Portugal, 1974-1976: entre o passado e o futuro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-10012023-105343/ |
Resumo: | O Estado Moderno - talvez a principal invenção de nossa era -, tal como foi concebido no seio das sociedades européias ocidentais a partir do século XVI/XVII, introduziu no horizonte da paisagem política do Ocidente, dentre outras, duas, literalmente antigas, novidades: a ação política revolucionária, que, por vezes, transforma-se em Revolução, e a obsessiva (re)definição de Democracia, juntamente com a tentativa não menos obsessiva de seu exercício. Revolução dos Cravos, uma rebelião militar ocorrida em Portugal em 1974, determinou profunda mudança na vida deste país a partir de radical transformação do quadro político-institucional. O período compreendido entre 25 de abril de 74, data da tomada do poder, e 25 de novembro de 75, quando ocorre outro importante episódio militar, será, em nosso entender, o definidor da via política escolhida pela sociedade portuguesa para atender às diversas demandas sociais, econômicas e políticas, fortemente reprimidas pelo regime salazarista derrubado. Pensamos que esta experiência portuguesa permite discutir as vicissitudes da institucionalização de processos revolucionários frente à possibilidade de estabelecimento de um regime democrático pluripartidário, uma vez que criou um conselho para governar o país, conforme observa Hannah Arendt, nos moldes da tradição revolucionária européia, durante o período denominado por ela de libertador, e, também, incorporou imediatamente à vida política os partidos políticos, que na concepção weberiana cumprem papel fundamental na legitimação das democracias ocidentais, Por isso, analisar o processo político português ao longo desses dezenove meses, com ênfase na relação entre os militares, representados pelo Movimento das Forças Armadas-MFA, incontestes detentores do poder político, exercido por meio da Assembléia do MFA e do Conselho da Revolução, e as lideranças civis, organizadas em partidos políticos, é o objetivo a que se propõe este trabalho |
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Portugal, 1974-1976: entre o passado e o futuroNot availablePortugal -1974-1976Portugal 1974-1975,Revolução dos CravosRevolução dos CravosTeoria da revoluçãoTheory of revolutionO Estado Moderno - talvez a principal invenção de nossa era -, tal como foi concebido no seio das sociedades européias ocidentais a partir do século XVI/XVII, introduziu no horizonte da paisagem política do Ocidente, dentre outras, duas, literalmente antigas, novidades: a ação política revolucionária, que, por vezes, transforma-se em Revolução, e a obsessiva (re)definição de Democracia, juntamente com a tentativa não menos obsessiva de seu exercício. Revolução dos Cravos, uma rebelião militar ocorrida em Portugal em 1974, determinou profunda mudança na vida deste país a partir de radical transformação do quadro político-institucional. O período compreendido entre 25 de abril de 74, data da tomada do poder, e 25 de novembro de 75, quando ocorre outro importante episódio militar, será, em nosso entender, o definidor da via política escolhida pela sociedade portuguesa para atender às diversas demandas sociais, econômicas e políticas, fortemente reprimidas pelo regime salazarista derrubado. Pensamos que esta experiência portuguesa permite discutir as vicissitudes da institucionalização de processos revolucionários frente à possibilidade de estabelecimento de um regime democrático pluripartidário, uma vez que criou um conselho para governar o país, conforme observa Hannah Arendt, nos moldes da tradição revolucionária européia, durante o período denominado por ela de libertador, e, também, incorporou imediatamente à vida política os partidos políticos, que na concepção weberiana cumprem papel fundamental na legitimação das democracias ocidentais, Por isso, analisar o processo político português ao longo desses dezenove meses, com ênfase na relação entre os militares, representados pelo Movimento das Forças Armadas-MFA, incontestes detentores do poder político, exercido por meio da Assembléia do MFA e do Conselho da Revolução, e as lideranças civis, organizadas em partidos políticos, é o objetivo a que se propõe este trabalhoThe modern state - perhaps the main invention of our era - as it was conceived amongs the western european society\'s from the XVI/XVII centuries on introduced in the political scenary\'s horizon of the occident, among others two litterally ancient novelties: the revolutionary political action which, sometimes, changes into Revolution and the obssessive (re)defintion of Democracy, toghether eith the not less obssessive attempt of it\'s exercise. The \"Revolução dos Cravos\", a military rebelion occured in Portugal in 1974 has determined deep changes in the country\'s life through the radical change in the political-institutional scenary. The period between April 25 th q974, day of power seizure and november 25 th, 1975, when another important militar episode takes place will be, according understanding, the definer of the political way \"chosen\" bey the portuguese society to fullfill it\'s many social, economical anda political demands, strongly supressed by the defeated salazarist regimen. We think that this portuguese experience allow us to discuss the vicissitudes of the instituctionalization of the revolutionary process facing the possibility of stablishing a democratic pluripartidary regimens, since it has createde a \"council\" to govern the country, according to Hannah Arendt\'s observation, in the way of the european revolutionary tradition during the priod named by her as \"liberator\" anda also imediatelly incorporating the political parties into the political life, wich according to the weberian conception, play a fundamental role in the legitimation of the western\'s democracies. As so, analysing the portuguese political process during this nenteen months, empahsizing the relations between the military men, represented by the Armed Forces Movement - the MFA - unquestionable holders of the political power exercised through the \"MFA\'s Assembly\", the \"Revolution Council\" and the civilian leaderships organized in politicalBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Celia Nunes Galvao Quirino dosAugusto, Claudio de Farias2003-04-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-10012023-105343/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-01-10T12:56:32Zoai:teses.usp.br:tde-10012023-105343Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-01-10T12:56:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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