A invenção de uma tradição: caminhos da autobiografia no cinema experimental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-22092016-153733/ |
Resumo: | No final da década de 1960 e início da seguinte, dentro do contexto que se convencionou chamar de cinema experimental ou de vanguarda norte-americano, um número sem precendetes de cineastas dedicou-se à elaboração de filmes-diário ou autobiografias filmadas. Esse movimento é acompanhado, no caso de alguns dos realizadores, por um interesse por outras formas (literárias ou pictóricas) de autorre- presentação e escrita de vida e por um esforço reflexivo sobre as possibilidades, usos e potências dessas formas no cinema. Partindo do entendimento que a autobiografia transforma-se em um campo de interesses para cineastas, críticos e público apenas a partir deste momento, esta tese pretende abordar como ela é formulada e inventada por cineastas como uma forma possível para o cinema. A partir da análise de textos e filmes de três cineastas centrais para essa elaboração, notadamente Stan Brakhage, Jonas Mekas e Hollis Frampton, demonstramos o papel do gênero na transformação de um panorama artístico e criativo. De um lado, como se verá, a autobiografia afirma-se e inventa-se como uma tentativa de dialogar e responder a uma história artística que incluí o próprio cineasta, de outro, ela propõe-se como um lugar de singularização e transformação dessa história. |
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A invenção de uma tradição: caminhos da autobiografia no cinema experimental-(nostalgia)(nostalgia)autobiografiaautobiographyCinema experimental norte-americanodiary filmfilme-diárioHollis FramptonHollis FramptonJonas MekasJonas MekasLost Lost LostLost Lost LostNorth-American experimental filmSincerity & DuplicitySincerity & DuplicityStan BrakhageStan BrakhageWaldenWaldenNo final da década de 1960 e início da seguinte, dentro do contexto que se convencionou chamar de cinema experimental ou de vanguarda norte-americano, um número sem precendetes de cineastas dedicou-se à elaboração de filmes-diário ou autobiografias filmadas. Esse movimento é acompanhado, no caso de alguns dos realizadores, por um interesse por outras formas (literárias ou pictóricas) de autorre- presentação e escrita de vida e por um esforço reflexivo sobre as possibilidades, usos e potências dessas formas no cinema. Partindo do entendimento que a autobiografia transforma-se em um campo de interesses para cineastas, críticos e público apenas a partir deste momento, esta tese pretende abordar como ela é formulada e inventada por cineastas como uma forma possível para o cinema. A partir da análise de textos e filmes de três cineastas centrais para essa elaboração, notadamente Stan Brakhage, Jonas Mekas e Hollis Frampton, demonstramos o papel do gênero na transformação de um panorama artístico e criativo. De um lado, como se verá, a autobiografia afirma-se e inventa-se como uma tentativa de dialogar e responder a uma história artística que incluí o próprio cineasta, de outro, ela propõe-se como um lugar de singularização e transformação dessa história.On the threshold of the seventies, the autobiographical genre emerged as one of the main tendencies of the north-american avant-garde film. This event was followed by a growing interest in other forms of self representation and life narratives in painting and literature and by an intellectual effort to reflect on the uses, qualities, possibilities and predecessors of the new form in film. Understanding that autobiography becomes a field of interest for filmmakers, critics and public alike only at this moment in time, this dissertation intends to broach how autobiography is fashioned by filmmakers into a form viable for cinema. Relying on a vast documentation of writings by Jonas Mekas, Stan Brakhage and Hollis Frampton, three filmmakers whom we consider to be central to the understanding of the genre as such, and on close readings of their autobiographical films we demonstrate the role played by the genre in the transformation of a creative and artistic environment. As will be seen, the emergence of the genre responds to a historical and aesthetic transformation in experimental films and offers itself as a peronal narrative for this changing history.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPXavier, Ismail NorbertoAndrade, Patrícia Mourão de2016-04-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-22092016-153733/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:47Zoai:teses.usp.br:tde-22092016-153733Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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No final da década de 1960 e início da seguinte, dentro do contexto que se convencionou chamar de cinema experimental ou de vanguarda norte-americano, um número sem precendetes de cineastas dedicou-se à elaboração de filmes-diário ou autobiografias filmadas. Esse movimento é acompanhado, no caso de alguns dos realizadores, por um interesse por outras formas (literárias ou pictóricas) de autorre- presentação e escrita de vida e por um esforço reflexivo sobre as possibilidades, usos e potências dessas formas no cinema. Partindo do entendimento que a autobiografia transforma-se em um campo de interesses para cineastas, críticos e público apenas a partir deste momento, esta tese pretende abordar como ela é formulada e inventada por cineastas como uma forma possível para o cinema. A partir da análise de textos e filmes de três cineastas centrais para essa elaboração, notadamente Stan Brakhage, Jonas Mekas e Hollis Frampton, demonstramos o papel do gênero na transformação de um panorama artístico e criativo. De um lado, como se verá, a autobiografia afirma-se e inventa-se como uma tentativa de dialogar e responder a uma história artística que incluí o próprio cineasta, de outro, ela propõe-se como um lugar de singularização e transformação dessa história. |
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