Comunicação científica na área de economia: um estudo de caso.

• Autor(a) principal: Frick, Silvia Teresa Ferreira de
• Data de Publicação: 1986
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27138/tde-15092023-151432/
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A partir da definição de um marco conceitual sobre a ciência e seus aspectos de comunicação, procurou-se descobrir quais as principais características que determinam o comportamento comunicativo dos cientistas de uma unidade brasileira de ensino e pesquisa na área de Economia. Com esse objetivo foram analisados ·vários tópicos, tais como perfil dos. pesquisadores, canais de comunicação e produtividade individual. Os resultados mostraram que a maioria dos pesquisadores recebeu o último título acadêmico recentemente, apesar de uma alta porcentagem deles ter idade acima de 40 anos. Muitos estudaram em outros países, sendo que esse número está diminuindo nos Últimos anos. Os estudos no exterior parecem ter sido proveitosos no sentido de \' criar contatos externos, estendendo a rede de comunicação e possibilitando o eventual acesso a \"colégios invisíveis\". Dentro do Brasil, no entanto, a comunicação com colegas de outras instituições e relativamente pobre e, até na própria Entidade, alguns economistas estão trabalhando completamente isolados. Embora muitos tenham estudado no exterior, não parece ser marcada a dependência de fontes estrangeiras, uma vez que na unidade predominam as pesquisas do tipo técnico e aplicadas a casos especificas do Brasil. As barreiras idiomáticas podem influir na escolha e avaliação do material, pois aparentemente existem dificuldades na leitura, ainda que seja o número de línguas conhecidas pelos pesquisadores. O de possuírem determinada qualificação (título acadêmico, trabalhos publicados, estudos no exterior, e contatos com colegas) está vinculado ao tipo de canal que utilizam, tanto para absorver informação como para difundir os resultados de seus trabalhos. A produtividade não se mostra homogênea entre os entrevistados e apresenta uma associação negativa com variáveis tais como: tempo dedicado à leitura especializada, juventude, obtenção recente do último título, uso de canais formais para manter se a par dos avanços na área ou do surgimento de novos pesquisadores. Por outro lado, a produtividade apresenta uma associação positiva com as · seguintes variáveis: título acadêmico, estudos no exterior e uso de canais informais (.i.-e., participação em congressos e contatos pessoais). Também o tempo de dedicação à pesquisa apresenta uma relação com a produtividade do cientista, sendo que\' e os que dedicam 3/4 partes de seu tempo à mesma são mais produtivos do que os que lhe dedicam tempo integral. (S.T.F.F.)