Transferência transplacentária de anticorpos anti-Streptococcus B nos recém-nascidos de termo e pré-termo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brasil, Tatiana Braga
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-25082008-152728/
Resumo: O Streptococcus do Grupo B (EGB) é um dos principais agentes de infecção no período neonatal, sendo responsável por altos índices de morbimortalidade materno-fetal. Este estudo tem por objetivo avaliar a passagem transplacentária de anticorpos anti-Streptococcus B e imunoglobulina G em recém-nascidos de termo e pré-termo, bem como comparar seus níveis séricos. Foi realizado estudo transversal incluindo 44 recém-nascidos (18 pré-termo e 26 de termo) do Berçário Anexo à Maternidade do Hospital das Clínicas da FMUSP no período de dezembro de 2006 a julho de 2007. Após consentimento esclarecido, foram obtidas amostras de sangue das mães e do cordão umbilical de seus respectivos recém-nascidos, realizadas dosagens de IgG total por nefelometria e de anticorpos anti-EGB através do ensaio imunoenzimático (ELISA). Observou-se que nos dois grupos de mães da casuística, compostos por 16 mães de RN pré-termo e 26 mães de RN de termo, não houve diferença significativa em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. O nível sérico médio de anticorpos maternos anti-EGB foi de 1697,98, com variação de 456 a 5200 (em títulos). O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB das mães de RNPT foi de 1570,72, com variação de 588 a 3829 (em títulos), enquanto nas mães de RNT o nível médio foi de 1786,08, com variação de 456 a 5200. Os níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus do grupo B dos recém-nascidos foram significantemente mais baixos nos RN pré-termo em relação aos RN de termo. O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB dos RNPT foi de 1059,22, com variação de 416 a 3924 (em títulos), enquanto nos RNT foi 2025,50, com variação de 542 a 5476. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, demonstrando correlação entre prematuridade e baixos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. A associação entre idade gestacional inferior a 37 semanas e diminuição dos níveis de anticorpos anti-EGB concorda com a maior vulnerabilidade dos neonatos pré-termo à infecção por esta bactéria. Os autores concluem que houve passagem transplacentária de imunoglobulina G e anticorpos anti-Streptococcus B nos RN de termo e pré-termo, sendo, porém, os níveis séricos significantemente mais baixos nos RNPT, tanto em relação às suas mães quanto em relação aos níveis observados nos RN de termo. Os recém-nascidos de termo apresentaram níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B semelhantes aos maternos, devido ao incremento da transferência transplacentária no final da gestação. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, enfatizando a importância da prematuridade como fator determinante das baixas concentrações séricas destes componentes imunológicos. Não houve diferença significante entre as mães dos recém-nascidos de termo e pré-termo em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B.
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Após consentimento esclarecido, foram obtidas amostras de sangue das mães e do cordão umbilical de seus respectivos recém-nascidos, realizadas dosagens de IgG total por nefelometria e de anticorpos anti-EGB através do ensaio imunoenzimático (ELISA). Observou-se que nos dois grupos de mães da casuística, compostos por 16 mães de RN pré-termo e 26 mães de RN de termo, não houve diferença significativa em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. O nível sérico médio de anticorpos maternos anti-EGB foi de 1697,98, com variação de 456 a 5200 (em títulos). O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB das mães de RNPT foi de 1570,72, com variação de 588 a 3829 (em títulos), enquanto nas mães de RNT o nível médio foi de 1786,08, com variação de 456 a 5200. Os níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus do grupo B dos recém-nascidos foram significantemente mais baixos nos RN pré-termo em relação aos RN de termo. O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB dos RNPT foi de 1059,22, com variação de 416 a 3924 (em títulos), enquanto nos RNT foi 2025,50, com variação de 542 a 5476. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, demonstrando correlação entre prematuridade e baixos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. A associação entre idade gestacional inferior a 37 semanas e diminuição dos níveis de anticorpos anti-EGB concorda com a maior vulnerabilidade dos neonatos pré-termo à infecção por esta bactéria. Os autores concluem que houve passagem transplacentária de imunoglobulina G e anticorpos anti-Streptococcus B nos RN de termo e pré-termo, sendo, porém, os níveis séricos significantemente mais baixos nos RNPT, tanto em relação às suas mães quanto em relação aos níveis observados nos RN de termo. Os recém-nascidos de termo apresentaram níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B semelhantes aos maternos, devido ao incremento da transferência transplacentária no final da gestação. