Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Visconti, Renata Pieroni
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-09112010-115728/
Resumo: Neste estudo, randomizado, duplo cego, avaliamos a eficácia anestésica em quarenta e dois pacientes, do Setor de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, com pulpite irreversível, que receberam mepivacaína 2% (n=21) ou lidocaína 2% (n=21) associadas à epinefrina 1:100.000 para bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI). O sinal subjetivo de anestesia do lábio e língua, a presença de anestesia pulpar e ausência de dor durante o procedimento de pulpectomia foram avaliados, respectivamente, por indagação ao paciente, pelo testador elétrico pulpar (TEP) e pela escala de dor verbal (VAS). Pela técnica pterigomandibular indireta das três posições, foi injetado primeiramente um tubete (1,8mL), e depois de 10 minutos, foi testada a anestesia pulpar (AP), pelo TEP, por duas leituras negativas ao estímulo máximo (80A) do aparelho. Quando não instalada a AP, um segundo tubete (mais 1,8mL) era reinjetado. Confirmada a anestesia pulpar, iniciava-se a pulpectomia. O sucesso do BNAI foi definido como a capacidade de acessar a câmara pulpar e a realização da pulpectomia sem relato de dor (VAS) pelo paciente (escore 0 ou 1), enquanto o insucesso foi caracterizado pelo incomodo/dor (escore 2 ou 3), que impedisse a continuação. Nesse caso, um terceiro e último tubete foi dado por técnicas complementares (intraligamentar ou intrapulpar) para finalizar o procedimento. Na análise estatística utilizou-se o teste Exato de Fisher e ANOVA com nível de significância fixado em 5%. Obtivemos que no grupo Mepivacaína com 1,8mL, a taxa de anestesia pulpar (AP) foi de 52% (11/21), e sucesso no BNAI de 55% (6/11); a injeção de mais 1,8mL (2º tubete) aumentou a AP para 86% (18/21) e o sucesso no BNAI para 55% (10*/18). No Grupo Lidocaína, com 1.8mL, a taxa da AP foi de 33% (7/21), o BNAI foi de 0%; com mais 1,8mL (2º tubete), a AP aumentou para 67% (14/21) e sucesso no BNAI para 14% (2*/14) (*com diferença estatística onde p0,05). A mepivacaína com volume menor proporcionou, clinicamente, maior índice de anestesia pulpar e sucesso do BNAI (pulpectomia total), e permitiu chegar mais próximo da polpa quando comparada a lidocaína. Concluímos que a mepivacaína obteve melhores resultados no sucesso do BNAI para a realização da pulpectomia em molares inferiores com pulpite irreversível.
id USP_3de374aaab3ae60508f0756a3141b459
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-09112010-115728
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversívelAnesthetic efficacy of mepivacaine and lidocaine in mandibular block in irreversible pulpitis molarsBloqueio mandibularInferior Alveolar Nerve BlockIrreversible PulpitisLidocaínaLidocaineMepivacaínaMepivacainePulpite irreversívelNeste estudo, randomizado, duplo cego, avaliamos a eficácia anestésica em quarenta e dois pacientes, do Setor de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, com pulpite irreversível, que receberam mepivacaína 2% (n=21) ou lidocaína 2% (n=21) associadas à epinefrina 1:100.000 para bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI). O sinal subjetivo de anestesia do lábio e língua, a presença de anestesia pulpar e ausência de dor durante o procedimento de pulpectomia foram avaliados, respectivamente, por indagação ao paciente, pelo testador elétrico pulpar (TEP) e pela escala de dor verbal (VAS). Pela técnica pterigomandibular indireta das três posições, foi injetado primeiramente um tubete (1,8mL), e depois de 10 minutos, foi testada a anestesia pulpar (AP), pelo TEP, por duas leituras negativas ao estímulo máximo (80A) do aparelho. Quando não instalada a AP, um segundo tubete (mais 1,8mL) era reinjetado. Confirmada a anestesia pulpar, iniciava-se a pulpectomia. O sucesso