Correlação entre a relaxometria T2 e os parâmetros espinopélvicos em indivíduos com dor lombar crônica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-24102018-122806/ |
Resumo: | Introdução: A degeneração do disco intervertebral tem alta prevalência e é sabidamente associada à dor lombar. O objetivo deste trabalho foi correlacionar os valores de relaxometria T2 dos discos intervertebrais lombares com os parâmetros espinopélvicos em pacientes com dor lombar crônica. Materiais e métodos: Entre março a setembro de 2015, 91 pacientes consecutivos (56 mulheres, média de idade 53,5 anos, DP 11,6 anos, 23-76 anos e 35 homens, média de idade 53,6 anos, DP 11,9 anos, 19-73 anos) com dor lombar crônica foram incluidos neste estudo prospectivo. O Comitê de Ética Local aprovou o estudo e o consentimento foi obtido de cada paciente. Todos os indivíduos foram avaliados pelo índice de incapacidade Oswestry e escala visual analógica e não possuiam outras doenças da coluna vertebral, exceto degeneração discal. Os parâmetros espinopélvicos incidência pélvica (IP) versão pélvica (VP), inclinação sacral (IS), eixo vertical sagital (EVS), versão global (VG), ângulo espinopélvico (ASP), ângulo espinossacral (ASS), ângulo T1 pélvico (ATP), lordose lombar (LL), cifose torácica (CT), diferença entre a incidência pélvica e a lordose lombar (IP-LL) e a falta de lordose lombar (FLL) foram mensurados a partir de radiografias panorâmicas da coluna e pelve com o paciente na posição supina utilizando o software Surgimap®. O grupo de estudo foi categorizado de acordo com a classificação de Roussouly. Os mapas de relaxometria T2 foram adquiridos em aparelho de ressonância magnética de 1.5 Tesla para extrair os tempos de relaxação T2 e a segmentação manual completa dos discos lombares intervertebrais de cada paciente foi realizada no software Display®. Para verificar a reprodutibilidade desta avaliação, a concordância inter-observador para a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares e mensuração dos parâmetros espinopélvicos foi avaliada. A significância estatística foi aceita quando p <0,05. Resultados: Os valores de relaxação T2 se correlacionaram significativamente com os parâmetros VP, VG, ASP, ATP, IP-LL e FLL em pacientes com dor lombarcrônica. Não encontramos correlação significativa entre os valores de relaxação T2 e os parâmetros IS, IP, ASS, EVS, LL, CT e questionários clínicos. A divisão por subtipos de Roussouly não se correlacionou com a degeneração discal avaliado pelo tempo de relaxação T2. A mensuração dos parâmetros espinopélvicos e a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares mostraram uma alta reprodutibilidade interobservador. Conclusões: Indivíduos com maiores VP, VG, ATP, IP-LL e FLL apresentaram valores mais baixos de relaxação T2 nos discos intervertebrais. Para o nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo a correlacionar os parâmetros espinopélvicos com a degeneração discal avaliada por meio da relaxometria T2. |
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Correlação entre a relaxometria T2 e os parâmetros espinopélvicos em indivíduos com dor lombar crônicaCorrelation between T2 relaxometry and spinopelvic parameters and clinical symptoms in patients with low back painColunaDegeneração discalDor lombar crônicaIntervertebral Disc DegenerationLow back painMagnetic resonance imagingRadiografiaRadiographyRessonância magnéticaSpineIntrodução: A degeneração do disco intervertebral tem alta prevalência e é sabidamente associada à dor lombar. O objetivo deste trabalho foi correlacionar os valores de relaxometria T2 dos discos intervertebrais lombares com os parâmetros espinopélvicos em pacientes com dor lombar crônica. Materiais e métodos: Entre março a setembro de 2015, 91 pacientes consecutivos (56 mulheres, média de idade 53,5 anos, DP 11,6 anos, 23-76 anos e 35 homens, média de idade 53,6 anos, DP 11,9 anos, 19-73 anos) com dor lombar crônica foram incluidos neste estudo prospectivo. O Comitê de Ética Local aprovou o estudo e o consentimento foi obtido de cada paciente. Todos os indivíduos foram avaliados pelo índice de incapacidade Oswestry e escala visual analógica e não possuiam outras doenças da coluna vertebral, exceto degeneração discal. Os parâmetros espinopélvicos incidência pélvica (IP) versão pélvica (VP), inclinação sacral (IS), eixo vertical sagital (EVS), versão global (VG), ângulo espinopélvico (ASP), ângulo espinossacral (ASS), ângulo T1 pélvico (ATP), lordose lombar (LL), cifose torácica (CT), diferença entre a incidência pélvica e a lordose lombar (IP-LL) e a falta de lordose lombar (FLL) foram mensurados a partir de radiografias panorâmicas da coluna e pelve com o paciente na posição supina utilizando o software Surgimap®. O grupo de estudo foi categorizado de acordo com a classificação de Roussouly. Os mapas de relaxometria T2 foram adquiridos em aparelho de ressonância magnética de 1.5 Tesla para extrair os tempos de relaxação T2 e a segmentação manual completa dos discos lombares intervertebrais de cada paciente foi realizada no software Display®. Para verificar a reprodutibilidade desta avaliação, a concordância inter-observador para a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares e mensuração dos parâmetros espinopélvicos foi avaliada. A significância estatística foi aceita quando p <0,05. Resultados: Os valores de relaxação T2 se correlacionaram significativamente com os parâmetros VP, VG, ASP, ATP, IP-LL e FLL em pacientes com dor lombarcrônica. Não encontramos correlação significativa entre os valores de relaxação T2 e os parâmetros IS, IP, ASS, EVS, LL, CT e questionários clínicos. A divisão por subtipos de Roussouly não se correlacionou com a degeneração discal avaliado pelo tempo de relaxação T2. A mensuração dos parâmetros espinopélvicos e a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares mostraram uma alta reprodutibilidade interobservador. Conclusões: