Acúmulo de trealose em linhagens de Saccharomyces termotolerantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delgado, Denise Aparecida
Data de Publicação: 1993
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20191108-101410/
Resumo: O presente trabalho foi realizado com o objetivo de comparar algumas levedura possivelmente termotolerantes de Saccharomyces cerevisiae (IZ 222, IZ 270, IZ 860, IZ 878, IZ 879, IZ 888, IZ 980, IZ 1256, IZ 1279, IZ 1352, IZ 1831 e IZ 1834) existentes no Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo com relação a capacidade fermentativa, viabilidade celular, brotamento, crescimento celular e acúmulo de trealose em condições de fermentação a 40º C em duas concentrações de açúcares 5 e 12% de açúcares redutores totais (ART) e sem reciclo de células. Além disso foi estudada a levedura de melhor desempenho nesse ensaio com as leveduras utilizadas industrialmente Saccharomyces cerevisiae IZ1904 e M-300A) a 40º C e com reciclo de células. Para obtenção do inóculo as leveduras foram multiplicadas anaerobiamente a 33º C em mosto de melaço, pH 4,0, contendo 5% de açúcares redutores totais (ART) suplementado com fosfato dibásico de potássio (0.5 g/l) e sulfato de amônio (1.0 g/l e 1.5 g/l) nos ensaios com alta e baixa concentração de inóculo. As fermentações foram realizadas com mosto de melaço contendo 5 e 12% ART suplementadas com sulfato de amônio (1.0 g/l) e fosfato dibásico de potássio (0.5 g/l) para o ensaio sem reciclo de células. Para a comparação das leveduras foi utilizado mosto de melaço com 12% de ART sem suplementação de sais e sem correção de pH. Utilizando-se 5% de ART, as leveduras que apresentaram maior acúmulo de trealose foram IZ 1831 no primeiro experimento e IZ 888 no segundo experimento. Com o mosto de 12% de ART não houve diferença significativa entre as leveduras IZ 888 e IZ 1831 quanto ao acúmulo de trealose, crescimento, viabilidade celular, brotamento, produção de etanol, entretanto a IZ 888 apresentou tendência para maior viabilidade celular e brotamento. Nos experimentos realizados em mosto com 5% de ART não foi possível relacionar acúmulo de trealose com viabilidade celular, porém em meio com 12% de ART as leveduras com maior acúmulo de trealose apresentaram maior viabilidade celular. Comparando-se em condições de reciclo de células, a 40º C, mosto com 12% de ART a levedura IZ 888 com a IZ 1904 e M-300-A, foi observado um melhor desempenho fermentativo da IZ 888 em relação a IZ 1904 e um pior desempenho em relação a M-300-A, no que se refere a produções de etanol, glicerol, viabilidade celular e açúcares redutores residuais no meio fermentado. Não se pode afirmar que o acúmulo de trealose seja o único fator para explicar a resistência da levedura as altas temperaturas.
