Efeitos da hipóxia no desenvolvimento da fadiga neuromuscular em atletas recreativamente treinados dos sexos masculino e feminino durante um teste contrarrelógio de 4-km de ciclismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/D.39.2023.tde-04052023-161806 |
Resumo: | A fadiga neuromuscular é um dos tópicos relacionados ao desempenho esportivo mais estudado e tem sido objeto de estudo desde o século passado. Mais recentemente, estudos que buscaram analisar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular têm utilizado modelos experimentais que promovem a diminuição da oferta de O2 (e.g. hipóxia) e tem sido demonstrado que a hipóxia pode influenciar os marcadores de fadiga. Além disso, outros estudos têm observado que as mulheres tendem a ser mais resistentes à fadiga em relação aos homens. Portanto, o objetivo do presente foi comparar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular entre homens e mulheres, nas condições de normóxia e hipóxia, após um teste contrarrelógio de 4-km (4-km TT) no ciclismo. Foram recrutadas 8 mulheres e 9 homens (VO2máx = 41,8 ± 5,1 e 52,2 ± 4,8 ml/kg/min, respectivamente), classificados como treinados recreativamente. Estes realizaram um 4-km TT em normóxia (FiO2 = 0,21) e em hipóxia (FiO2 = 0,16) de forma randomizada. Durante os testes foram medidos os valores de saturação de oxigênio (SpO2), potência (PO) e percepção subjetiva de esforço (PSE). As medidas de fadiga neuromuscular foram realizadas antes e após o 4- km TT. Além disso, imediatamente após as medidas de fadiga foi realizada a mensuração das concentrações sanguíneas de lactato [La]. A SpO2 média sofreu uma queda significativa na condição de hipóxia comparada à normóxia em homens (81,2 ± 3,6 % vs 92,3 ± 3,1 %; p<0,05, respectivamente) e mulheres (79 ± 5,1 % vs 89 ± 5,1 %; p<0,05, respectivamente). Os homens tiveram uma queda na potência média em hipóxia (249,1 ± 43,4 W vs 217 ± 36,4 W; p<0,05), contudo não foi observado diferença entre as condições na potência média das mulheres (177 ± 22 W vs 165,7 ± 18,1 W; p>0,05). Adicionalmente, a PSE média acumulada foi maior para ambos os sexos na condição de hipóxia (p<0,05). Para os marcadores de fadiga neuromuscular e [La], não foram observadas diferenças entre as condições e o sexo (p>0,05). Embora não tenha sido observado nenhuma diferença nos marcadores de fadiga neuromuscular entre os sexos, os achados do presente estudo sugerem que, possivelmente, as mulheres tenham uma maior resistência à hipóxia, na medida em que elas foram capazes de manter a potência média e o desempenho nas duas condições |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Efeitos da hipóxia no desenvolvimento da fadiga neuromuscular em atletas recreativamente treinados dos sexos masculino e feminino durante um teste contrarrelógio de 4-km de ciclismo Effects of hipoxia on development of neuromuscular fatigue in male and female athletes during 4-km cycling time trial 2023-03-08Rômulo Cássio de Moraes BertuzziMarcelo PapotiMaria Urbana Pinto Brandão RondonAdriano Eduardo Lima da SilvaJúlio Satoshi HasegawaUniversidade de São PauloEducação Física e EsporteUSPBR Ciclismo Cycling Desempenho Endurance Endurance Oxigenação Oxygenation Performance A fadiga neuromuscular é um dos tópicos relacionados ao desempenho esportivo mais estudado e tem sido objeto de estudo desde o século passado. Mais recentemente, estudos que buscaram analisar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular têm utilizado modelos experimentais que promovem a diminuição da oferta de O2 (e.g. hipóxia) e tem sido demonstrado que a hipóxia pode influenciar os marcadores de fadiga. Além disso, outros estudos têm observado que as mulheres tendem a ser mais resistentes à fadiga em relação aos homens. Portanto, o objetivo do presente foi comparar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular entre homens e mulheres, nas