\"Distinção entre cachaça produzida com cana-de-açúcar queimada e não queimada\"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75132/tde-18012007-095215/ |
Resumo: | Cachaça é a terceira das bebidas alcoólicas fermento-destilado mais consumida no mundo, com uma produção de aproximadamente 2,5 litros de bilhões por ano. Tradicionalmente, a cachaça é produzida a partir da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar. Porém, ela pode sofrer a contaminação por HPAs (Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos) quando a cana-de-açúcar utilizada na sua produção é queimada antes da sua colheita. Objetivando a distinção entre as amostras de cachaça produzidas a partir da cana-de-açúcar colhida após a queima ou não dos canaviais, foram analisados 15 HPAs em 26 amostras de cachaça produzidas com cana-de-açúcar queimada e 105 amostras de cachaça produzidas com cana-de-açúcar não queimada. As amostras de cachaça foram previamente concentradas por extração em fase sólida (SPE) e analisadas por cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC), acoplada a um detector de fluorescência. Este método apresentou uma boa separação cromatográfica para a análise dos seguintes HPAs estudados: naftaleno, acenafteno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno, benzo(a)pireno, dibenzo(a,h)antraceno, benzo(g,h,i)perileno e indeno(1,2,3-c,d)pireno. O método cromatográfico apresentou bons limites de detecção (5,68E-04 a 45,4 µg L-1), boa porcentagem de extração e recuperação (81,5 ± 9 % a 113 ± 5 %) e uma boa reprodutibilidade (> 90,0 %). As amostras produzidas a partir de cana-de-açúcar queimada apresentaram teores médios totais dos HPAs de 21,1 µg L-1, enquanto que as amostras produzidas com cana-de-açúcar não queimada apresentaram teores médios totais dos HPAs de 1,91 µg L-1. Os dados analíticos foram tratados por meio de análise multivariada (PCA, FA, PLS, DA, LDA, QDA e CDA), possibilitando uma boa distinção entre as amostras produzidas com cana queimada e não queimada. Os resultados dos modelos estatísticos revelaram uma elevada probabilidade (85,0 %) na diferenciação entre estes dois grupos de cachaça |
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Cachaça é a terceira das bebidas alcoólicas fermento-destilado mais consumida no mundo, com uma produção de aproximadamente 2,5 litros de bilhões por ano. Tradicionalmente, a cachaça é produzida a partir da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar. Porém, ela pode sofrer a contaminação por HPAs (Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos) quando a cana-de-açúcar utilizada na sua produção é queimada antes da sua colheita. Objetivando a distinção entre as amostras de cachaça produzidas a partir da cana-de-açúcar colhida após a queima ou não dos canaviais, foram analisados 15 HPAs em 26 amostras de cachaça produzidas com cana-de-açúcar queimada e 105 amostras de cachaça produzidas com cana-de-açúcar não queimada. As amostras de cachaça foram previamente concentradas por extração em fase sólida (SPE) e analisadas por cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC), acoplada a um detector de fluorescência. Este método apresentou uma boa separação cromatográfica para a análise dos seguintes HPAs estudados: naftaleno, acenafteno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno, benzo(a)pireno, dibenzo(a,h)antraceno, benzo(g,h,i)perileno e indeno(1,2,3-c,d)pireno. O método cromatográfico apresentou bons limites de detecção (5,68E-04 a 45,4 µg L-1), boa porcentagem de extração e recuperação (81,5 ± 9 % a 113 ± 5 %) e uma boa reprodutibilidade (> 90,0 %). As amostras produzidas a partir de cana-de-açúcar queimada apresentaram teores médios totais dos HPAs de 21,1 µg L-1, enquanto que as amostras produzidas com cana-de-açúcar não queimada apresentaram teores médios totais dos HPAs de 1,91 µg L-1. Os dados analíticos foram tratados por meio de análise multivariada (PCA, FA, PLS, DA, LDA, QDA e CDA), possibilitando uma boa distinção entre as amostras produzidas com cana queimada e não queimada. Os resultados dos modelos estatísticos revelaram uma elevada probabilidade (85,0 %) na diferenciação entre estes dois grupos de cachaça |
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