Indivíduos com maiores VP, VG, ATP, IP-LL e FLL apresentaram valores mais baixos de relaxação T2 nos discos intervertebrais. Para o nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo a correlacionar os parâmetros espinopélvicos com a degeneração discal avaliada por meio da relaxometria T2.Purpose: Intervertebral disc degeneration has a high prevalence and is known to be associated with low back pain.The purpose of this study was to correlate quantitative T2 relaxation measurements of lumbar intervertebral discs (IVD) with spinopelvic parameters and clinical symptoms in patients with chronic low back pain. Methods: From March to September 2015, 455 intervertebral discs from 91 consecutive patients (56 women, mean age 53.5 years, SD 11,7 years, 23-76 years and 35 men, mean age 53,6 years, SD 11.9 years, 19-73 years) with chronic low back pain were included in this prospective study. The study was approved by the local ethics committee, and written consent was obtained from all patients. All subjects were assessed by Oswestry Disability Index and Visual Analog Score questionnaires and were confirmed to have no other spine diseases except disc degeneration. Spinopelvic parameters including pelvic incidence (PI), pelvic tilt (PT), sacral slope (SS), sagittal vertical axis (SVA), global tilt (GT), spinopelvic angle (SPA), spinosacral angle (SSA), T1-pelvic angle (TPA), lumbar lordosis (LL), thoracic kyphosis (TK), PI-LL (pelvic incidence minus lumbar lordosis) and lack of lumbar lordosis (LLL) were measured from standing spine and pelvis lateral radiographs using the software Surgimap®. The study group was categorized according to the Roussouly classification. Saggital T2 maps were acquired in a 1.5T MRI scanner to extract the IVD relaxation times and the complete manual segmentation of the IVD of each patient in all levels was performed using the software Display®. To assess the reproducibility of this evaluation, the interobserver agreement fot the manual segmentation of the lumbar intervertebral discs and measurement of the spinopelvic parameters was performed. Statistical significance was accepted when p <0.05. Results: Lumbar intervertebral discs T2 relaxation times correlated significantly with PT, GT, SPA, TPA, PI-LL and LLL in patients with chronic low back pain. We found no significant correlation between T2 values and SS, PI, ASS, SVA, LL, TK andclinical questionnaires. Roussouly subtypes and clinical questionnaires did not correlate with T2 relaxation times. Conclusions: Individuals with higher PT, GT, TPA, PI-LL and LLL showed decreased intervertebral disc T2 relaxation values. To our knowledge, this is the first study to correlate spinopelvic parameters with disc degeneration evaluated by T2 relaxometry.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBarbosa, Marcello Henrique NogueiraHernandes, Leonor Garbin Savarese2018-05-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-24102018-122806/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-24102018-122806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A degeneração do disco intervertebral tem alta prevalência e é sabidamente associada à dor lombar. O objetivo deste trabalho foi correlacionar os valores de relaxometria T2 dos discos intervertebrais lombares com os parâmetros espinopélvicos em pacientes com dor lombar crônica. Materiais e métodos: Entre março a setembro de 2015, 91 pacientes consecutivos (56 mulheres, média de idade 53,5 anos, DP 11,6 anos, 23-76 anos e 35 homens, média de idade 53,6 anos, DP 11,9 anos, 19-73 anos) com dor lombar crônica foram incluidos neste estudo prospectivo. O Comitê de Ética Local aprovou o estudo e o consentimento foi obtido de cada paciente. Todos os indivíduos foram avaliados pelo índice de incapacidade Oswestry e escala visual analógica e não possuiam outras doenças da coluna vertebral, exceto degeneração discal. Os parâmetros espinopélvicos incidência pélvica (IP) versão pélvica (VP), inclinação sacral (IS), eixo vertical sagital (EVS), versão global (VG), ângulo espinopélvico (ASP), ângulo espinossacral (ASS), ângulo T1 pélvico (ATP), lordose lombar (LL), cifose torácica (CT), diferença entre a incidência pélvica e a lordose lombar (IP-LL) e a falta de lordose lombar (FLL) foram mensurados a partir de radiografias panorâmicas da coluna e pelve com o paciente na posição supina utilizando o software Surgimap®. O grupo de estudo foi categorizado de acordo com a classificação de Roussouly. Os mapas de relaxometria T2 foram adquiridos em aparelho de ressonância magnética de 1.5 Tesla para extrair os tempos de relaxação T2 e a segmentação manual completa dos discos lombares intervertebrais de cada paciente foi realizada no software Display®. Para verificar a reprodutibilidade desta avaliação, a concordância inter-observador para a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares e mensuração dos parâmetros espinopélvicos foi avaliada. A significância estatística foi aceita quando p <0,05. Resultados: Os valores de relaxação T2 se correlacionaram significativamente com os parâmetros VP, VG, ASP, ATP, IP-LL e FLL em pacientes com dor lombarcrônica. Não encontramos correlação significativa entre os valores de relaxação T2 e os parâmetros IS, IP, ASS, EVS, LL, CT e questionários clínicos. A divisão por subtipos de Roussouly não se correlacionou com a degeneração discal avaliado pelo tempo de relaxação T2. A mensuração dos parâmetros espinopélvicos e a segmentação manual dos discos intervertebrais lombares mostraram uma alta reprodutibilidade interobservador. Conclusões: Indivíduos com maiores VP, VG, ATP, IP-LL e FLL apresentaram valores mais baixos de relaxação T2 nos discos intervertebrais. Para o nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo a correlacionar os parâmetros espinopélvicos com a degeneração discal avaliada por meio da relaxometria T2. |
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