Nasalidade e nasalância de fala na fissura labiopalatina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-07112013-095843/ |
Resumo: | Introdução: A hipernasalidade frequentemente está associada à fissura labiopalatina (FLP) e pode ter uma influência negativa na inteligibilidade e na percepção pelo ouvinte do indivíduo com fala hipernasal. Procedimentos de julgamento da nasalidade de fala devem ser realizados e, a partir, dos resultados obtidos pode-se determinar o sucesso cirúrgico ou a necessidade de outras intervenções. Para tanto é necessário fazer o uso de procedimentos que possam colaborar para a consistência dos achados. Objetivos: Descrever e comparar os resultados de nasalidade de fala de indivíduos com FLP, obtidos por meio de julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com escala de 4-pontos, pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, pela análise de gravações por consenso de juízes e por meio da nasometria. Estabelecer sensibilidade, especificidade e eficiência geral da nasometria e indicar o melhor valor de corte de nasalância. Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva dos resultados das avaliações nasométricas e perceptivo-auditivas da nasalidade de fala e o julgamento prospectivo por consenso de juízes de gravações de amostras de fala. Foram selecionadas 100 gravações, sendo uma de cada paciente, que continham dois conjuntos de frases orais: um com fonemas de alta pressão (AP) e outro com fonemas de baixa pressão (BP). Desse total, apenas 1 paciente não tinha resultado do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo e 2 não tinham realizado o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade. Todas as avaliações foram realizadas no mesmo retorno ao hospital e os dados pertenciam a pacientes com FLP operada pelo mesmo cirurgião, de ambos os sexos e com idade entre 5 a 12 anos. Resultados: A ausência de hipernasalidade nas avaliações foi constatada em: 69% dos julgamentos perceptivos ao vivo, 72% dos julgamentos pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, 50% por juízes na amostra AP, 62% por juízes na amostra BP, 56% na nasometria na amostra AP e 58% na nasometria na amostra BP. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas entre os resultados do Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade com as demais modalidades de avaliação, exceto com o julgamento perceptivo ao vivo, e entre o julgamento perceptivo ao vivo com a nasometria e o perceptivo por juízes, nas amostras AP. A concordância das modalidades de avaliação variou entre 71% a 95%, sendo quase perfeita entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade e moderada entre as demais modalidades. Valores de sensibilidade, especificidade e eficiência geral dos cortes de nasalância utilizados no estudo variaram respectivamente entre 0,50 a 0,82, 0,70 a 0,85 e 0,60 a 0,80. O melhor valor de corte de nasalância para a amostra AP foi 16% e para a amostra BP foi 23%. Conclusões: Não houve diferenças significantes entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade; entre o julgamento perceptivo ao vivo, por juízes e a nasometria, nas amostras BP, e entre o julgamento perceptivo por juízes e a nasometria, nas amostras AP. Os índices de sensibilidade, especificidade e eficiência geral do nasômetro foram menores para amostras de BP comparadas às de AP para as crianças menores de 11 anos. |
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Nasalidade e nasalância de fala na fissura labiopalatinaNasality and speech nasalance in cleft lip and palateCleft palateFalaFissura palatinaMedida da produção da falaSpeechSpeech production measurementIntrodução: A hipernasalidade frequentemente está associada à fissura labiopalatina (FLP) e pode ter uma influência negativa na inteligibilidade e na percepção pelo ouvinte do indivíduo com fala hipernasal. Procedimentos de julgamento da nasalidade de fala devem ser realizados e, a partir, dos resultados obtidos pode-se determinar o sucesso cirúrgico ou a necessidade de outras intervenções. Para tanto é necessário fazer o uso de procedimentos que possam colaborar para a consistência dos achados. Objetivos: Descrever e comparar os resultados de nasalidade de fala de indivíduos com FLP, obtidos por meio de julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com escala de 4-pontos, pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, pela análise de gravações por consenso de juízes e por meio da nasometria. Estabelecer sensibilidade, especificidade e eficiência geral da nasometria e indicar o melhor valor de corte de nasalância. Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva dos resultados das avaliações nasométricas e perceptivo-auditivas da nasalidade de fala e o julgamento prospectivo por consenso de juízes de gravações de amostras de fala. Foram selecionadas 100 gravações, sendo uma de cada paciente, que continham dois conjuntos de frases orais: um com fonemas de alta pressão (AP) e outro com fonemas de baixa pressão (BP). Desse total, apenas 1 paciente não tinha resultado do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo e 2 não tinham realizado o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade. Todas as avaliações foram realizadas no mesmo retorno ao hospital e os dados pertenciam a pacientes com FLP operada pelo mesmo cirurgião, de ambos os sexos e com idade entre 5 a 12 anos. Resultados: A ausência de hipernasalidade nas avaliações foi constatada em: 69% dos julgamentos perceptivos ao vivo, 72% dos julgamentos pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, 50% por juízes na amostra AP, 62% por juízes na amostra BP, 56% na nasometria na amostra AP e 58% na nasometria na amostra BP. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas entre os resultados do Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade com as demais modalidades de avaliação, exceto com o julgamento perceptivo ao vivo, e entre o julgamento perceptivo ao vivo com a nasometria e o perceptivo por juízes, nas amostras AP. A concordância das modalidades de avaliação variou entre 71% a 95%, sendo quase perfeita entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade e moderada entre as demais modalidades. Valores de sensibilidade, especificidade e eficiência geral dos cortes de nasalância utilizados no estudo variaram respectivamente entre 0,50 a 0,82, 0,70 a 0,85 e 0,60 a 0,80. O melhor valor de corte de nasalância para a amostra AP foi 16% e para a amostra BP foi 23%. Conclusões: Não houve diferenças significantes entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade; entre o julgamento perceptivo ao vivo, por juízes e a nasometria, nas amostras BP, e entre o julgamento perceptivo por juízes e a nasometria, nas amostras AP. Os índices de sensibilidade, especificidade e eficiência geral do nasômetro foram menores para amostras de BP comparadas às de AP para as crianças menores de 11 anos.Introduction: Hypernasality is often associated with cleft lip and palate (UCLP) and may have a negative influence on the intelligibility and perception by the listener of a hypernasal speech individual. Judgement procedures of speech nasality should be performed, and from the acquired results, the surgical success or the need for other interventions can be determined. Therefore it is necessary to use procedures that can contribute to the consistency of the findings. Objectives: To describe and compare the results of speech nasality of subjects with UCLP obtained by mean of auditory-perceptual judgement performed live with 4-point scale, by the Cul-de-Sac Test of Hypernasality, by the recordings analysis by consensus of judges and by mean of the nasometry. To establish sensitivity, specificity and general efficiency of nasometry and indicate the best cut value of nasalance. Material and Methods: It was performed a retrospective analysis of the nasometric evaluation and auditory-perceptual of speech nasality results and the prospective judgement by the consensus of judges of speech sample recordings. One hundred recordings were selected, one from each patient, which contained two sets of oral sentences: one with high pressure phonemes (HP) and the other with low pressure phonemes (LP). Out of this total, only one patient had not presented outcome of the perceptual judgement performed live and 2 had not undergone the Cul-de-Sac Test of Hypernasality. All evaluations were performed in the same return to the hospital and the data belonged to patients with UCLP operated by the same surgeon, of both genders, with ages ranging between 5-12 years. Results: The absence of hypernasality in the assessments was observed in 69% of the live perceptual judgements, 72% of the Cul-de-Sac Test of Hypernasality, 50% of the recording judgements of the HP sample by listeners, 62% of the recording judgements of the LP sample by listeners, 56% of the nasometry with the HP sample and 58% of the nasometry with the LP sample. Statistically significant differences were obtained between the Cul-de-Sac Test of Hypernasality and the other modalities of assessment, except with the perceptual live judgement, and between the perceptual live judgement with the nasometry and the perceptual by