Controle genético da frequência de quiasmas em milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pagliarini, Maria Suely
Data de Publicação: 1980
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-002719/
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido, comparando-se a frequência de quiasmas em linhagens autofecundadas de milho, seus respectivos híbridos e gerações F2 de diferentes germoplasma, a fim de se verificar, especialmente, se os dados obtidos poderiam ser interpretados como herança poligênica. Procurou-se, também, como estudo preliminar, relacionar a frequência de quiasmas com o número de posições de knobs, uma vez que as raças utilizadas diferiram entre si para este caráter. Foram cruzadas seis linhagens, resultando quatro híbridos e respectivas gerações F2. A contagem de quiasmas foi feita na diacinese tardia, utilizando-se dez plantas para cada linhagem e híbrido e quarenta e três plantas para cada geração F2. Para cada planta contaram-se os quiasmas em vinte células. As diferenças estatísticas observadas entre os tratamentos refletem controle genotípico para frequência de quiasmas. É possível, contudo, que os knobs estejam contribuindo para estas diferenças, pois nos híbridos e gerações F2 pareceu haver uma correlação positiva entre os knobs e frequência de quiasmas. A frequência média de quiasmas foi menor nas linhagens e gerações F2 do que nos híbridos, enquanto, a variação na frequência de quiasmas entre e dentro de plantas foi maior nas plantas autofecundadas. Linhagens com o mesmo número de ciclos de autofecundação diferiram em estabilidade na formação de quiasmas, sugerindo diversidades genotípicas entre elas. Isto é assumido baseando-se no fato de que, em algumas linhagens, existem knobs homozigóticos e heterozigóticos, devendo haver também heterizigose gênica. Nas gerações F2, a variação entre plantas inclui um componente herdável. Todas as gerações F2 apresentaram distribuição normal para frequência de quiasmas, mostrando valores transgressivos em relação à distribuição das linhagens parentais. Estes valores transgressivos, provocando um aumento significativo de variabilidade, refletem segregação gênica para frequência de quiasmas, sendo, portanto, indicadores de caráter poligênico. Pares de cromossomos univalentes foram frequentes nas gerações F2 e em algumas linhagens. Quando a frequência de univalentes era alta, como na linhagem 103, observaram-se micronúcleos nas díades, como resultado da ascensão irregular para os polos. Na geração F2 - 78 x 2, além de pares de cromossomos univalentes, ocorreram células binucleadas, células gigantes, falta de emparelhamento em algumas regiões cromossômicas e falta de divisão celular.
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