condições de normóxia e hipóxia, após um teste contrarrelógio de 4-km (4-km TT) no ciclismo. Foram recrutadas 8 mulheres e 9 homens (VO2máx = 41,8 ± 5,1 e 52,2 ± 4,8 ml/kg/min, respectivamente), classificados como treinados recreativamente. Estes realizaram um 4-km TT em normóxia (FiO2 = 0,21) e em hipóxia (FiO2 = 0,16) de forma randomizada. Durante os testes foram medidos os valores de saturação de oxigênio (SpO2), potência (PO) e percepção subjetiva de esforço (PSE). As medidas de fadiga neuromuscular foram realizadas antes e após o 4- km TT. Além disso, imediatamente após as medidas de fadiga foi realizada a mensuração das concentrações sanguíneas de lactato [La]. A SpO2 média sofreu uma queda significativa na condição de hipóxia comparada à normóxia em homens (81,2 ± 3,6 % vs 92,3 ± 3,1 %; p<0,05, respectivamente) e mulheres (79 ± 5,1 % vs 89 ± 5,1 %; p<0,05, respectivamente). Os homens tiveram uma queda na potência média em hipóxia (249,1 ± 43,4 W vs 217 ± 36,4 W; p<0,05), contudo não foi observado diferença entre as condições na potência média das mulheres (177 ± 22 W vs 165,7 ± 18,1 W; p>0,05). Adicionalmente, a PSE média acumulada foi maior para ambos os sexos na condição de hipóxia (p<0,05). Para os marcadores de fadiga neuromuscular e [La], não foram observadas diferenças entre as condições e o sexo (p>0,05). Embora não tenha sido observado nenhuma diferença nos marcadores de fadiga neuromuscular entre os sexos, os achados do presente estudo sugerem que, possivelmente, as mulheres tenham uma maior resistência à hipóxia, na medida em que elas foram capazes de manter a potência média e o desempenho nas duas condições Neuromuscular fatigue is one of the most topics related to sports performance and has been studied since last century. More recently, studies that sought to analyze the development of neuromuscular fatigue have used experimental models that promote a decrease in O2 supply and it has been shown that hypoxia can influence fatigue. In addition, other studies have observed that women are more resistant to fatigue than men. Therefore, the aim of the present study was to compare the development of neuromuscular fatigue between men and women, under normoxia and hypoxia conditions after a 4-km time trial (4-km TT) in cycling. Nine males and eight females were recruited (VO2máx = 41,8 ± 5,1 e 52,2 ± 4,8 ml/kg/min, respectively), classified as recreationally. They performed 4-km TT in normoxia (FiO2 = 0,21) and hypoxia (FiO2 = 0,16) randomly. During the tests oxygen saturation (SpO2), power output (PO) and subjective perceived of exertion (RPE) were measured. Neuromuscular fatigue measurements were performed before and after the 4-km TT. Moreover, immediately after fatigue measurements, blood lactate concentrations ([La]) were collected. Mean SpO2 decreased in hypoxia compared to normoxia for men (81,2 ± 3,6 % vs 92,3 ± 3,1 %; p<0,05, respectively) and women (79 ± 5,1 % vs 89 ± 5,1 %; p<0,05, respectively). The PO decreased in hypoxia (249,1 ± 43,4 W vs 217 ± 36,4 W; p<0,05) for men, but no difference was observed for women (177 ± 22 W vs 165,7 ± 18,1 W; p>0,05). Furthermore, the accumulated RPE was higher for both sexes in hypoxia condition (p<0,05). For neuromuscular fatigue and [La] no differences were observed between conditions and sex (p>0,05). Although no differences were observed in neuromuscular fatigue markers between genders, the findings of the present study suggest that possibly women have a greater resistance to hypoxia, as they were able to maintain the PO and performance under two conditions https://doi.org/10.11606/D.39.2023.tde-04052023-161806info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:11:24Zoai:teses.usp.br:tde-04052023-161806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:06:31.865950Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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