O discurso de Celestina: a construção e a desconstrução da personagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Andrea Augusta de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-21102011-133141/
Resumo: A investigação O Discurso de Celestina tem a finalidade de estabelecer dialogicamente as relações entre representações sociais, ideologia e elementos linguísticos que unem a protagonista Celestina à enunciação. Essas relações se concretizam no seio das esferas literária e histórico-social. Com esse propósito foi feito um recorte na perspectiva discursiva, espaço em que se efetiva uma série de relações de poder por intermédio das ações de Celestina. O discurso deste personagem, persuasivo por excelência, emerge da crise dos valores renascentistas, na obra La Celestina, editada pela primeira vez em 1499 e escrita por Fernando de Rojas, judeu converso, em Salamanca, Espanha. O discurso desta protagonista parece revelar a voz do autor que ora desvenda, ora encobre suas intenções, seus interesses e contextos. Seu conteúdo é redefinido e ou esvaziado, o que valoriza seu caráter paradoxal e irônico, como reflexo da cultura humanística de Rojas. Recorremos à Análise do Discurso para abordar os elementos da Nova Retórica que dessem conta do éthos discursivo de Celestina e, no seio dessa análise, nos deparamos com elementos dos mais diversos campos de estudo; destacamos, dentre eles, a parte da que analisa a reformulação textual da segunda carta de Sêneca a Lucílio sobre a diversidade da leitura e a parte que identifica os elementos do esperpento de Valle Inclán. Para concluir, reconhecemos que a persuasão é a principal característica do discurso de Celestina para alcançar seus objetivos pessoais e que ela é um personagem que se constrói e se destrói em seu discurso e por intermédio dele.
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