Controle genético da frequência de quiasmas em milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Suely Pagliarini
Data de Publicação: 1980
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.11.1980.tde-20220208-002719
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido, comparando-se a frequência de quiasmas em linhagens autofecundadas de milho, seus respectivos híbridos e gerações F2 de diferentes germoplasma, a fim de se verificar, especialmente, se os dados obtidos poderiam ser interpretados como herança poligênica. Procurou-se, também, como estudo preliminar, relacionar a frequência de quiasmas com o número de posições de knobs, uma vez que as raças utilizadas diferiram entre si para este caráter. Foram cruzadas seis linhagens, resultando quatro híbridos e respectivas gerações F2. A contagem de quiasmas foi feita na diacinese tardia, utilizando-se dez plantas para cada linhagem e híbrido e quarenta e três plantas para cada geração F2. Para cada planta contaram-se os quiasmas em vinte células. As diferenças estatísticas observadas entre os tratamentos refletem controle genotípico para frequência de quiasmas. É possível, contudo, que os knobs estejam contribuindo para estas diferenças, pois nos híbridos e gerações F2 pareceu haver uma correlação positiva entre os knobs e frequência de quiasmas. A frequência média de quiasmas foi menor nas linhagens e gerações F2 do que nos híbridos, enquanto, a variação na frequência de quiasmas entre e dentro de plantas foi maior nas plantas autofecundadas. Linhagens com o mesmo número de ciclos de autofecundação diferiram em estabilidade na formação de quiasmas, sugerindo diversidades genotípicas entre elas. Isto é assumido baseando-se no fato de que, em algumas linhagens, existem knobs homozigóticos e heterozigóticos, devendo haver também heterizigose gênica. Nas gerações F2, a variação entre plantas inclui um componente herdável. Todas as gerações F2 apresentaram distribuição normal para frequência de quiasmas, mostrando valores transgressivos em relação à distribuição das linhagens parentais. Estes valores transgressivos, provocando um aumento significativo de variabilidade, refletem segregação gênica para frequência de quiasmas, sendo, portanto, indicadores de caráter poligênico. Pares de cromossomos univalentes foram frequentes nas gerações F2 e em algumas linhagens. Quando a frequência de univalentes era alta, como na linhagem 103, observaram-se micronúcleos nas díades, como resultado da ascensão irregular para os polos. Na geração F2 - 78 x 2, além de pares de cromossomos univalentes, ocorreram células binucleadas, células gigantes, falta de emparelhamento em algumas regiões cromossômicas e falta de divisão celular.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Controle genético da frequência de quiasmas em milho (Zea mays L.) Not available 1980-12-09Margarida Lopes Rodrigues de Aguiar PerecinMaria Suely PagliariniUniversidade de São PauloAgronomia (Genética e Melhoramento de Plantas)USPBR CONTROLE GENÉTICO MILHO QUIASMAS O presente trabalho foi desenvolvido, comparando-se a frequência de quiasmas em linhagens autofecundadas de milho, seus respectivos híbridos e gerações F2 de diferentes germoplasma, a fim de se verificar, especialmente, se os dados obtidos poderiam ser interpretados como herança poligênica. Procurou-se, também, como estudo preliminar, relacionar a frequência de quiasmas com o número de posições de knobs, uma vez que as raças utilizadas diferiram entre si para este caráter. Foram cruzadas seis linhagens, resultando quatro híbridos e respectivas gerações F2. A contagem de quiasmas foi feita na diacinese tardia, utilizando-se dez plantas para cada linhagem e híbrido e quarenta e três plantas para cada geração F2. Para cada planta contaram-se os quiasmas em vinte células. As diferenças estatísticas observadas entre os tratamentos refletem controle genotípico para frequência de quiasmas. É possível, contudo, que os knobs estejam contribuindo para estas diferenças, pois nos híbridos e gerações F2 pareceu haver uma correlação positiva entre os knobs e frequência de quiasmas. A frequência média de quiasmas foi menor nas linhagens e gerações F2 do que nos híbridos, enquanto, a variação na frequência de quiasmas entre e dentro de plantas foi maior nas plantas autofecundadas. Linhagens com o mesmo número de ciclos de autofecundação diferiram em estabilidade na formação de quiasmas, sugerindo diversidades genotípicas entre elas. Isto é assumido baseando-se no fato de que, em algumas linhagens, existem knobs homozigóticos e heterozigóticos, devendo haver também heterizigose gênica. Nas gerações F2, a variação entre plantas inclui um componente herdável. Todas as gerações F2 apresentaram distribuição normal para frequência de quiasmas, mostrando valores transgressivos em relação à distribuição das linhagens parentais. Estes valores transgressivos, provocando um aumento significativo de variabilidade, refletem segregação gênica para frequência de quiasmas, sendo, portanto, indicadores de caráter poligênico. Pares de cromossomos univalentes foram frequentes nas gerações F2 e em algumas linhagens. Quando a frequência de univalentes era alta, como na linhagem 103, observaram-se micronúcleos nas díades, como resultado da ascensão irregular para os polos. Na geração F2 - 78 x 2, além de pares de cromossomos univalentes, ocorreram células binucleadas, células gigantes, falta de emparelhamento em algumas regiões cromossômicas e falta de divisão celular. This work was carried out to compare the chiasma frequency in maize inbred lines, their respective hybrids and F2 generations from differents origins in order to verify if the data obtained could be interpreted as polygenic inheritance. The chiasmata frequency was also compared to the position number of knobs, as the races studies differed among themselves for this proper character. The statistics differences found between the treatments show a genotypic control for the chiasmata frequency. It is possible, however, that the knobs contribute to this difference because in the hybrids and F2 generations there seemed to be a positive correlation between the knobs and chiasmata frequency. The chiasmata frequency average was smaller and more variable in the lines and higher and less variable in the hybrids. In the F2 generations the chiasmata frequency was lower than that of the hybrids which originated it. The chiasmata frequency variation between and within the plants was greater in the inbred plants that in the hybrids. All the F2 analyzed generations presented a normal distribution chiasmata frequency, showing transgressive values comparing to the parents lines distribution. This transgressive values show genic segregation for the chiasmata frequency, and so being indicators of polygenic character. Meiotic irregulaties as: pairs of univalent chromosomes, binucleated cells, giant cells, asynapsis and lack of cell division were observed in some inbred plants. https://doi.org/10.11606/D.11.1980.tde-20220208-002719info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:42:24Zoai:teses.usp.br:tde-20220208-002719Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:03:01.723633Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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