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, enfatizando a importância da prematuridade como fator determinante das baixas concentrações séricas destes componentes imunológicos. Não houve diferença significante entre as mães dos recém-nascidos de termo e pré-termo em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B.Group B Streptococcus (GBS) is one of the leading causes of infections in mothers and newborn babies, and it is responsible for high mortality rates. The purpose of this study was to evaluate the transplacental transfer of anti-Streptococcus B antibodies and immunoglobulin G in term and preterm newborns and compare the serum levels between these two groups. A transversal study was conducted with 44 newborns (18 preterm and 26 term infants) admitted to the Nursery next to FMUSP Hospital das Clínicas Maternity in the period of December 2006 to July 2007. After they gave their informed consent, blood and umbilical cord samples were collected from the mothers and from their respective newborn babies. Total IgG measurements were performed using nephelometry and the presence of antibodies anti-GBS was evaluated by the immunoenzimatic test (ELISA). In both groups of mothers (16 preterm`s mothers and 26 term`s mothers) the serum levels of anti-Streptococcus B antibodies were similar and there was no statistical significance between them. The mean serum levels of anti-GBS antibodies in mothers was 1697,98, ranging from 456 to 5200 (in titles). The mean serum levels of anti-GBS antibodies in mothers of preterm babies was 1570,72, ranging from 588 to 3829 (in titles), while in term`s mothers the mean level was 1786,08, ranging from 456 to 5200. Anti-Streptococcus B antibodies in the newborns demonstrated significantly lower levels in preterm newborn compared to the levels of the term newborns. The mean serum levels of anti-GBS antibodies in preterm newborns was 1059,22, ranging from 416 to 3924 (in titles), while in term newborns the mean level was 2025,50, ranging from 542 to 5476. There was a positive correlation between the levels of immunoglobulin G and anti-Streptococcus B antibodies and the gestational age which shows the correlation between prematurity and low levels of anti-Streptococcus B antibodies. The association between gestational age less than 37 weeks and reduction of anti-GBS antibody levels corroborates with the fact that preterm neonates are more vulnerable to the infection by this bacteria. The authors have come to the conclusion that transplacental transfer of immunoglobulin G and anti-Streptococcus B antibodies have been proved in term and preterm newborns. The transfer of immunoglobulin and antibodies was less effective in preterm newborns, whose serum levels were significantly lower compared to the levels of their mothers and the term newborns. Term newborns showed levels of anti-Streptococcus B antibodies similar to their mothers due to the increase of transplacental transfer of antibodies during the end of gestation. The positive correlation between the levels of immunoglobulin G and anti-Streptococcus B antibodies with gestational age, proves the importance of prematurity as a determining factor of the low serum concentrations in the components of this newborn\'s immunological repertoire. There was no significant difference between the levels of anti-Streptococcus B antibodies in mothers of term and preterm newborns.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrebs, Vera Lúcia JornadaBrasil, Tatiana Braga2008-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-25082008-152728/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:56Zoai:teses.usp.br:tde-25082008-152728Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description O Streptococcus do Grupo B (EGB) é um dos principais agentes de infecção no período neonatal, sendo responsável por altos índices de morbimortalidade materno-fetal. Este estudo tem por objetivo avaliar a passagem transplacentária de anticorpos anti-Streptococcus B e imunoglobulina G em recém-nascidos de termo e pré-termo, bem como comparar seus níveis séricos. Foi realizado estudo transversal incluindo 44 recém-nascidos (18 pré-termo e 26 de termo) do Berçário Anexo à Maternidade do Hospital das Clínicas da FMUSP no período de dezembro de 2006 a julho de 2007. Após consentimento esclarecido, foram obtidas amostras de sangue das mães e do cordão umbilical de seus respectivos recém-nascidos, realizadas dosagens de IgG total por nefelometria e de anticorpos anti-EGB através do ensaio imunoenzimático (ELISA). Observou-se que nos dois grupos de mães da casuística, compostos por 16 mães de RN pré-termo e 26 mães de RN de termo, não houve diferença significativa em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. O nível sérico médio de anticorpos maternos anti-EGB foi de 1697,98, com variação de 456 a 5200 (em títulos). O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB das mães de RNPT foi de 1570,72, com variação de 588 a 3829 (em títulos), enquanto nas mães de RNT o nível médio foi de 1786,08, com variação de 456 a 5200. Os níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus do grupo B dos recém-nascidos foram significantemente mais baixos nos RN pré-termo em relação aos RN de termo. O nível sérico médio de anticorpos anti-EGB dos RNPT foi de 1059,22, com variação de 416 a 3924 (em títulos), enquanto nos RNT foi 2025,50, com variação de 542 a 5476. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, demonstrando correlação entre prematuridade e baixos níveis séricos de anticorpos anti-EGB. A associação entre idade gestacional inferior a 37 semanas e diminuição dos níveis de anticorpos anti-EGB concorda com a maior vulnerabilidade dos neonatos pré-termo à infecção por esta bactéria. Os autores concluem que houve passagem transplacentária de imunoglobulina G e anticorpos anti-Streptococcus B nos RN de termo e pré-termo, sendo, porém, os níveis séricos significantemente mais baixos nos RNPT, tanto em relação às suas mães quanto em relação aos níveis observados nos RN de termo. Os recém-nascidos de termo apresentaram níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B semelhantes aos maternos, devido ao incremento da transferência transplacentária no final da gestação. Houve correlação positiva entre os níveis de imunoglobulina G e de anticorpos anti-Streptococcus B com a idade gestacional, enfatizando a importância da prematuridade como fator determinante das baixas concentrações séricas destes componentes imunológicos. Não houve diferença significante entre as mães dos recém-nascidos de termo e pré-termo em relação aos níveis séricos de anticorpos anti-Streptococcus B.
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