do BNAI foi definido como a capacidade de acessar a câmara pulpar e a realização da pulpectomia sem relato de dor (VAS) pelo paciente (escore 0 ou 1), enquanto o insucesso foi caracterizado pelo incomodo/dor (escore 2 ou 3), que impedisse a continuação. Nesse caso, um terceiro e último tubete foi dado por técnicas complementares (intraligamentar ou intrapulpar) para finalizar o procedimento. Na análise estatística utilizou-se o teste Exato de Fisher e ANOVA com nível de significância fixado em 5%. Obtivemos que no grupo Mepivacaína com 1,8mL, a taxa de anestesia pulpar (AP) foi de 52% (11/21), e sucesso no BNAI de 55% (6/11); a injeção de mais 1,8mL (2º tubete) aumentou a AP para 86% (18/21) e o sucesso no BNAI para 55% (10*/18). No Grupo Lidocaína, com 1.8mL, a taxa da AP foi de 33% (7/21), o BNAI foi de 0%; com mais 1,8mL (2º tubete), a AP aumentou para 67% (14/21) e sucesso no BNAI para 14% (2*/14) (*com diferença estatística onde p0,05). A mepivacaína com volume menor proporcionou, clinicamente, maior índice de anestesia pulpar e sucesso do BNAI (pulpectomia total), e permitiu chegar mais próximo da polpa quando comparada a lidocaína. Concluímos que a mepivacaína obteve melhores resultados no sucesso do BNAI para a realização da pulpectomia em molares inferiores com pulpite irreversível.The aim of this, double blind randomized study, was to evaluate the anesthetic efficacy of inferior alveolar nerve block (IANB) using 2% mepivacaine and 2% lidocaine both associated with adrenaline 1:100,000 in molars with irreversible pulpitis. The sample of these study consisted of forty-two healthy patients diagnosed with irreversible pulpitis actively experiencing pain. For blocking the IAN was established the following protocol: injection of one cartridge (1.8 mL) by the technique pterigomandibular of three indirect positions, expected 10 minutes and electric pulp test (EPT) Vitality Scanner®-SybronEndo, USA was accomplishment. If tooth sensitivity pain persisted another cartridge (plus 1.8 mL) was given by the same technique and the same methodology was performed. The pulpectomy was continued after the confirmation of pulpal anesthesia, which was established as the lack of response at maximum stimulation (80A) of EPT. In cases where the patient reported pain during pulpectomy even confirmed the blockage, a third cartridge was given by complementary techniques (intraligamentary or intrapulpal) to complete the endodontic procedure. The anesthetic efficacy in IANB was established when the pulpectomy was performed without report of pain and without complementation. For analysis and comparison of results we used the Fisher exact statistical test and ANOVA with significance level set at 5%. Regarding the effectiveness of the anesthetic with 1,8 mL mepivacaine, determined pulpar anesthesia (PA) was 52% (11/21), and success in IANB (pulpectomy) 55% (6/11), the most injection of 1,8 mL, increased 86% (18/21) for AP and success in IANB to 55% (10*/18). In the lidocaine group, with 1.8mL, AP rate was 33% (7/21), the IANB was 0%, with a further 1.8 mL (cartridge 2) the AP increased to 67% (14/21) and success was to IANB 14 % (2*/14), (*statistically difference p 0.05). Mepivacaine with smaller volume clinically provided a higher rate of pulpal anesthesia and most successful of IANB (pulpectomy total), allowing to reach nearest dental pulp than lidocaine. Concluded that mepivacaine performed better in success of IANB (pulpectomy) that lidocaine in molars with irreversible pulpitisBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBuscariolo, Inês AparecidaVisconti, Renata Pieroni2010-07-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-09112010-115728/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:12Zoai:teses.usp.br:tde-09112010-115728Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
