os consórcios de soja e milho com as cultivares de Urochloa spp. não afetam os componentes de produção, altura e produtividade da cultura de soja e milho ou mesmo reduz a comunidade de plantas daninhas, mas interfere na densidade e na matéria seca por planta e por área das cultivares de Urochloa spp. As plantas daninhas influenciaram de forma semelhante os sistemas de produção sem capina devido à similaridade em suas comunidades e às baixas infestações nas áreas capinadas. Os consórcios de soja e de milho com U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Piatã e U. decumbens cv. Basilisk necessitam do controle de plantas daninhas para um melhor aproveitamento da área de cultivo.The integrated crop-livestock system is gaining importance in the way of national agriculture due to the benefits reaped between pasture and crop farming and vice-versa apart from being an alternative for recovering degraded areas. Seeking to assess the interaction between soy and corn crops alongside cultivations of Urochloa spp. (U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Piatã and U. decumbens cv. Basilisk) in association, and considering the interference of weeds in these systems, experiments were carried out in greenhouses to assess the emergence of seedlings of Urochloa spp. cultures at different sowing depths (0, 3, 6, 9 and 12 cm) as well as the interaction of soy and corn cultures along with Urochloa spp. cultures. with differing ratios of plants for each species in association (0%:100%; 25%:75%; 50%:50%; 75%:25%; 100%:0%) using an equal density of plants (substitutive series). Furthermore, additional experiments were carried out in the field to assess the interaction between soy and corn crops with Urochloa spp. cultures as well as assessing the interference of weeds in those systems through the presence or absence of control of weeds by weeding. The experiments were conducted in an area belonging to the University of São Paulo, Department of Vegetable Production ESALQ/USP, Piracicaba SP. The emergence of forage grass seedlings was delayed seeking to establish a competitive advantage for the grain crops over Urochloa spp. cultures and it was observed that U. brizantha cv. Marandu and cv. Piatã can be sowed at a depth of 0 cm without harming either height or dry matter production. In the case of U. decumbens cv. Basilisk, sowing at a depth of 3 cm optimizes dry matter production as well as plant height, without any benefits from delayed emergence. Concerning the interaction between the associated species it was observed that there is interactive competition in the soy and corn cultures in association with the Urochloa spp. culture (except in the ratio of 25:75 of the soy association with U. decumbens cv. Basilisk) where there was compensation or rather, the gain in dry matter relative to soy and corn compensated the losses noted in the dry matter in relation to the Urochloa spp. culture. Therefore the soy and corn cultures are seen to be more competitive than Urochloa spp. cultures (soy presents competitiveness similar to U. brizantha cv. Marandu to the same degree). In the field, it was verified that the soy and corn association with Urochloa spp. cultures didn\'t affect production components of neither height nor productivity of the soy and corn crops nor even reduce the community of weeds but did interfere in the density and in the dry matter per plant and per area of Urochloa spp. culture. In a similar way the un-weeded areas influenced the cultivation systems due to the similarity in weed communities and low infestations in weeded areas. The soy and corn association with U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Piatã and U. decumbens cv. Basilisk require weed control for better use of the cultivation area.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVictoria Filho, RicardoIkeda, Fernanda Satie2010-12-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-09022011-162325/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:26Zoai:teses.usp.br:tde-09022011-162325Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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