Percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19, as vulnerabilidades e os fatores associados no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-10112022-161901/ |
Resumo: | A COVID-19 tornou-se um problema de saúde pública mundial, e o sucesso das medidas de contenção e das políticas públicas para evitar a transmissibilidade e barrar a doença está associada à percepção de risco das pessoas sobre a pandemia, e a percepção é consonante a um contexto cultural, histórico e político. O estudo tem por objetivo evidenciar a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19, as vulnerabilidades populacionais e os fatores associados no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, via websurvey. O estudo foi realizado entre agosto de 2020 a fevereiro de 2021. A amostra se baseou numa amostragem não probabilística, por bola de neve. Foram realizadas análises descritivas de média, desvio padrão e ou porcentagem, e de regressão logística binária, por meio de modelos univariados e múltiplos. Participaram do estudo 1.516 indivíduos da população brasileira, provenientes das cinco macrorregiões. Observou-se que as pessoas eram em maioria do sexo feminino (73,0%), da cor branca (68,1%), com idade entre 40 a 59 anos (41,8%) e possuíam nível de pós-graduação ou mais (50,4%). Cerca de 81,6% das pessoas se consideraram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto à infecção e transmissibilidade da COVID19. Observou-se também que 72,8% se consideram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto ao desenvolvimento da doença grave ou complicações pela COVID-19 e 74,4% informaram percepção de risco elevado à população em se infectar pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, da raça/cor preta e àqueles que utilizam o SUS apresentaram chances mais elevadas de risco de infecção pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, as com 60 anos ou mais e os que utilizavam o SUS apresentaram chances elevadas para a percepção de risco, de desenvolver doença grave ou complicação pela COVID-19, e os com nível de pós-graduação ou mais e os com ensino superior completo apresentaram menos chances. Os participantes da cor preta, com idade igual ou superior a 60 anos e as mulheres apresentaram chances elevadas para percepção de risco da população se infectar com a COVID-19, e aqueles com nível de pós-graduação ou mais apresentaram menos chances. Os achados evidenciam associações entre as características socioeconômicas da população e a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19. A percepção de risco está associada aos comportamentos para a disseminação e progressão da doença numa comunidade. A conscientização sobre os riscos de transmissibilidade da COVID-19, das estratégias do Estado e sociedade, para reduzir a exposição em grupos vulneráveis, que não dispõem dos recursos e mecanismos de proteção individual e coletiva são imprescindíveis para as desigualdades e mazelas trazidas pela pandemia. |
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Percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19, as vulnerabilidades e os fatores associados no BrasilPerception of risk of transmissibility and infection by COVID-19, the vulnerabilities and associated factors in BrazilCOVID-19COVID-19PandemiaPandemicPercepçãoPercepção de riscoPerceptionRiscoRiskRisk perceptionA COVID-19 tornou-se um problema de saúde pública mundial, e o sucesso das medidas de contenção e das políticas públicas para evitar a transmissibilidade e barrar a doença está associada à percepção de risco das pessoas sobre a pandemia, e a percepção é consonante a um contexto cultural, histórico e político. O estudo tem por objetivo evidenciar a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19, as vulnerabilidades populacionais e os fatores associados no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, via websurvey. O estudo foi realizado entre agosto de 2020 a fevereiro de 2021. A amostra se baseou numa amostragem não probabilística, por bola de neve. Foram realizadas análises descritivas de média, desvio padrão e ou porcentagem, e de regressão logística binária, por meio de modelos univariados e múltiplos. Participaram do estudo 1.516 indivíduos da população brasileira, provenientes das cinco macrorregiões. Observou-se que as pessoas eram em maioria do sexo feminino (73,0%), da cor branca (68,1%), com idade entre 40 a 59 anos (41,8%) e possuíam nível de pós-graduação ou mais (50,4%). Cerca de 81,6% das pessoas se consideraram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto à infecção e transmissibilidade da COVID19. Observou-se também que 72,8% se consideram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto ao desenvolvimento da doença grave ou complicações pela COVID-19 e 74,4% informaram percepção de risco elevado à população em se infectar pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, da raça/cor preta e àqueles que utilizam o SUS apresentaram chances mais elevadas de risco de infecção pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, as com 60 anos ou mais e os que utilizavam o SUS apresentaram chances elevadas para a percepção de risco, de desenvolver doença grave ou complicação pela COVID-19, e os com nível de pós-graduação ou mais e os com ensino superior completo apresentaram menos chances. Os participantes da cor preta, com idade igual ou superior a 60 anos e as mulheres apresentaram chances elevadas para percepção de risco da população se infectar com a COVID-19, e aqueles com nível de pós-graduação ou mais apresentaram menos chances. Os achados evidenciam associações entre as características socioeconômicas da população e a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19. A percepção de risco está associada aos comportamentos para a disseminação e progressão da doença numa comunidade. A conscientização sobre os riscos de transmissibilidade da COVID-19, das estratégias do Estado e sociedade, para reduzir a exposição em grupos