Anesthetic efficacy of mepivacaine and lidocaine in mandibular block in irreversible pulpitis molars
title Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
spellingShingle Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
Visconti, Renata Pieroni
Bloqueio mandibular
Inferior Alveolar Nerve Block
Irreversible Pulpitis
Lidocaína
Lidocaine
Mepivacaína
Mepivacaine
Pulpite irreversível
title_short Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
title_full Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
title_fullStr Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
title_full_unstemmed Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
title_sort Eficácia anestésica da mepivacaína e da lidocaína no bloqueio mandibular em molares inferiores com pulpite irreversível
author Visconti, Renata Pieroni
author_facet Visconti, Renata Pieroni
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Buscariolo, Inês Aparecida
dc.contributor.author.fl_str_mv Visconti, Renata Pieroni
dc.subject.por.fl_str_mv Bloqueio mandibular
Inferior Alveolar Nerve Block
Irreversible Pulpitis
Lidocaína
Lidocaine
Mepivacaína
Mepivacaine
Pulpite irreversível
topic Bloqueio mandibular
Inferior Alveolar Nerve Block
Irreversible Pulpitis
Lidocaína
Lidocaine
Mepivacaína
Mepivacaine
Pulpite irreversível
description Neste estudo, randomizado, duplo cego, avaliamos a eficácia anestésica em quarenta e dois pacientes, do Setor de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, com pulpite irreversível, que receberam mepivacaína 2% (n=21) ou lidocaína 2% (n=21) associadas à epinefrina 1:100.000 para bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI). O sinal subjetivo de anestesia do lábio e língua, a presença de anestesia pulpar e ausência de dor durante o procedimento de pulpectomia foram avaliados, respectivamente, por indagação ao paciente, pelo testador elétrico pulpar (TEP) e pela escala de dor verbal (VAS). Pela técnica pterigomandibular indireta das três posições, foi injetado primeiramente um tubete (1,8mL), e depois de 10 minutos, foi testada a anestesia pulpar (AP), pelo TEP, por duas leituras negativas ao estímulo máximo (80A) do aparelho. Quando não instalada a AP, um segundo tubete (mais 1,8mL) era reinjetado. Confirmada a anestesia pulpar, iniciava-se a pulpectomia. O sucesso do BNAI foi definido como a capacidade de acessar a câmara pulpar e a realização da pulpectomia sem relato de dor (VAS) pelo paciente (escore 0 ou 1), enquanto o insucesso foi caracterizado pelo incomodo/dor (escore 2 ou 3), que impedisse a continuação. Nesse caso, um terceiro e último tubete foi dado por técnicas complementares (intraligamentar ou intrapulpar) para finalizar o procedimento. Na análise estatística utilizou-se o teste Exato de Fisher e ANOVA com nível de significância fixado em 5%. Obtivemos que no grupo Mepivacaína com 1,8mL, a taxa de anestesia pulpar (AP) foi de 52% (11/21), e sucesso no BNAI de 55% (6/11); a injeção de mais 1,8mL (2º tubete) aumentou a AP para 86% (18/21) e o sucesso no BNAI para 55% (10*/18). No Grupo Lidocaína, com 1.8mL, a taxa da AP foi de 33% (7/21), o BNAI foi de 0%; com mais 1,8mL (2º tubete), a AP aumentou para 67% (14/21) e sucesso no BNAI para 14% (2*/14) (*com diferença estatística onde p0,05). A mepivacaína com volume menor proporcionou, clinicamente, maior índice de anestesia pulpar e sucesso do BNAI (pulpectomia total), e permitiu chegar mais próximo da polpa quando comparada a lidocaína. Concluímos que a mepivacaína obteve melhores resultados no sucesso do BNAI para a realização da pulpectomia em molares inferiores com pulpite irreversível.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-07-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-09112010-115728/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-09112010-115728/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090559967494144