Atendimento fonoaudiológico a crianças com distúrbios do espectro do autismo: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Segeren, Leticia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-22082019-092743/
Resumo: A presente tese é formada por dois estudos envolvendo análises longitudinais de dados sobre um serviço especializado no atendimento fonoaudiológico a crianças com DEA. O serviço de atendimento realizado atualmente pelo LIFDEA tem mais de 30 anos de existência e, com intuito de reforçar a importância da prática baseada em evidência, buscou-se analisar os dados relacionados às crianças e adolescentes que realizaram avaliação e atendimento nos últimos 21 anos. O primeiro estudo contém uma descrição da história do LIFDEA, além de um levantamento do número de pacientes atendidos, seus dados sociodemográficos, tempo médio de atendimento, idade de início do tratamento e sua evolução, com base nos dados encontrados nos prontuários do arquivo morto. Para o Estudo 1 foram selecionados todos os prontuários de pacientes que realizaram terapia fonoaudiológica no LIFDEA entre janeiro de 1997 e dezembro de 2017. Nesse primeiro estudo não foi possível verificar que a idade de início do atendimento fonoaudiológico diminuiu com o passar os anos, sendo a média de 6 anos de idade no início da avaliação; com manutenção média de 3 anos e meio de terapia. Na tabulação de dados foi observado que o índice de abandono do tratamento é muito alto. Dentre os 340 pacientes analisados, 24% realizaram um ano ou menos de terapia. Concluiu-se no Estudo 1 que o número de indivíduos que desistem ou abandonam o atendimento é considerável e a idade de início da terapia não está relacionada à maior manutenção do tratamento. No segundo Estudo foi realizado um recorte nos dados levantados no Estudo 1, juntamente com os dados referentes aos pacientes que frequentaram o serviço entre os anos de 2011 e 2017. Este segundo estudo teve um enfoque na análise aprofundada e retrospectiva das avaliações mais aplicadas ao longo destes anos, ou seja, do PFC e do DSC. No Estudo 2 foram selecionados os pacientes que realizaram atendimento neste mesmo serviço entre os anos de 2011 e 2017 e que para os quais foram obtidos dados completos referentes ao protocolo do PFC aplicados semestralmente. Nos resultados do Estudo 2 foi possível observar que as funções comunicativas mais frequentes foram o JC, PE e XP, com uma média de nove funções em cada PFC analisado. Foram identificados os dados do DSC de 138 pacientes e o escore médio nessa verificação foi de 22 pontos. Alguns coeficientes do PFC indicam que há associação com o DSC. Há correlação negativa entre a idade de início e o número de atos comunicativos e correlação positiva entre o número de respostas apresentados no PFC, o escore do DSC e os atos comunicativos com funções mais interativas. Conclui-se que é possível observar evolução clínica a partir da análise destes dois protocolos em períodos de três anos de intervenção e que a idade no início da terapia fonoaudiológica está relacionada à maior evolução clínica
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O primeiro estudo contém uma descrição da história do LIFDEA, além de um levantamento do número de pacientes atendidos, seus dados sociodemográficos, tempo médio de atendimento, idade de início do tratamento e sua evolução, com base nos dados encontrados nos prontuários do arquivo morto. Para o Estudo 1 foram selecionados todos os prontuários de pacientes que realizaram terapia fonoaudiológica no LIFDEA entre janeiro de 1997 e dezembro de 2017. Nesse primeiro estudo não foi possível verificar que a idade de início do atendimento fonoaudiológico diminuiu com o passar os anos, sendo a média de 6 anos de idade no início da avaliação; com manutenção média de 3 anos e meio de terapia. Na tabulação de dados foi observado que o índice de abandono do tratamento é muito alto. Dentre os 340 pacientes analisados, 24% realizaram um ano ou menos de terapia. Concluiu-se no Estudo 1 que o número de indivíduos que desistem ou abandonam o atendimento é considerável e a idade de início da terapia não está relacionada à maior manutenção do tratamento. No segundo Estudo foi realizado um recorte nos dados levantados no Estudo 1, juntamente com os dados referentes aos pacientes que frequentaram o serviço entre os anos de 2011 e 2017. Este segundo estudo teve um enfoque na análise aprofundada e retrospectiva das avaliações mais aplicadas ao longo destes anos, ou seja, do PFC e do DSC. No Estudo 2 foram selecionados os pacientes que realizaram atendimento neste mesmo serviço entre os anos de 2011 e 2017 e que para os quais foram obtidos dados completos referentes ao protocolo do PFC aplicados semestralmente. Nos resultados do Estudo 2 foi possível observar que as funções comunicativas mais frequentes foram o JC, PE e XP, com uma média de nove funções em cada PFC analisado. Foram identificados os dados do DSC de 138 pacientes e o escore médio nessa verificação foi de 22 pontos. Alguns coeficientes do PFC indicam que há associação com o DSC. Há correlação negativa entre a idade de início e o número de atos comunicativos e correlação positiva entre o número de respostas apresentados no PFC, o escore do DSC e os atos comunicativos com funções mais interativas. Conclui-se que é possível observar evolução clínica a partir da análise destes dois protocolos em períodos de três anos de intervenção e que a idade no início da terapia fonoaudiológica está relacionada à maior evolução clínicaThe present dissertation is comprised by two studies regarding the longitudinal analysis of the data referring to a specialized speech-language service to children with Autism Spectrum Disorders. The Speech-Language Research Laboratory on ASD has been providing services to this population for over 30 years and, aiming to point-out to the importance of evidence-based practice the study aimed to analyze the data referring to children and adolescents that received services in this service in the last 21 years. The first study describes the history of this Laboratory and the number of patients enrolled, their socialdemographic data, mean period of intervention, age in the intervention onset and clinical evolution, based on the data obtained in the data-bank. Data to the Study 1 were selected from all the records of patients enrolled in this Laboratory in the period from January 1997 to December 2017. In this first study we didn´t verify a decrease in the age of the beginning of the treatment. The mean age of intervention onset was 6 years and the average duration of the therapy was 3.5 years. In the data analyses it was observed that the dropt-out index is very high: of the 340 patients considered, 24% received less than one year of therapy. Study 1 concluded that the number of individuals that give-up or abandon the service is high and that the age at the onset of the treatment is not related to the adherence to the intervention process. The second study considered the data of patients that received services between 2011 and 2017. This study focused on the analyses of the Functional Communicative Profile and of the Social Cognitive Performance on a retrospective in-depth analysis. In Study 2 data refer to the patients that received therapy ion this service in the period determined and for whom there were complete data referring to the Functional Communicative Profile obtained every semester. In the results of Study 2 it was possible to observe that the most frequent communicative functions were joint play, performative and exploratory, with an average of nine different functions in each protocol analyzed. Data about the Social Cognitive Performance of 138 patients were available and resulted on the average score of 22 points. Some results of the Functional Communicative Profile suggest that there is some association with the Social Cognitive Performance. There is a negative correlation between the age of the onset of the intervention and number of communicative acts expressed and positive correlation between the number of responses presented in the Functional Communication Profile, the Social Cognitive Performance score and the communicative acts with more interactive functions. It can be concluded that it is possible to observe clinical evolution over a three-year period based on the analyses of the two protocols used and that the age at the beginning of the intervention is associated to a larger clinical evolutionBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFernandes, Fernanda Dreux MirandaSegeren, Leticia2019-06-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-22082019-092743/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-22T21:24:47Zoai:teses.usp.br:tde-22082019-092743Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-22T21:24:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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