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Além disso foi estudada a levedura de melhor desempenho nesse ensaio com as leveduras utilizadas industrialmente Saccharomyces cerevisiae IZ1904 e M-300A) a 40º C e com reciclo de células. Para obtenção do inóculo as leveduras foram multiplicadas anaerobiamente a 33º C em mosto de melaço, pH 4,0, contendo 5% de açúcares redutores totais (ART) suplementado com fosfato dibásico de potássio (0.5 g/l) e sulfato de amônio (1.0 g/l e 1.5 g/l) nos ensaios com alta e baixa concentração de inóculo. As fermentações foram realizadas com mosto de melaço contendo 5 e 12% ART suplementadas com sulfato de amônio (1.0 g/l) e fosfato dibásico de potássio (0.5 g/l) para o ensaio sem reciclo de células. Para a comparação das leveduras foi utilizado mosto de melaço com 12% de ART sem suplementação de sais e sem correção de pH. Utilizando-se 5% de ART, as leveduras que apresentaram maior acúmulo de trealose foram IZ 1831 no primeiro experimento e IZ 888 no segundo experimento. Com o mosto de 12% de ART não houve diferença significativa entre as leveduras IZ 888 e IZ 1831 quanto ao acúmulo de trealose, crescimento, viabilidade celular, brotamento, produção de etanol, entretanto a IZ 888 apresentou tendência para maior viabilidade celular e brotamento. Nos experimentos realizados em mosto com 5% de ART não foi possível relacionar acúmulo de trealose com viabilidade celular, porém em meio com 12% de ART as leveduras com maior acúmulo de trealose apresentaram maior viabilidade celular. Comparando-se em condições de reciclo de células, a 40º C, mosto com 12% de ART a levedura IZ 888 com a IZ 1904 e M-300-A, foi observado um melhor desempenho fermentativo da IZ 888 em relação a IZ 1904 e um pior desempenho em relação a M-300-A, no que se refere a produções de etanol, glicerol, viabilidade celular e açúcares redutores residuais no meio fermentado. Não se pode afirmar que o acúmulo de trealose seja o único fator para explicar a resistência da levedura as altas temperaturas.The actual work aims to compare twelve termoresistent yeasts Saccharomyces cerevisiae (IZ 222, IZ 270, IZ 860~ IZ 878, IZ 879, IZ 888, IZ 980, IZ 1256, IZ 1279, IZ 1352, IZ 1831 and IZ 1834) available at the Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - USP, the comparison work have been carried out relating to fermentating capacity, cell viability, budding, cell growth and accumulation of trehalose under fermentating conditions at 40º C and two different sugar concentrations (5 and 12% of total reducing sugars (TRS) without cell recycling. It has been an aim, evaluate the yeast with the best performance in this assay comparing with industrially utilized yeasts (Saccharomyces cerevisiae IZ 1904 e M- 300-A) under 40° C and with cell recycling. The yeasts have been anaerobically multiplied to obtain the inocule, in must from molasses at 33° C, pH 4.0 containing 5% of total reducing sugar (TRS) supplied with potassium dibasic phosphate (0.5 g/l) and ammonium sulphate (1.0 g/l and 1.5 g/l) in the assays with high and low concentration of inocule, respectively. The fermentations have been carried out with must from molasses containing 5 and 12% of TRS supplied with ammonium sulphate (1.0 g/l) and potassium dibasic phosphate (0,5 g/l) in the assay without cell recycling. In order to compare the yeast it has been used the must from molasses with 12% of TRS without salt suplementation nor pH correction. Under the utilization of 5% TRS must the yeasts that have showed higher trehalose accumulation have been IZ 1831 in the first experiment and IZ 888 in the second one but there have been no significative difference between IZ 888 and IZ 1831 within 12% TRS must, without salt suplementation nor pH correction. Using the 5% must, the yeasts that have been showed the highest trehalose accumulation have been IZ 1831 in the first experiment and IZ 888 in the second one. With the 12% TRS must there was no significative difference between the yeasts IZ 888 and IZ 1831 in trehalose accumulation, cell growth, viability, budding and ethanoic production. In spite of these results, IZ 888 have presented a tendency for higher cell viability and budding. In the experiments carried out with 5% TRS must it has not been possible to relate trehalose accumulation to cell viability, but in 12% TRS medium the yeasts with higher trehalose leveI have showed higher cell viability. In comparision, under cell recycling at 40° C and 12% TRS must, among the yeasts IZ 888, IZ 1904 and M- 300-A, it has been observed a better fermentation performance of IZ 888 compared with IZ 1904 and worse performance of it compared with M-300-A, related to ethanol and glicerol production, cell viability and residual reducing sugars in the fermented medium. It can not be stated that trehalose accumulation in yeasts is the only factor accounting for the yeast resistance to high temperatures.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGutierrez, Luiz EduardoDelgado, Denise Aparecida1993-11-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20191108-101410/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T23:44:08Zoai:teses.usp.br:tde-20191108-101410Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T23:44:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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