Treinamento auditivo em idosos com comprometimento cognitivo leve

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Renata Rezende de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-19042010-110045/
Resumo: Introdução: Os efeitos da idade no sistema auditivo periférico e central interagem com mudanças na diminuição do suporte cognitivo, sendo que a perda da audição pode agravar os efeitos de um déficit cognitivo. Se na demência essa relação é bem estudada, no Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ainda não há estudos que avaliem suas relações com a perda auditiva. Objetivo: Avaliar pacientes idosos com Comprometimento Cognitivo Leve submetidos a um programa de treinamento auditivo formal e compará-los a dois grupos de idosos com Comprometimento Cognitivo Leve: um grupo submetido a um programa de treinamento placebo e um grupo de idosos que não sofreu intervenção e correlacionar os resultados obtidos nos testes de Processamento Auditivo (Central) (PA(C)) com os obtidos na avaliação cognitiva. Método: Participaram do estudo 25 indivíduos com Comprometimento Cognitivo Leve, divididos em três grupos: Grupo Estudo (dez sujeitos), Grupo Placebo (dez sujeitos) e Grupo Controle (cinco sujeitos) com idades entre 69 e 91 anos. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação cognitiva e à avaliação do processamento auditivo (central). O Grupo Estudo foi submetido a um programa de treinamento auditivo em cabina acústica durante oito sessões, reavaliado em relação ao Processamento Auditivo (Central) e, na semana seguinte, à cognição. De igual forma, o Grupo Placebo foi submetido a um programa de treinamento placebo durante oito sessões e às reavaliações cognitivas e do processamento auditivo (central). O Grupo Controle foi submetido a uma nova avaliação do processamento auditivo (central) após oito semanas e, na semana posterior, à avaliação da cognição. Resultados: O perfil cognitivo dos idosos dos três grupos estudados não apresentou diferenças estatisticamente significantes na primeira avaliação cognitiva. A segunda avaliação cognitiva mostrou uma piora dos escores obtidos pelos três grupos nos testes CAMCOG e de Memória de Rivermead (RBMT), sendo que o Grupo Placebo obteve escores melhores quando comparados aos demais grupos. Em relação ao teste de dígitos, notamos uma melhora nos escores obtidos pelos Grupos Placebo e Estudo e uma piora do Grupo Controle, sendo que o Grupo Placebo demonstrou o melhor desempenho. Os dados obtidos na segunda avaliação do processamento auditivo (central) mostram diferenças estatisticamente significantes nos testes fala com ruído e SSI, o que mostra que os grupos se diferenciaram após os programas de intervenção, sendo que o Grupo Estudo obteve melhores escores do que os demais, mostrando uma evolução em todos os testes aplicados e, consequentemente, uma melhora das habilidades auditivas estimuladas. Conclusões: Após a análise crítica dos resultados deste estudo, podemos concluir que o treinamento auditivo foi eficaz na melhora das habilidades auditivas do processamento auditivo (central) em idosos com CCL; apesar de existir uma correlação entre os testes comportamentais auditivos e os cognitivos, não foi possível identificá-la talvez devido ao pequeno número da amostra do estudo; e, finalmente, que a evolução do comprometimento cognitivo leve é suscetível a modificações decorrentes de processos de intervenção que estimulem as habilidades cognitivas, retardando a progressão da doença.
