Efeitos da caminhada em imersão em mulheres quinquagenárias saudáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardia, Maria Cláudia Gatto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-31102018-122044/
Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos com mulheres na faixa dos 50 anos justificam-se porque nesta etapa da vida os declínios fisiológicos são bastante evidentes e relacionados ao climatério e período pós-menopausa. Apesar de viverem mais do que os homens, adoecem mais frequentemente e registram índices mais baixos de saúde percebida do que eles. Melhoras funcionais foram evidenciadas com exercícios na água, todavia são raros os estudos que utilizam a caminhada em imersão como método exclusivo ou principal recurso de intervenção para promoção de saúde. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa de 12 meses de caminhada em imersão em mulheres quinquagenárias saudáveis. MÉTODOS: Participaram 59 mulheres em grupos de 10 a 12 participantes que configuraram um único grupo caracterizando-se como um estudo quase-experimental. A intervenção foi realizada 2 vezes por semana em sessões de 30 minutos, por um ano, em piscina aquecida em aproximadamente 310. O programa foi dividido em 4 etapas de 3 meses cada, com evolução crescente na dificuldade dos exercícios. Foram realizadas 5 avaliações: inicial (t0), após 3 meses (t1), 6 meses (t2), 9 meses (t3) e no final do programa - 12 meses (t4). Para a avaliação subjetiva sobre o estado de saúde, mobilidade e humor, foi utilizada uma escala mista de zero a dez. Um breve relato sobre os principais efeitos do programa, com base em questão aberta, também foi analisado. Para a avaliação da força isométrica dos músculos flexores e extensores do quadril e do tornozelo utilizou-se um dinamômetro portátil e para a avaliação da flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcançar. Para avaliação do equilíbrio foram utilizados os testes de apoio unipodal com olhos abertos (TAU-OA) e fechados (TAU-OF) e o teste \"timed up and go\" (TUG). RESULTADOS: Os resultados observados entre a avaliação inicial e final (t0-t4) do programa mostraram que houve melhora de 16,13% na percepção de saúde (p < 0,001), de 22,15% na mobilidade (p < 0,001) e de 9,69% no humor (p=0,003). Na análise de conteúdo, 49,4% das falas relacionaram-se com a melhora da saúde; 22,9% com a autoestima e satisfação e 19,3% foram relacionadas à capacidade física. A força dos extensores do quadril melhorou 27,67% (p < 0,001), dos flexores do quadril 48,81% (p < 0,001), dos flexores plantares 32,59% (p < 0,001) e dos dorsiflexores 40,75% (p < 0,001). A melhora observada na flexibilidade foi de 54,55% (p < 0,001). O equilíbrio estático avaliado pelo TAU-OA melhorou 35,51% e pelo TAU-OF 261,96% ambos com p < 0,001. Houve melhora de 31,78% no equilíbrio dinâmico (p < 0,001); O equilíbrio, tanto estático como dinâmico e a flexibilidade tiveram melhora em todas as etapas. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que esta forma de atividade, realizada em grupos com programa de longa duração, porém de fácil replicação, em 4 etapas progressivas melhorou o estado de saúde, a mobilidade e o estado de humor; a força dos músculos do quadril e do tornozelo, a flexibilidade, bem como o equilíbrio estático e dinâmico das mulheres participantes. Com isto ressaltamos a relevância de políticas públicas que favoreçam e incentivem a prática dos exercícios físicos prazerosos visando um envelhecimento natural e com autonomia funcional
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa de 12 meses de caminhada em imersão em mulheres quinquagenárias saudáveis. MÉTODOS: Participaram 59 mulheres em grupos de 10 a 12 participantes que configuraram um único grupo caracterizando-se como um estudo quase-experimental. A intervenção foi realizada 2 vezes por semana em sessões de 30 minutos, por um ano, em piscina aquecida em aproximadamente 310. O programa foi dividido em 4 etapas de 3 meses cada, com evolução crescente na dificuldade dos exercícios. Foram realizadas 5 avaliações: inicial (t0), após 3 meses (t1), 6 meses (t2), 9 meses (t3) e no final do programa - 12 meses (t4). Para a avaliação subjetiva sobre o estado de saúde, mobilidade e humor, foi utilizada uma escala mista de zero a dez. Um breve relato sobre os principais efeitos do programa, com base em questão aberta, também foi analisado. Para a avaliação da força isométrica dos músculos flexores e extensores do quadril e do tornozelo utilizou-se um dinamômetro portátil e para a avaliação da flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcançar. Para avaliação do equilíbrio foram utilizados os testes de apoio unipodal com olhos abertos (TAU-OA) e fechados (TAU-OF) e o teste \"timed up and go\" (TUG). RESULTADOS: Os resultados observados entre a avaliação inicial e final (t0-t4) do programa mostraram que houve melhora de 16,13% na percepção de saúde (p < 0,001), de 22,15% na mobilidade (p < 0,001) e de 9,69% no humor (p=0,003). Na análise de conteúdo, 49,4% das falas relacionaram-se com a melhora da saúde; 22,9% com a autoestima e satisfação e 19,3% foram relacionadas à capacidade física. A força dos extensores do quadril melhorou 27,67% (p < 0,001), dos flexores do quadril 48,81% (p < 0,001), dos flexores plantares 32,59% (p < 0,001) e dos dorsiflexores 40,75% (p < 0,001). A melhora observada na flexibilidade foi de 54,55% (p < 0,001). O equilíbrio estático avaliado pelo TAU-OA melhorou 35,51% e pelo TAU-OF 261,96% ambos com p < 0,001. Houve melhora de 31,78% no equilíbrio dinâmico (p < 0,001); O equilíbrio, tanto estático como dinâmico e a flexibilidade tiveram melhora em todas as etapas. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que esta forma de atividade, realizada em grupos com programa de longa duração, porém de fácil replicação, em 4 etapas progressivas melhorou o estado de saúde, a mobilidade e o estado de humor; a força dos músculos do quadril e do tornozelo, a flexibilidade, bem como o equilíbrio estático e dinâmico das mulheres participantes. Com isto ressaltamos a relevância de políticas públicas que favoreçam e incentivem a prática dos exercícios físicos prazerosos visando um envelhecimento natural e com autonomia funcionalINTRODUCTION: Studies with 50 year-old women are justified because in this stage of life physiological declines are quite evident and related to climacteric and postmenopausal period. Although women live longer than men they fall sick more often and register lower perceived health indices than men do. Functional improvements were observed with immersion exercises, however, studies that use immersion walk as the only method or main intervention resource to promote health are rare. OBJECTIVE: To evaluate the effects of a 12-month immersion walk program in healthy 50 year-old women. METHOD: 59 women participated in groups of 10 to 12 participants which constituted a unique group thus characterized as a quasi-experimental study. The intervention was conducted twice a week, in 30 minute-sessions, for a year, in a pool heated at approximately 31ºC. The program was divided into 4 phases of 3 months each, with increasing evolution in exercise difficulty. 5 evaluations were carried out: initially (t0), after 3 months (t1), 6 months (t2), 9 months (t3) and at the end of the program, 12 months (t4). For the subjective assessment of the health status, mobility and mood, a mixed scale from zero to ten was used. A brief report of the main effects of the program, based on an open question, was also analysed. To evaluate the isometric strength of the flexion and extension muscles of the hip and ankle, a portable dynamometer was used and to evaluate flexibility the sit and reach test was used. To evaluate balance the one-legged stance-open eyes (OLS-OE), the one-legged stance-closed eyes (OLS-CE), and the timed up and go (TUG) tests were used. RESULTS: The results observed between the initial and final evaluation of the program (t0-t4) showed 16.13% improvement in the perception of health (p < 0,001), 22.15% in mobility (p < 0,001) and 9.69% in mood (p= 0,003). In the content analysis, 49.4% of speeches were related to health improvement; 22.9% to self-esteem and satisfaction and 19.3% were related to physical capacity. The strength of hip extensors improved 27.67% (p < 0,001), hip flexors 48.81% (p < 0,001), plantar flexors 32.59% (p < 0,001), and dorsiflexors 40.75% (p < 0,001). Improvement observed in flexibility was 54.55% (p < 0,001). Static balance assessed by OLS-OE improved 35.51% and by OLS-CE 261.96%, both with (p < 0,001). There was a 31.78% improvement in dynamic balance (p < 0,001). Both static and dynamic balance as well as flexibility improved in all phases. CONCLUSION: The study showed that this form of activity, developed in groups with a long-term program, but easily replicated, in 4 progressive stages has improved health status, mobility and mood; hip and ankle muscle strength flexibility, as well as static and dynamic balance of participating women. Thus, we emphasize the relevance of public policies that favour and encourage the practice of pleasurable physical exercises, aiming at a natural aging process with functional autonomyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCaromano, Fátima AparecidaCardia, Maria Cláudia Gatto2018-08-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-31102018-122044/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-10T00:06:19Zoai:teses.usp.br:tde-31102018-122044Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-10T00:06:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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