judges, in the HP samples. The agreement of the modalities of assessment varied from 71% to 95%, being almost perfect between the perceptual live judgement and the Cul-de-Sac Test of Hypernasality and moderate among the other modalities. Values of sensitivity, specificity and general efficiency of the nasalance cuts used in the study varied from 0,50 to 0,82, from 0,70 to 0,85 and from 0,60 to 0,80, respectively. The best cut value of nasalance for the HP sample was 16% and for the LP sample was 23%. Conclusion: There were not statistically significant differences between the perceptual live judgement and the Cul-de-Sac Test of Hypernasality, nor between the perceptual live judgement, perceptual by judges and the nasometry, in the LP sample, and between the perceptual by judges and the nasometry, in the HP sample. The index of sensitivity, specificity and general efficiency of the nasometer were lower for LP samples compared to the HP samples for children under 11 years old.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrook, Maria Ines PegoraroPadilha, Edna Zakrzevski2013-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-07112013-095843/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-07112013-095843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A hipernasalidade frequentemente está associada à fissura labiopalatina (FLP) e pode ter uma influência negativa na inteligibilidade e na percepção pelo ouvinte do indivíduo com fala hipernasal. Procedimentos de julgamento da nasalidade de fala devem ser realizados e, a partir, dos resultados obtidos pode-se determinar o sucesso cirúrgico ou a necessidade de outras intervenções. Para tanto é necessário fazer o uso de procedimentos que possam colaborar para a consistência dos achados. Objetivos: Descrever e comparar os resultados de nasalidade de fala de indivíduos com FLP, obtidos por meio de julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com escala de 4-pontos, pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, pela análise de gravações por consenso de juízes e por meio da nasometria. Estabelecer sensibilidade, especificidade e eficiência geral da nasometria e indicar o melhor valor de corte de nasalância. Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva dos resultados das avaliações nasométricas e perceptivo-auditivas da nasalidade de fala e o julgamento prospectivo por consenso de juízes de gravações de amostras de fala. Foram selecionadas 100 gravações, sendo uma de cada paciente, que continham dois conjuntos de frases orais: um com fonemas de alta pressão (AP) e outro com fonemas de baixa pressão (BP). Desse total, apenas 1 paciente não tinha resultado do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo e 2 não tinham realizado o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade. Todas as avaliações foram realizadas no mesmo retorno ao hospital e os dados pertenciam a pacientes com FLP operada pelo mesmo cirurgião, de ambos os sexos e com idade entre 5 a 12 anos. Resultados: A ausência de hipernasalidade nas avaliações foi constatada em: 69% dos julgamentos perceptivos ao vivo, 72% dos julgamentos pelo Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade, 50% por juízes na amostra AP, 62% por juízes na amostra BP, 56% na nasometria na amostra AP e 58% na nasometria na amostra BP. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas entre os resultados do Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade com as demais modalidades de avaliação, exceto com o julgamento perceptivo ao vivo, e entre o julgamento perceptivo ao vivo com a nasometria e o perceptivo por juízes, nas amostras AP. A concordância das modalidades de avaliação variou entre 71% a 95%, sendo quase perfeita entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade e moderada entre as demais modalidades. Valores de sensibilidade, especificidade e eficiência geral dos cortes de nasalância utilizados no estudo variaram respectivamente entre 0,50 a 0,82, 0,70 a 0,85 e 0,60 a 0,80. O melhor valor de corte de nasalância para a amostra AP foi 16% e para a amostra BP foi 23%. Conclusões: Não houve diferenças significantes entre o julgamento perceptivo ao vivo e o Teste Cul-de-Sac de Hipernasalidade; entre o julgamento perceptivo ao vivo, por juízes e a nasometria, nas amostras BP, e entre o julgamento perceptivo por juízes e a nasometria, nas amostras AP. Os índices de sensibilidade, especificidade e eficiência geral do nasômetro foram menores para amostras de BP comparadas às de AP para as crianças menores de 11 anos. |
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