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Objetivo: Avaliar pacientes idosos com Comprometimento Cognitivo Leve submetidos a um programa de treinamento auditivo formal e compará-los a dois grupos de idosos com Comprometimento Cognitivo Leve: um grupo submetido a um programa de treinamento placebo e um grupo de idosos que não sofreu intervenção e correlacionar os resultados obtidos nos testes de Processamento Auditivo (Central) (PA(C)) com os obtidos na avaliação cognitiva. Método: Participaram do estudo 25 indivíduos com Comprometimento Cognitivo Leve, divididos em três grupos: Grupo Estudo (dez sujeitos), Grupo Placebo (dez sujeitos) e Grupo Controle (cinco sujeitos) com idades entre 69 e 91 anos. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação cognitiva e à avaliação do processamento auditivo (central). O Grupo Estudo foi submetido a um programa de treinamento auditivo em cabina acústica durante oito sessões, reavaliado em relação ao Processamento Auditivo (Central) e, na semana seguinte, à cognição. De igual forma, o Grupo Placebo foi submetido a um programa de treinamento placebo durante oito sessões e às reavaliações cognitivas e do processamento auditivo (central). O Grupo Controle foi submetido a uma nova avaliação do processamento auditivo (central) após oito semanas e, na semana posterior, à avaliação da cognição. Resultados: O perfil cognitivo dos idosos dos três grupos estudados não apresentou diferenças estatisticamente significantes na primeira avaliação cognitiva. A segunda avaliação cognitiva mostrou uma piora dos escores obtidos pelos três grupos nos testes CAMCOG e de Memória de Rivermead (RBMT), sendo que o Grupo Placebo obteve escores melhores quando comparados aos demais grupos. Em relação ao teste de dígitos, notamos uma melhora nos escores obtidos pelos Grupos Placebo e Estudo e uma piora do Grupo Controle, sendo que o Grupo Placebo demonstrou o melhor desempenho. Os dados obtidos na segunda avaliação do processamento auditivo (central) mostram diferenças estatisticamente significantes nos testes fala com ruído e SSI, o que mostra que os grupos se diferenciaram após os programas de intervenção, sendo que o Grupo Estudo obteve melhores escores do que os demais, mostrando uma evolução em todos os testes aplicados e, consequentemente, uma melhora das habilidades auditivas estimuladas. Conclusões: Após a análise crítica dos resultados deste estudo, podemos concluir que o treinamento auditivo foi eficaz na melhora das habilidades auditivas do processamento auditivo (central) em idosos com CCL; apesar de existir uma correlação entre os testes comportamentais auditivos e os cognitivos, não foi possível identificá-la talvez devido ao pequeno número da amostra do estudo; e, finalmente, que a evolução do comprometimento cognitivo leve é suscetível a modificações decorrentes de processos de intervenção que estimulem as habilidades cognitivas, retardando a progressão da doença.Introduction: The effect of aging in the peripheral and central auditory system interacts with changes in the decrease of cognitive support, as long as the hearing lost may aggravate the effects of a cognitive deficit. In dementia this relation is well studied, but for the Mild Cognitive Impairment (MCI) there are still no studies that evaluate its relation to hearing loss. Aim: Evaluate elderly patients with Mild Cognitive Impairment that underwent a formal auditory training program and compared them to two groups of elderly with Mild Cognitive Impairment: One group that underwent a placebo training program and other with no intervention and, correlate the results of the (Central) Auditory Processing (PA(C)) with the results of the cognitive evaluation. Methods: Participated in the study 25 individuals with Mild Cognitive Impairment, divided in three groups: Study Group (ten subjects), Placebo Group (ten subjects) and Control Group (five subjects) with age range between 69 and 91 years old. All individuals were evaluated for through cognitive and (central) auditory processing functions. The Study Group underwent a program of auditory training in an acoustic booth during eight sessions then the (central) auditory processing was reevaluated and, in the following week the cognition was reevaluated. The Placebo Group underwent a placebo training program during eight sessions that followed by (central) auditory and cognitive reevaluations. The Control Group underwent a new (central) auditory processing evaluation after eight weeks and, in the following week a cognitive evaluation was taken. Results: The cognitive profile of the three groups studied did not show significant statistical differences in the first cognitive evaluation taken. The second cognitive evaluation showed worse results obtained by the three groups in the Cambridge Cognition Exam (CAMCOG) and Rivermead Memory (RBMT) tests. The Placebo Group obtained better scores when compared to the other groups. In relation to the digits test there was an improvement of the scores regarding the Placebo and Study Groups and an aggravation of the scores of the Control Group. The Placebo Group demonstrated better performance in this test. Data obtained from the second (central) auditory processing evaluation showed significant statistical differences in speech in noise and SSI tests, demonstrating that groups were different after the intervention programs. The Study Group obtained better scores compared to the others showing an evolution in all tests applied and, consequently, an improvement in the auditory abilities stimulated. Conclusions: After a critical analysis of the results of this study, we can conclude that: Auditory training was efficient in the improvement of the auditory abilities of the (central) auditory processing in elderly with MCI; although there is correlation between auditory behavioral and cognitive tests, it was not possible to identify it may be due to the small number of subjects in this study; and, finally, the evolution of the mild cognitive impairment is susceptible to modifications resulted from processes of intervention that stimulate the cognitive abilities, retarding the progression of the disease.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSchochat, ElianeSouza, Renata Rezende de2010-03-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-19042010-110045/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-19042010-110045Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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