vulneráveis, que não dispõem dos recursos e mecanismos de proteção individual e coletiva são imprescindíveis para as desigualdades e mazelas trazidas pela pandemia.COVID-19 has become a global public health problem, and the success of containment measures and public policies to prevent transmissibility and bar the disease is associated with people\'s perception of risk about the pandemic, and the perception is consonant to a cultural, historical and political context. The study aims to highlight the perception of risk of transmissibility and infection by COVID-19, population vulnerabilities and associated factors in Brazil. This is a cross-sectional, descriptive and analytical study, via websurvey. The study was conducted from August 2020 to February 2021. The sample was based on a nonprobability, snowball sampling. Descriptive analyses of mean, standard deviation, and or percentage, and binary logistic regression, via univariate and multiple models, were performed. The study included 1,516 individuals from the Brazilian population, from the five macroregions. It was observed that people were mostly female (73.0%), white (68.1%), aged between 40 and 59 years (41.8%), and had a graduate degree or higher (50.4%). About 81.6% considered themselves to be at no risk, low risk, or moderate risk for infection and transmissibility of COVID-19. It was also observed that 72.8% considered themselves to be at no risk, low and or moderate risk regarding the development of severe disease or complications by COVID-19, and 74.4% reported perceived high risk to the population in becoming infected by COVID-19. People aged 40 to 59 years, of black race/color, and those who use SUS had higher odds of risk of infection by COVID-19. Those aged 40 to 59 years, those aged 60 years or older, and those using SUS had high odds for perceived risk, of developing serious illness or complication from COVID-19, and those with a graduate degree or higher and those with completed college education had lower odds. Black participants, those aged 60 years or older, and women had high odds for perceived risk of becoming infected with COVID-19, and those with graduate level or more had lower odds. The findings show associations between socioeconomic characteristics of the population and perceived risk of transmissibility and infection with COVID-19. Risk perception is associated with behaviors for the spread and progression of the disease in a community. The awareness about the risks of transmissibility of COVID-19, the strategies of the State and society, to reduce exposure in vulnerable groups, who lack the resources and mechanisms of individual and collective protection are essential to the inequalities and evils brought by the pandemic.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPArcêncio, Ricardo AlexandreMoura, Heriederson Sávio Dias2022-07-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-10112022-161901/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-11-21T17:09:07Zoai:teses.usp.br:tde-10112022-161901Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-11-21T17:09:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A COVID-19 tornou-se um problema de saúde pública mundial, e o sucesso das medidas de contenção e das políticas públicas para evitar a transmissibilidade e barrar a doença está associada à percepção de risco das pessoas sobre a pandemia, e a percepção é consonante a um contexto cultural, histórico e político. O estudo tem por objetivo evidenciar a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19, as vulnerabilidades populacionais e os fatores associados no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, via websurvey. O estudo foi realizado entre agosto de 2020 a fevereiro de 2021. A amostra se baseou numa amostragem não probabilística, por bola de neve. Foram realizadas análises descritivas de média, desvio padrão e ou porcentagem, e de regressão logística binária, por meio de modelos univariados e múltiplos. Participaram do estudo 1.516 indivíduos da população brasileira, provenientes das cinco macrorregiões. Observou-se que as pessoas eram em maioria do sexo feminino (73,0%), da cor branca (68,1%), com idade entre 40 a 59 anos (41,8%) e possuíam nível de pós-graduação ou mais (50,4%). Cerca de 81,6% das pessoas se consideraram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto à infecção e transmissibilidade da COVID19. Observou-se também que 72,8% se consideram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto ao desenvolvimento da doença grave ou complicações pela COVID-19 e 74,4% informaram percepção de risco elevado à população em se infectar pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, da raça/cor preta e àqueles que utilizam o SUS apresentaram chances mais elevadas de risco de infecção pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos, as com 60 anos ou mais e os que utilizavam o SUS apresentaram chances elevadas para a percepção de risco, de desenvolver doença grave ou complicação pela COVID-19, e os com nível de pós-graduação ou mais e os com ensino superior completo apresentaram menos chances. Os participantes da cor preta, com idade igual ou superior a 60 anos e as mulheres apresentaram chances elevadas para percepção de risco da população se infectar com a COVID-19, e aqueles com nível de pós-graduação ou mais apresentaram menos chances. Os achados evidenciam associações entre as características socioeconômicas da população e a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19. A percepção de risco está associada aos comportamentos para a disseminação e progressão da doença numa comunidade. A conscientização sobre os riscos de transmissibilidade da COVID-19, das estratégias do Estado e sociedade, para reduzir a exposição em grupos vulneráveis, que não dispõem dos recursos e mecanismos de proteção individual e coletiva são imprescindíveis para as desigualdades e mazelas trazidas pela pandemia. |
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